Na arena Segmentação, o debate se deu entre Alexandre de Castro (Maringá); Eduardo Sanovicz (Abear) e André Alves (Decolar)

Um dos problemas que mais preocupam o agenciamento de viagens – fraudes – motivou discussão em mesa redonda na tarde de hoje, 30, no encerramento da 44ª ABAV – Expo Internacional de Turismo & 46º Encontro Comercial Braztoa. Na Vila do Saber, arena Segmentação, o debate se deu entre Alexandre de Castro (Maringá); Eduardo Sanovicz (Abear) e André Alves (Decolar). A moderação coube ao presidente da ABAV Nacional, Edmar Bull.

Para Eduardo Sanovicz, da Abear, “além dos investimentos em tecnologia, é preciso instituir um processo de conscientização do próprio consumidor. É uma tarefa delicada, que embora envolva tendências, cada caso é um caso. O grau de criatividade dos fraudadores é enorme. Hoje, bancos e operadoras de cartões de crédito já aderiram à tarefa de combater fraudes”.

Alexandre de Castro salienta que o Brasil é o país que mais sofre roubos em transações bancárias. “A cada 15 segundos, há uma tentativa de fraudes em nosso país. É uma situação muito grave, porque a Real perdido em fraude, são necessários R$ 33 de vendas para se compensar o prejuízo”. Acrescenta que a engenharia social vem sendo largamente utilizada, num voltado para as interações humanas. “Cabe registrar que cartões de crédito têm valor estipulado no mercado negro – e isso aumenta o risco das empresas de serem lesadas internamente”.

André Alves, por sua vez, entende que os bancos evitam falar abertamente de fraudes. “É um assunto velado, porque as empresas bancárias temem ter a imagem arranhada. Mas a situação está mudando. A Febraban acabou concordando em criar um comitê para tratar do tema”.

Edmar Bull, mediador do debate, ressaltou que a ABAV Nacional está constituindo um comitê dedicado à questão das fraudes; hoje as bandeiras de cartão de crédito estão se aproximando da gente para lidar com o assunto. Não podemos aceitar que o meio de pagamento, quando ocorre uma fraude, arque com apenas 5% do prejuízo, ficando os outros 95% na conta do agente de viagens”.