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“Guia secreto de Buenos Aires” revela histórias, dá dicas e desfaz mitos sobre a cidade dos alfajores e da Bombonera

O lançamento da obra acontece hoje, 16 de março, a partir das 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo


GUIA SECRETO DE BUENOS AIRES

Duda Teixeira

 

 

 

 

Editora Record | Grupo Editorial Record

208 páginas

Preço: R$ 39,00

Uma cidade que tem um monumento à corrupção e taxistas com um aparelho instalado no veículo para aumentar, clandestinamente, o valor da corrida. Cidadãos apaixonados por futebol e que acorrem ao cemitério local para rezar e fazer pedidos a um cantor popular. Poderia ser uma cidade brasileira, mas o cenário é o de Buenos Aires, capital da nossa vizinha Argentina. O melhor alfajor, as lendas urbanas, as histórias fantásticas, o charme europeu, a arrogância e, ao mesmo tempo, o autodesprezo: tudo isso e muito mais está reunido no Guia Secreto de Buenos Aires, do jornalista Duda Teixeira, que chega às livrarias pela editora Record e será lançado hoje, em São Paulo.

Em todas as 111 histórias de lugares curiosos e misteriosos de Buenos Aires contidas no livro, há ao menos uma surpresa: a saudação vulcana de Star Trek em uma parede da sinagoga do Museu Judeu. Os mapas da Argentina, cheios de mentiras, estão por toda a rua Florida, para serem vistos pelos turistas. Os canibais estão escondidos em algum restaurante do Bairro Chinês. Os símbolos da maçonaria decoram o friso da Catedral Metropolitana. Nas noites frias, um fantasma excitado ronda a Praça Dorrego, aquela da feirinha de antiguidades. Tem ainda os bosteros no La Bombonera. O telefonema do papa Francisco, que tocou em uma banquinha de jornal na Praça de Mayo. O degrau roubado do orfanato Strawberry Fields que foi parar no Museu Beatle. Os voos da morte no Aeroparque. O Fernet com Coca. O alfajor. O Malbec.

Duda Teixeira, que visita a cidade uma ou duas vezes por ano, a trabalho ou turismo, teve a ajuda de alguns “hermanos” para escrever a obra. “Falei com sommelier, recepcionista de motel, taxista, cuidador de cemitério, guia turístico, dono de banca de jornal, historiador, psicólogo, veterano das Malvinas, vendedor de comida de rua e garçom”, revela o autor. Para ele, os brasileiros que vão a Buenos Aires com frequência, são fãs dos vinhos e alfajores, mas gostam de alimentar a rivalidade, principalmente no futebol, vão achar graça ao ler capítulos que depreciam símbolos da cidade. “Ao mesmo tempo surgirão comparações incômodas, principalmente quanto às nossas semelhanças. A corrupção, o populismo, o desprezo à ética e a desorganização são males que estão na história dos dois países”, afirma Duda.

TRECHO:

O jornaleiro do papa

BANCA DE REVISTAS

Hipólito Yrigoyen, 478

Cinco dias após a nomeação do cardeal argentino Jorge Bergoglio, hoje papa Francisco, o telefone dessa banquinha na Praça de Mayo tocou. Quem atendeu foi Daniel del Regno, o filho do dono.

“Oi, Daniel, aqui fala o cardeal Jorge”, disse a voz.

“Fala, Mariano, não seja boludo”, respondeu Daniel, que imaginou tratar-se de um amigo ligando para tirar um sarro.

Do outro lado, a pessoa insistiu: “É sério, sou Jorge Bergoglio, estou ligando de Roma.”

Daniel, então, começou a chorar, em estado de choque.

Ele e seu pai, Luis, é que entregavam o jornal La Nacion no escritório de Francisco na rua Rivadavia, 413. Às vezes, era o cardeal quem ia pessoalmente até a banca retirar o seu exemplar. Conversava durante dez minutos e depois pegava o ônibus. Depois de se mudar para Roma, Francisco fez questão de ligar para pedir que não entregassem mais o jornal em seu escritório.

Luis contou ao La Nacion uma conversa que teve com Jorge antes que este embarcasse para participar do conclave na Capela Sistina, em Roma.

“Jorge, você vai pegar aquela batuta?”

E Bergoglio, que na viagem se tornaria papa, respondeu:

“Aquilo é um ferro quente. Nos vemos daqui a vinte dias.”

Francisco sempre levava o jornal com um pequeno elástico, para que ele não abrisse com o vento ou a chuva. No final do mês, passava na banca para devolvê-los. Os trinta.

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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