1) Cristina Lira- Porque escolheu a Irlanda?

-Tulius Tsangaropulos- Quando pensei em vivenciar uma experiência de intercâmbio com objetivo de praticar o “idioma inglês” surgiram alguns destinos em mente. Estados Unidos, Austrália, Canadá e Irlanda foram alguns deles. Por estar na Europa e assim me dar a possibilidade de viajar para outros países por perto, Dublin – a capital da República da Irlanda – foi minha escolhida, sem ter que pensar muito!

2)Cristina Lira- Quais foram as primeiras impressões?

-Tulius Tsangaropulos -As primeiras impressões se consolidaram como verdade, em pouco mais de dois meses que estou aqui. Apesar do rápido crescimento econômico e de mudanças políticas fundamentais, a indústria do turismo sustenta a imagem de felicidade rural e o genuíno bom humor do povo faz da Irlanda um lugar onde o visitante é bem recebido. São pouco mais de um milhão de habitantes em uma cidade moderna, próspera e, acima de tudo, cosmopolita: os irlandeses dividem seu espaço com (muita) gente vinda de todas as partes do mundo – seja para visitar, estudar inglês, trabalhar ou tentar uma nova vida. Na minha sala de aula, por exemplo, tem argentinos, marroquinos, nigerianos e coreanos.

3) Cristina Lira- Como é Dublin, sua vida diurna e noturna?

-Tulius Tsangaropulos -De fácil circulação, ótima acessibilidade para deficientes e baixíssimos índices de violência, Dublin tem se mostrado uma cidade com todas as condições para ser visitada. A cidade é a principal atração da Irlanda – a vida noturna e a maioria dos pontos turísticos se concentram no centro. Embora seja uma cidade pequena, é famosa por seus muitos pubs e sua rica herança cultural, que atraem e fascinam muitos turistas. No restante do país o ritmo de vida é lento e o que chama atenção é a paisagem: das imensas pastagens, pântanos e lagos às montanhas e terras rochosas e inóspitas. Grandiosas igrejas e fabulosos castelos, cercados de um valoroso passado cultural, podem ser encontrados em todo o país.

4) Cristina Lira- Quais as expectativas?

-Tulius Tsangaropulos -Atualmente estamos quatro horas à frente do Brasil, devido ao horário de verão irlandês. A primavera, aqui, realmente existe. Flores por todos os cantos, os parques ficam muito bonitos. Com a proximidade do verão, o céu começa a escurecer apenas às nove da noite e a temperatura durante o dia gira em torno dos 12º, mas o vento continua bem frio..característico do país, que costuma ter invernos rigorosos e chuvosos. A gastronomia é algo que não chama atenção e a língua falada é o inglês. O gaélico não é usado, divide espaço apenas em placas de informações nas ruas – o governo tenta mantê-lo como parte da cultura. Já o português é bastante falado e escutado em qualquer esquina… não é raro ver brasileiros! Em busca do mesmo sonho de desbravar a Europa e voltar para o Brasil com o inglês fluente são milhares estudando por aqui, inclusive muitos natalenses. A experiência de estar em outro país é válida, sobretudo porque diversos outros aprendizados – de vida – são contruídos.

Tulius tem 21 anos e está no terceiro ano de Comunicação- Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No momento está fazendo intercâmbio e vivendo uma super experiência de vida. Boa sorte Tulius, nós aqui com saudades!