O pesquisador, alergista e cientista brasileiro, Roberto Ronald, que fez uma pesquisa sobre o leite de dromedário- intolerância à lactose, esteve em Natal. Roberto mora em Brasília mas teve seu trabalho publicado no Brasil, México e Israel. Em Natal ele foi recebido pela sócia gerente da Dromedunas, empresa que administra os dromedários, a turismóloga e pedagoga Cleide Batista. Segundo Roberto, esteve em Natal para completar um sonho que começou há cerca de 12 anos sobre leite de camelo,quando teve contato com um médico israelita e na ocasião tinha uma paciente que tinha um filho com uma doença que estava prejudicando o desenvolvimento e na ocasião disse de uma forma leviana, que a única coisa que poderia resolver seria o leite de camelo e a partir dai foi feito o primeiro contato com Cleide Batista que forneceu o leite que foi fornecido para esta criança que começou a reagir bem e para seu melhor desenvolvimento. E a partir dai nasceu o projeto sobre o leite de dromedário- intolerância a lactose. Isso ocorreu em 2002, logo depois que Roberto teve um câncer e então Cleide Batista se prontificou a enviar o leite, e iniciou o projeto para tratamento de crianças com lactose. O trabalho ganhou o mundo e foi divulgado na revista Alergia do México e foi o boom do nosso trabalho, ressaltou Roberto, que receberam inúmeros convites para apresentar na China, Canadá, entre outros. Crianças de vários lugares foram beneficiados com este leite, entre os quais um menino da Bahia, quando tinha 5 anos. Depois o projeto parou devido a falta de leite. E depois de um tempo, redescobriram que Cleide Batista tinha importado camelos novos e pensaram que Cleide poderia fornecer leite de camelo e vieram a Natal para ter outro contato com Cleide Batista e conhecer toda sua história, visitando o estábulo dos animais e todos os cuidados à eles. “Fomos visitar o local dos camelos, a empresa Dromedunas, conhecemos o veterinário, e vimos o carinho imenso pelos camelos e como eles são tratados por Cleide “.
” A nossa idéia é usar esse leite de camelo em crianças de baixo peso, que tenham mães que não tem leite e que teriam que usar leite de vaca, leite de lata, esperando que essas crianças tenham ótimo desenvolvimento e tenham baixo índice de infecção “, disse Roberto Ronald, que espera que o Brasil não veja o camelo como algo esdruxúlo mas como um animal de grandes potencialidades. Esse leite existe nos supermercado de outros países, disse ele.Para a empresária Cleide Batista, além do seu trabalho ter o Foco Turismo, e do foco sócio ambiental, com este novo projeto “iremos salvar muitas vidas”. A formanda eem Farmácia, Vanuza Pereira Leite, também esposa do Roberto está pesquisando junto ao marido alguns trabalhos em relação ao assunto. “Pretendemos divulgar os componentes do leite de camelo para a saúde, talvez voltado para o bem estar da população como cápsulas, balas. E a nossa expectativa como farmacèutica é um desafio grande, mas tentaremos divulgar bastante esse leite de camelo”, enfatizou. Agora o pesquisador aguarda que uma empresa se interesse pelo projeto para apoiar a idéia.