Imagens de crianças e guerreiros indígenas à disposição do público a partir de 30 de março
A fascinação do artista plástico Elon Brasil pelos índios será compartilhada com hóspedes e visitantes do Sofitel Guarujá Jequitimar, no litoral sul de São Paulo, a partir do dia 30 de março. Trata-se do projeto Arte Sofitel, uma parceria do hotel com a Galeria Jacques Ardies. Ao todo, 12 obras do artista ficarão em exposição de 30 de março a 1º de junho. No lançamento, o resort promoverá coquetel a partir das 19h30.
Elon nasceu em 1957, na praia de Jurujuba, Niterói, onde aos cinco anos começou a expor sua criatividade por meio de desenhos e pinturas. Em 1968, mudou-se para São Paulo e aos 12 anos ganhou sua primeira medalha de ouro na II PINARTE de Pinheiros.
Filho do pintor baiano Milton Brasil, descendente de imigrantes portugueses e italianos, e de Helenita dos Santos Brasil, baiana da Lagoa do Abaeté, de ancestralidade cafusa – negros e índios, Elon resgata sua história e origem em suas telas.
Sua obra figurativa e abstrata é composta por imagens da terra: índios, negros e caboclos, cercados por textura e cores marcantes. Sua temática busca ressaltar e preservar a cultura brasileira e suas próprias raízes. Mais do que reproduzir com fidelidade as cores e traços indígenas, o artista explora a textura, expressando em técnica mista a aspereza das peles pardas, discriminadas e sofridas dos povos ameaçados pela urbanização.
Em 1983, ele morou com os índios Xavantes no Mato Grosso e fez contato com as tribos Tuparys, Yarunas e Tucanos em Rondônia e no Amazonas. Vivia como eles, participando dos rituais de crença, da busca pelo alimento na mata e dos costumes mais rústicos. Depois, o artista foi para a África, onde teve as mesmas experiências na busca pelo entendimento do misticismo.
Dentre todos os seus estudos, uma característica predominou em suas obras: a mistura de tecidos na qual pinta sob a técnica de óleo sobre tela resina, garantindo uma textura peculiar. Para obter este efeito, Élon utiliza tecidos rústicos, como estopas de saco de café, açúcar e pimenta do reino.
Ao morar na Suíça, por seis meses, obteve a oportunidade de expor seu trabalho, tornando-se conhecido internacionalmente. Hoje há telas suas espalhadas nos seguintes acervos: Museu der Kulturen Basel, em Basiléia, na Suíça; Museu da Imagem e do Som e Museu do Banco do Estado de São Paulo, ambos em São Paulo, e Museu de Arte de Londrina.
