A Associação pelos Direitos das Mulheres e o Desenvolvimento (AWID), uma das mais respeitadas entidades feministas do mundo, se prepara para abrir o seu 13o Fórum Internacional de 8 a11 de setembro de 2016, na Costa do Sauípe, Bahia, Brasil com a presença de 1800 participantes de mais de 140 países dentre elas feministas, defensoras de direitos humanos e ativistas de justiça social.
Mais de 200 palestrantes promoverão o intercâmbio de experiências, o diálogo criativo e a resistência dos movimentos em uma variedade de plenárias, conversas entre movimentos, discussões guarda-chuva e sessões. Veja o programa para acessar todos os conteúdos que comporão o Fórum.
“Este Fórum acontece durante um período particularmente complexo na história do Brasil, em um contexto de encolhimento do espaço democrático, ascensão dos fundamentalismos políticos e religiosos e de corte de políticas sociais progressistas dirigidas às comunidades mais excluídas e oprimidas”, comenta Lydia Alpizar, diretora executiva da AWID. “Quando AWID decidiu realizar o Fórum 2016 na Bahia, nos inspiramos na história da resistência e dos movimentos sociais no Brasil e nos legados de libertação que continuam a inspirar as lutas contemporâneas contra o racismo, a brutalidade do Estado e a opressão econômica. A escolha da Bahia para receber o Fórum foi um reconhecimento intencional e uma celebração da longa tradição do povo negro e das lutas locais para o alcance da justiça e libertação em todo território nacional. Agora mais do que nunca, o Brasil espelha desafios enfrentados por muitos países ao redor do mundo. Nesse momento crítico, feministas e ativistas de todo o mundo buscam coordenar os diversos movimentos sociais para construção de solidariedade e poder coletivo em prol dos direitos e da justiça” finaliza ela.
Jurema Werneck, coordenadora da ONG Criola, ativista social e integrante do Comitê Internacional de Planejamento do Fórum AWID, ao falar sobre os atuais desafios que o país enfrenta, convoca os movimentos pelos direitos das mulheres e pela justiça social a se posicionar ao lado de ativistas no Brasil. Ela afirma: “Nós precisamos de sua solidariedade no apoio a nossas lutas”.
INFORMAÇÃO EXTRA
Participarão do AWID Fórum 2016 representantes de:
Jovens feministas
Indígenas
Trabalhadoras imigrantes e refugiadas
Mulheres com necessidades especiais
Mulheres negras
Trabalhadoras rurais
Ativistas trans e intersex
Ativistas Lésbicas
Defensores dos direitos das mulheres
Trabalhadoras domésticas
Trabalhadoras sexuais
Mulheres da Palestina
Ativistas dos direitos do trabalho
Ativistas pela justiça econômica
Ativistas de meio ambiente
Ativistas de resistência as indústrias extrativistas
Ativistas pelos direitos de segurança na internet
Ativistas pela igualdade de classes
Ativistas anti-militares