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ROTEIRO DE ATRAÇÕES DO RIO DE JANEIRO AGORA DISPONÍVEL EM GUIA IMPRESSO BILINGUE E EM APLICATIVOS PARA TABLETS E CELULARES

Informações turísticas, culturais, gastronômicas e históricas dos municípios fluminenses são destacadas também nos novos conteúdos do portal

mapadecultura.rj.gov.br, que acaba de ganhar versão em inglês e novos conteúdos

 

Viajar pelos municípios fluminenses e conhecer as belezas naturais, materiais e imateriais do Estado do Rio agora está muito mais interessante e prático. O Mapa de Cultura do Rio de Janeiro, enciclopédia online das riquezas culturais do Estado do Rio, acaba de ganhar novos conteúdos – são 120 vídeos documentários, 3 mil e 500 verbetes e 8 mil fotos no portal bilíngue, que acaba se ser relançado. A novidade são também os aplicativos MAPA RJ para tablets e celulares (IOS e Android) e o guia impresso bilíngue e ilustrado Cultura.RJ. Os guias multimídias destacam para cariocas, fluminenses e turistas as exuberâncias geográficas do estado, com lindíssimas praias, montanhas, serras, cachoeiras e vegetação, e uma imensidão de programações culturais e de entretenimento capazes de encantar qualquer mortal.

 

Os aplicativos trazem funcionalidades aos turistas e fluminenses como as sessões Por Perto e Meu Mapa, onde o usuário pode desde levantar os pontos como atrações culturais mais próximos à sua localização até montar seus roteiros pelas regiões do estado, integrando-os ao Google Maps.  Trazem ainda todo o conteúdo disponível no portal, os vídeos, fotos, textos e mapas dos 92 municípios do estado com interface própria e navegação amigável criada especialmente para os mobiles.

 

Uma outra novidade capaz de tornar qualquer viagem muito mais prática é o Cultura.RJ, guia ilustrado impresso bilíngue, com 416 páginas,  com tiragem de 5 mil exemplares. O guia traz um recorte de algumas das principais atrações e roteiros do Mapa de Cultura do Rio. Com dez mapas, em torno de 250 fotos, e informações de serviço, o guia apresenta o Rio em todas as suas faces: do tradicional, ao pitoresco; do oficial ao alternativo; do folclore à arte urbana. Da Feira das Yabás ao Theatro Municipal, diferentes patrimônios singulares da cidade do Rio. Da efervescência da Baixada Fluminense, com seus cineclubes e coletivos urbanos, à resistência dos bois pintadinhos e folias de reis do Norte e Noroeste do Estado – passando pelas fazendas e os atabaques do Vale do Paraíba; pelo clima ameno com “sotaque europeu” da Região Serrana; ao charme colonial e cultural de Paraty, na Costa Verde.

 

Para a Secretária de Estado de Cultura Adriana Rattes, “o guia, os aplicativos e a versão em inglês  tornam ainda mais acessíveis – para  jovens, turistas, viajantes e curiosos –  os belos, poéticos e dinâmicos conteúdos do Mapa.  Este trabalho é contínuo e permanente e será sempre incompleto, pela natureza do que se propõe a retratar, mas hoje o Mapa já forma um banco de dados com 3.500 verbetes, 120 vídeos e oito mil fotos, a cargo do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural, o Inepac.”

 

O Mapa de Cultura do Rio de Janeiro é um projeto da Secretaria de Estado de Cultura, com patrocínio da Petrobras e produção e conteúdo da Diadorim Ideias. A Faperj aderiu ao projeto, em 2014, sendo responsável pela viabilização dos aplicativos e do guia Cultura.rj. Trata-se de um esforço inédito de pesquisa e catalogação que reúne informações sobre espaços culturais, patrimônios materiais e imateriais, personagens, agenda cultural fixa e grupos artísticos dos 92 municípios do estado, resultado de um  trabalho de reportagem com equipes que percorreram 15 mil quilômetros do território do estado em 2011 e 2013.

 

Um pouco da cultura fluminense (ilustradas nas fotos anexas):

 

 

MUSEU IMPERIAL (Petrópolis, região serrana fluminense)

 

O museu ocupa o Palácio Imperial, residência de verão do imperador D. Pedro II e um de seus locais preferidos. O Museu Imperial possui o principal acervo do país relativo ao Império Brasileiro, em especial ao período governado por D. Pedro II, o Segundo Reinado. Entre os aproximadamente 300 mil itens estão peças emblemáticas, como a coroa do Imperador e a pena usada pela Princesa Isabel para assinar a Lei Áurea. O museu expõe também seis daguerreótipos – as primeiras fotografias, em que não há imagem negativa – feitos por Dom Pedro II, pioneiro na técnica.

