Para se ter uma ideia, só em 2011 a empresa gaúcha Docile, fabricante de balas, e a Dori, que produz candies e snacks, expandiram suas operações nesta área e abriram seus primeiros Centros de Distribuição na região, um em Recife (PE) e o outro em Maceio (AL), respectivamente. Vale ressaltar que a instalação de centros de distribuição é a primeira etapa antes da construção de unidades fabris. No mesmo ano, a Mondelez inaugurou mais uma fábrica em Vitória de Santo Antão (PE) e em 2004, a argentina Arcor também instalou uma nova fábrica e um centro de distribuição em Recife (PE) e já anunciou mais expansão na área. A fabricante de chocolates Cacau Show está presente na região com mais de 20 lojas e visa ampliar este número.
“O Brasil é o terceiro maior produtor de chocolates e balas no mundo. O setor apresentou um crescimento importante em 2010 e 2011 e se manteve estável em 2012, registrando uma produção de 1,36 milhão de toneladas”, complementa o presidente.Entre as iniciativas da ABICAB, destaca-se o Projeto Comprador, que trará importadores internacionais dos EUA, Peru e Emirados Árabes para conhecerem os produtos, parques industriais, além da rica cultura brasileira. Atualmente, os produtos de confectionery brasileiros estão presentes em 145 países nos cinco continentes e esta ação visa expandir os negócios nos mercados internacionais.“Realizar esta grande feira em Fortaleza é muito importante e estratégico, já que a região vem apresentando um forte crescimento econômico e representa 15% do mercado de chocolates, balas e amendoins. declara Getúlio Ursulino Netto, presidente da ABICAB.
Para 2013, mesmo com os sinais de desaceleração econômica que se iniciaram em 2010 e se intensificaram no segundo semestre de 2012, a perspectiva é ainda mais otimista do que no ano passado, não apenas em relação ao faturamento. Em relação à rentabilidade, a expectativa atingiu seu maior patamar desde 2008.Para o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho, o portfólio do setor – que inclui produtos de consumo essencial como alimentos e itens de cuidados pessoais e limpeza doméstica – e os recentes movimentos de desoneração realizados pelo governo contribuem para esse sentimento positivo.
A consequência mais direta desse otimismo são os investimentos planejados para este ano, em especial nos itens área de armazenagem, tecnologia de gestão, sistemas de informação e TI e aquisição de frota própria. Entre os respondentes do Ranking da ABAD, 59,8% afirmam que farão investimentos em área de armazenagem; 75,1%, em tecnologia de gestão; 72,2%, em sistemas de informação e TI; e 61,6%, em frota própria.A infraestrutura de transporte, contudo, é preocupação crescente do setor. Entre os empresários que responderam o Ranking ABAD, o percentual que considera que a infraestrutura de transporte é quesito de alto impacto nas operações do atacado distribuidor passou de 46,5% na última pesquisa para 62,2% no levantamento atual.
Por ser um dos principais aspectos que afetam a produtividade dos agentes de distribuição, a infraestrutura de transportes é um dos temas preferenciais a serem tratados pela Frente Parlamentar dos Agentes de Abastecimento do Pequeno e Médio Varejo, que está sendo formada sob a coordenação do deputado federal Antônio Balhmann (PSB-CE).A Frente, que deve começar a atuar oficialmente no segundo semestre de 2013, vai acompanhar políticas públicas, propostas legislativas e debates, além de elaborar programas e projetos voltados ao desenvolvimento do setor atacadista distribuidor.“O grau de satisfação dos expositores na ABAD 2013 é muito grande.O nosso evento movimenta mais do que a Copa das Confederações”, lembrou Adailton Pinto Melo, presidente da ACAD – Associação dos Atacadistas e Distribuidores do Ceará.