A crise continua embora a queda na taxa, no segundo semestre, seja menor que a do primeiro

A rede hoteleira de Salvador apresentou em setembro taxa de ocupação de 50,3%, resultado ligeiramente superior aos dos meses anteriores – agosto (46,64%) e julho (49,40%) –, mas ainda bastante baixo se confrontado com as médias históricas. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se estabilidade na taxa de ocupação, que passou de 50,33% em setembro de 2015 para 50,3% em setembro de 2016. 

Dos 4 Polos hoteleiros da cidade, coube aos que abrigam os hotéis voltados ao turismo de lazer e praia os melhores desempenhos (Itapuã-Stella Maris e Barra-Rio Vermelho); e  desempenho sofrível para os localizados nos Polos Centro-Pelourinho e Stiep-Pituba.

A crise no mercado de viagens e hospedagens é geral, mas se manifesta com intensidade diferente nas várias capitais turísticas do país. Nos primeiros oito meses deste ano, enquanto o número de passageiros nos aeroportos da rede Infraero caiu 7,7% – em relação ao mesmo período de 2015 –, em Salvador essa queda foi de 19,4%, segundo dados da Infraero, outro indicador da profundidade da crise em nossa capital. Os reflexos na ocupação hoteleira são diretos. Comparando-se os dados de Salvador com outras capitais, em setembro último, observa-se que a taxa de ocupação da capital baiana foi inferior a de Belo Horizonte (55,34%) e Curitiba (52,08%). 

“Nossa esperança de melhora da atividade com a reabertura do Centro de Convenções, marcada para o dia 15 deste mês, desabou junto com sua laje. A crise é grave e precisamos de definições sérias e urgentes para a questão do Centro, bem como uma campanha de mídia que permita recuperar a reputação do destino Salvador no mercado nacional e internacional. Já perdemos muito tempo e não podemos colocar em risco novos hotéis e empregos”, pondera Glicério Lemos, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Seção Bahia (ABIH-BA).