O museu também promove o espetáculo Som e Luz, que utiliza efeitos especiais de iluminação e sonorização para reviver fatos marcantes do século 19 e da história imperial brasileira. Com capacidade para 280 pessoas, o show utiliza uma cortina d’água de 13m e a própria fachada do museu como parte do espetáculo. O museu conta ainda com o Cine Teatro, um espaço multimídia com capacidade para 276 pessoas onde são realizados cursos, palestras, projeção de filmes, debates e concertos.
Serviço

Endereço: Rua da Imperatriz, 220, Centro, Petrópolis – RJ
Telefone: (24) 2233-0300 / 2233-0360
Email: [email protected]
Site: http://www.museuimperial.gov.br/

Horário de Funcionamento: Visitação: ter a dom, das 11h às 18h Espetáculo Som e Luz: qui, sex e sab, às 20h Um Sarau Imperial: sex, às 18h30 Dança folclórica: sab, às 15h, e dom, às 12h

 
CANOA CAIÇARA (Paraty, região Costa Verde)

 

Pode parecer estranho para os que vivem em centros urbanos, mas o uso da canoa como meio de transporte é algo que faz parte da rotina dos moradores da cidade de Paraty e seus arredores. “A canoa para os caiçaras é como o metrô para os trabalhadores dos grandes centros”, compara Almir Tã, pescador e artista plástico, que destaca que a canoa caiçara é um bem cultural imaterial brasileiro. O Conselho Consultivo do Iphan considerou pertinente o requerimento de registro do bem e desenvolve um estudo para efetivar seu tombamento.

 

O termo caiçara, de origem tupi-guarani, era usado para denominar as estacas feitas de galhos de árvores que os índios fincavam na água para cercar os peixes. Com o tempo, a palavra passou a designar as comunidades do litoral dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Apesar de sua grande extensão, há elementos culturais e sociais comuns em todo o território caiçara. A canoa, esculpida em troncos de madeira nativa, é um dos elementos fundamentais da identidade e do modo de vida caiçara.

 

Além de ser essencial para o transporte, sobretudo para quem mora em uma ilha, ela é o elemento de conexão mais perfeito entre o pescador e a pesca”, diz Almir. Mestre Vitor, de Trindade, é um dos que preservam esses saberes e fazeres em Trindade: “Tenho muito carinho pelas canoas. Os amigos brincam comigo dizendo que qualquer dia desses eu vou levar a canoa para dormir na cama e a mulher para dormir na praia”, ri o pescador, que diz que aprendeu a fazer canoa sozinho.

 

A Campanha pela Canoa Caiçara como Patrimônio Imaterial do País pode ser acompanhada através do facebook e do site, onde é possível assinar a petição online em apoio ao tombamento desse bem nacional.

 

GRUPO N’ZINGA (Volta Redonda, médio Paraíba)

O grupo de dança afro N’Zinga é formado apenas por meninas que dançam com corpos pintados e vestimentas africanas, em passos inspirados pelos Orixás. Criado na década de 1970, o N’Zinga nasceu do desejo de sua fundadora, Nilzete Xavier, de dar visibilidade à mulher negra. “Eu sempre valorizo a beleza afro e a autoestima das minhas meninas”, conta Nilzete, que bate à porta dos pais para pedir autorização para as moças menores de idade participarem do grupo. “A manutenção da cultura africana é a missão da minha vida”, diz.

 

O nome N’Zinga é uma homenagem à Rainha Ana de Souza, ou Rainha Ginga, que viveu no sudoeste da África no século 17 e revoltou-se contra o domínio português na região. Pelo grupo de Nilzete já passaram cerca de 100 mulheres de diferentes idades ao longo das décadas. Atualmente, 28 fazem parte da companhia, que viaja pelo estado para se apresentar em festivais afro.

“Não precisa saber dançar para fazer parte do grupo, basta querer. Tenho netas e avós dançando juntas. Basta querer”, explica a criadora do N’zinga, nascida em 1961 e que também se apresenta com o grupo. “No dia que eu parar de dançar, eu morro”, afirma.

 

ALDEIA INDÍGENA DE CAMBOINHAS

A aldeia indígena Tekoa Mbo’yty – aldeia de sementes em português – foi fundada em 2008 pelos índios Tupi Guarany de Paraty Mirim, que voltaram ao lugar considerado sagrado por eles, na praia de Camboinhas. O local é um dos sítios arqueológicos da região, Duna Pequena, onde há sambaquis (considerados cemitérios indígenas) de 6 mil anos de idade.

O índio Darci Tupã é o mais jovem cacique do Rio de Janeiro, eleito aos 29 anos. Ele saiu de sua tribo aos 16 anos para aprender a fazer projetos de saneamento básico e ajudar a antiga aldeia. Tornou-se professor de história do índio guarani e foi contratado pelo estado para dar aula nas escolas da comunidade.

