IST e Carnegie Mellon lançam
o primeiro projeto científico da Unicorn Factory

No dia 17 outubro, às 18h30, o Instituto Superior Técnico e a Carnegie Mellon University juntam-se para inaugurar o novo laboratório de investigação em robótica na Unicorn Factory no Beato. O novo espaço acolhe agora o Interactive Tecnologies Institute (ITI), um projeto financiado pela FCT e patrocinado pela Fundação Santander e pela Feedzai. O ITI vai acolher cerca de 90 alunos de doutoramento e 80 de mestrado cuja missão é investigar e desenvolver sistemas de interação entre pessoas e tecnologias digitais que sejam sustentáveis e equilibrados. Criado em 2010 em parceria com a Carnegie Mellon University, o projeto encontra agora uma nova casa, no centro do ecossistema empreendedor de Lisboa. “É com muito gosto que vejo o IST aliar-se ao projeto da CMLisboa de tornar a Unicorn Factory num marco da cidade na atração de investimento, talento e inovação. O polo do IST através do Instituto de Tecnologias Interactivas pretende contribuir para o sucesso desta importante e ambiciosa iniciativa através da ligação à investigação e desenvolvimento“, diz Rogério Colaço, Presidente do Instituto Superior Técnico. O responsável do ITI, Nuno Jardim Nunes, afirma: “o ITI é uma unidade de investigação única no panorama português combinando tecnologia, design e as artes. Esta combinação é perfeita para dinamizar o projeto que a CMLisboa tem para a Unicorn Factory. Aumentar a pool de talento para as áreas do digital replicando em Lisboa o exemplo desta área interdisciplinar onde a nossa instituição mentora de Carnegie Mellon foi pioneira. Estamos num momento em que é cada vez mais importante questionar o que devemos fazer com a tecnologia digital que é claramente a tecnologia de escala deste século”. Esta parceria entre a Unicorn Factory e o IST não se limita ao Hub do Beato. A intenção é expandir a outras geografias da cidade, criando espaços temáticas dedicados a tecnologias e comunidades de empreendedores que se foquem numa certa indústria. O primeiro destes espaços vai nascer no Arco do Cego e a inauguração acontece no dia seguinte, 18 outubro, pelas 10h30. Ali vai nascer o novo Innovation District que junta dois projetos: o Técnico Innovation Center by IST e o WELLTECH Hub by Unicorn Factory. Com 700m2, o novo WELLTECH Hub vai juntar empreendedores, investidores, investigadores, grandes empresas e especialistas nas áreas do bem-estar, saúde mental, nutrição e desporto, e estará pronto no primeiro semestre de 2024. Como todas as iniciativas da Unicorn Factory, o projeto procura criar uma comunidade coesa que permita posicionar a cidade como um ator relevante dessa indústria a nível europeu. A política de criação destes hubs temáticos é apontada como o próximo grande passo estratégico da Unicorn Factory para criar maior especialização e capacidade competitiva na capital.  O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, lembra que “a missão da Unicorn Factory é produzir inovação disruptiva que crie empregos e gere valor para a cidade, especialmente para os jovens. Para isso, temos de saber aproximar o empreendedorismo da atividade científica para conseguir construir negócios que possam escalar de Lisboa para o mundo. A parceria com o IST, tanto no Beato como no Arco do Cego, permite-se fazer esta ligação entre cientistas e empreendedores”. A edição deste ano da Web Summit marca o primeiro ano de funcionamento da Unicorn Factory. Desde o seu lançamento, o projeto já permitiu atrair 54 empresas tecnológicas para Lisboa, das quais 12 são empresas “unicórnio”. Em conjunto, anunciaram mais de 8000 postos de trabalho na cidade. Em 2023 a Unicorn Factory lançou oito grandes programas de aceleração em várias áreas, incluindo na saúde, energias renováveis, turismo e educação. O mais conhecido – Scale Up Program by UFL, vai ter a sua 3ª edição em menos de um ano, e tem atualmente o processo de candidaturas a decorrer.   “O modelo de Lisboa é único. Não há nenhuma outra cidade na Europa com a capacidade de aliar tecnologia, cultura e ciência como base do seu posicionamento estratégico. Essa visão explica que Lisboa esteja nas três cidades finalistas da Capital Europeia da Inovação” afirma Carlos Moedas. 

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