Presidente da Associação Brasileira de Resorts- ABR, Luigi Rotunno dá entrevista exclusiva ao blog Turismo por Cristina Lira
O presidente da Associação Brasileira de Resorts -ABR, Luigi Rotunno concedeu entrevista exclusiva para o blog Turismo por Cristina Lira, sobre a situação atual do momento que vive o Brasil, as expectativas e os desafios . Veja na íntegra!
1- Quantos resorts a Associação tem?
R: Contamos atualmente com 52 associados.
2 – Num ano que dizem que será o pior ano, o de 2016, qual será o maior desafio da Resorts?
R: O brasileiro não deixa de viajar. Nosso desafio será convencê-lo de que os resorts reúnem uma série de atrativos que os tornam uma opção irresistível e com alternativas apropriadas para diferentes tipos de viajantes, seja aqueles que descansam com a família, casais, grupos de jovens e outros públicos.
Tivemos em 2015 uma das melhores temporadas de verão dos últimos anos, com ocupação de 74% em janeiro. A expectativa é que agora, em 2016, tenhamos um pequeno acréscimo ou manutenção nessa ocupação durante o verão.
No entanto, para o período após a alta temporada, ainda restam muitas dúvidas sobre o comportamento do mercado, em função do cenário de incertezas na política e economia.
3- Qual a estimativa de quantidade de ppt por resort?
R: cerca de 15.000 apartamentos.
4- Qual a média de ocupação de cada resort?
R: a média geral é de 58%.
5-Quais serão as primeiras ações a serem implementadas?
R: a ABR precisa se reestruturar para poder desenvolver projetos concretos e produtivos. As novas diretorias que estamos criando são de extrema importância. A orientação é descentralizar as atividades e dar autonomia aos diretores para implementarem os projetos em cada área específica.
6- Na sua opinião, como empresário e presidente da Associação de resorts do
Brasil, em relação ao Turismo brasileiro, como acha que está o turismo no Brasil?
R: O turismo é muito importante para nossa economia. Infelizmente, sua força não está sendo devidamente considerada na justa medida. Cabe à ABR, juntamente com as outras entidades, unir-se em prol de um objetivo comum: fortalecer o turismo em todos seus aspectos.
7-Onde o governo brasileiro deveria investir mais? Quais mercados?
R: Antes de investir em mercados, é necessário fazer o dever de casa. O governo precisa perceber que esse trabalho é prioritário, e só atrair turistas quando o produto estiver completamente formatado, caso contrário teremos uma publicidade negativa orgânica. É isso que está acontecendo: não estamos ouvindo as insatisfações dos turistas e só apontamos os pontos positivos como se fossem predominantes, o que não é o caso.
8- Como está a mão de obra dos funcionários que trabalham com resorts?
R: acredito que temos uma mão-de-obra satisfatória para nossa atividade. A mão-de-obra é um problema nacional, está longe de ser um problema exclusivo de nosso segmento. Nossa educação é precária e reflete diretamente na qualidade dos colaboradores, é simples entender isso. Mesmo assim, acredito que no turismo estamos conseguindo acertar e ter um ótimo serviço.
9- Quantos eventos a Associação vai estar presente em 2016, tanto nacionais e internacionais?
R: Estamos elaborando a agenda, mas devemos ter por volta de 18 eventos no total, inclusive três deles internacionais.