A tribo mantém as tradições de sua cultura e, em janeiro, realiza o Nhemongari, batizado das crianças e das sementes (para proteger de pragas). Na cerimônia, as mulheres comem bolo de cinzas com milho e os homens, mel da mata no cume de bambu. Toda noite, fazem a cerimônia na Casa de Reza, com música e instrumentos sagrados, como uma rabeca com três cordas, para invocar os bons espíritos e espantar os maus.

A escola, onde as crianças aprendem tupi-guarani e português, tem como símbolo o “Para-koka”, que representa o caminho da sabedoria e o pensamento dos antigos. À noite, o coral de seis meninas e seis meninos, Karai Kuery, canta canções sagradas milenares. A tribo de 15 famílias, com 63 pessoas, sobrevive da pesca e da venda de objetos indígenas, como arco e flechas, lanças, pulseiras, brincos, cestaria e bichinhos de madeira.

O nome Aldeia de Sementes lembra o incêndio da aldeia em 18 de julho de 2008. Foram queimadas as casas, as roupas e até livros que guardavam segredos da cultura indígena, muitos escritos pelos anciãos já mortos. Mas dos colares que queimaram, nasceram sementes e dali a tribo criou força para continuar no local. O novo nome foi dado pela anciã do grupo, Lídia Pará, pajé de 83 anos e mãe de Darci. A tribo planeja oferecer cursos de guarani e oficinas de escultura em madeira, artesanato, comida tradicional e pintura corporal.

 

GERALDO SIMPLÍCIO, O NÊGO (Nova Friburgo)

 

Desde 1969, Geraldo Simplício, o Nêgo, faz esculturas nos declives do terreno de sua casa, em Nova Friburgo – um ateliê a céu aberto batizado de Jardim do Nêgo.

Nascido em 1945, Nêgo já teve suas obras exibidas no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, e na Feira de Artes de Friburgo. Muitas de suas peças foram adquiridas por alemães e algumas encontram-se expostas no Museu de Stuttgart, na Alemanha.

O escultor estreou no mundo das artes em 1966, com uma exposição no município cearense de Crato. À época, suas esculturas eram feitas em madeira e o trabalho teve mostras nas cidades de Fortaleza e Recife (PE). Neste período, conheceu no Rio de Janeiro a crítica de arte Cecília Falk, que incentivou Nêgo na trajetória artística e em sua mudança para Nova Friburgo.

Em uma manhã de 1981, caminhando por um recanto do seu sítio, na estrada que liga Friburgo a Teresópolis, Nêgo conta que vislumbrou a forma de uma mulher em um barranco. Desta inspiração, nasceu sua musa e primeira obra. Ele abandonou então a madeira e começou a esculpir nas encostas, criando figuras gigantescas espalhadas pelo Jardim do Nêgo, que já recebeu milhares de visitantes. A imagem idealizada pelo artista, depois de modelada com barro, recebe uma camada de lama preta como acabamento. Em seguida é coberta por um plástico e, ao longo dos meses, o clima úmido da região favorece a criação de uma cobertura de musgo sobre trabalho. Este revestimento natural protege as obras da erosão.

O mestre cearense nunca chegou a frequentar uma escola. Nêgo diz ter uma “cultura auditiva” e é capaz de citar os cientistas Galileu e Stephen Hawking, o escritor Franz Kafka, em apenas uma conversa. Bom de papo, brinca que faz as esculturas apenas para atrair as pessoas e prosear. “Não quero nada além desse jardim. Ele é minha loteria”, resume o artista.

 

 

BATALHAS DO PASSINHO

Tudo começou em 2008, quando os jovens das favelas cariocas começaram a postar no site Youtube vídeos das coreografias que criavam nos bailes funks ou mesmo nas ruas. Originais e irreverentes, as performances dos meninos e meninas foram ganhando cada vez mais fãs que, através dos comentários nas redes sociais, elegiam a melhor coreografia, o melhor passinho.

Não demorou muito para surgir a ideia de levar as disputas para fora da internet: o escritor Júlio Ludemir se juntou ao produtor musical Rafael Mike para criar as Batalhas do Passinho. Em sua segunda edição, em 2013, a Batalha mobilizou milhares de pessoas de 16 favelas da cidade, chegou aos noticiários internacionais e levou 48 mil pessoas ao Parque Madureira para a semifinal. A última etapa do concurso aconteceu em rede nacional e o vencedor conquistou, além de um prêmio em dinheiro, a participação em um musical.

Além de ser levado aos palcos teatrais, o passinho também já chegou aos cinemas, com o documentário Batalha do Passinho – Os Muleque são Sinistro, de Emílio Domingos. Um dos grupos que mostra o funk do passinho para todo o país é o Dream Team do Passinho. Ele reúne Lellezinha, Hiltinho Fantástico, Diogo Breguete, Bolinho Fantástico, Pablinho Fantástico, Rene Fantástico e Rafael Mike.

 

 

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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