Projeto de qualificação profissional no Parque Nacional do Superagui ensina moradores a receber bem o turista, gerir os próprios recursos e aprimorar as técnicas de artesanato
Há dois anos frequentando workshops sobre hospitalidade e cursos sobre como gerir os recursos do turismo, os pescadores se preparam para desenvolver novas atividades e preservar a biodiversidade do parque. Superaqui abriga espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-da-cara-preta e o papagaio-da-cara-roxa e tem o tamanho equivalente a quase 34 mil campos de futebol. Localiza-se a cerca de duas horas de barco partindo tanto do município de Guaraqueçaba (PR) quanto da cidade de Paranaguá (PR).
A qualificação profissional faz parte do projeto Economia Solidária e Turismo no Litoral do Paraná e resulta de uma parceria entre o Ministério do Turismo (MTur), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Universidade Federal do Paraná – UFPR, com recursos no valor total de R$ 434,8 mil do MTur. A previsão de encerramento do processo de incubação é o próximo mês de abril.
O coordenador do projeto, Denys Dozsa, explica que o projeto também tem por objetivo preservar a cultura e as práticas tradicionais da comunidade – e trabalhá-las como atrativo turístico do parque. Entre elas, o resgate da dança Fandango, típica da região, a cachaça com folha de cataia, planta típica do litoral norte paranaense, além da venda de artesanato feito por índios de Guaraqueçaba e pescadores da ilha.