Em 2014, 752 mil empregos foram gerados pelo segmento, que capitalizou em torno de R$ 75 bilhões no período
Mariana Oliveira
As viagens corporativas representam 74,5% dos deslocamentos de turistas no país. A expectativa para este ano é que o segmento movimente R$ 43,4 bilhões, um crescimento de 8% em relação ao ano passado. Os dados são de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (23) durante a 10ª edição do Latin American Corporate Travel Experience (Lacte), em São Paulo.
De acordo com a pesquisa Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC), organizada pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas, em parceria com o Senac, no ano passado as receitas com esse tipo de viagem cresceram 9,2%, totalizando R$ 40,17 bilhões.
As viagens corporativas foram responsáveis por 752 mil empregos diretos e indiretos em 2014 e por um volume de negócios de mais de R$ 75 bilhões, considerando as receitas com aéreo, hospedagem, alimentação, agenciamento, tecnologia e locação de imóveis, segundo o IEVC. O Brasil é hoje o 9º país que mais sedia eventos internacionais, com 315 eventos realizados no ano de 2013, de acordo com a Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, sigla em inglês).
O ministro do turismo, Vinicius Lages, participou da abertura do evento e ressaltou a importância do setor. “O turismo de eventos é o segundo maior fator de atração de visitantes estrangeiros para o Brasil, respondendo por 25,6% dos turistas internacionais”, disse. “O turista de negócios é exigente com a qualidade dos serviços e tem um gasto acima da média”, afirmou. Segundo ele, é por isso que, cada vez mais, as empresas têm investido na integração de toda a cadeia de serviços.
Considerando o tamanho e relevância do setor, o Ministério do Turismo lançou durante a Lacte a Cartilha Turismo de Eventos e Viagens Corporativas. O documento é o primeiro destinado ao segmento. “A cartilha é o início de um relacionamento do MTur com o setor, uma forma de compartilhar inteligência e posicioná-lo junto às entidades representativas”, afirmou o ministro.
