O presidente da Agência, Marcelo Freixo, se encontrou com o embaixador sul-coreano Lim Ki-mo para discutir como usar o audiovisual para gerar interesse e atrair visitantes ao BrasilO presidente da Embratur, Marcelo Freixo, conversou com o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo (Foto: Divulgação/Embratur)
Em 2019, 86,8% dos turistas internacionais que visitaram a Coreia do Sul escolheram o destino por conta da popularização do estilo musical K-Pop. A expressão artística coreana que ganhou o mundo também tem uma associação muito forte com o audiovisual. O dado é da Organização de Turismo da Coreia do Sul. A chamada onda coreana, ou Hallyu wave, virou uma política de estado que inclui a promoção do turismo, a projeção do país no exterior e a exportação de bens e serviços da indústria criativa.
É buscando essa expertise que o presidente da Embratur se reuniu, na tarde desta terça-feira (14), com o embaixador da Coreia do Sul, Lim Ki-mo. Conforme Freixo salientou no encontro, a diversidade cultural e de ecossistemas no Brasil favorece a promoção audiovisual do país. Essa promoção, por sua vez, aquece a economia local e pode promover a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente. Entre as possibilidades para essa troca de experiências, o embaixador sugeriu a Freixo que o Brasil indique estudantes para bolsas voltadas para o audiovisual no país asiático.
“O Brasil é imenso. Tive a oportunidade de visitar 15 estados. Cada um se parece com um país diferente, com muita diversidade”, comentou o embaixador.
Freixo concordou e acrescentou: “Temos cinco biomas diversos, uma culinária diferente para cada estado, uma diversidade muito grande e queremos transformar isso em um atrativo [para os turistas internacionais]. O audiovisual é uma estratégia muito importante para divulgar o turismo no Brasil, e a Coreia do Sul tem experiência nisso. Temos muito o que aprender”.
Coreia do Sul-Brasil
Lim Ki-mo também se colocou à disposição para ajudar a Embratur no que for necessário e ficou acordado que haverá conversas entre as equipes técnicas da Embaixada e da Agência. Ainda de acordo com o embaixador, a tendência é que o fluxo de turistas da Coreia do Sul para o Brasil cresça. Após a pandemia de Covid-19, o número de visitantes sul-coreanos ao Brasil caiu de 39,2 mil em 2019 para 2,6 mil no ponto mais baixo em 2021. Em 2023, esse número subiu para 13,5 mil.
De acordo com a diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, que também participou do encontro, a Embratur ainda vai debater o tema outras vezes com autoridades sul-coreanas, inclusive, no G20.
“A gente vai sediar, entre outros eventos, a reunião com os ministros de países do G20. O turismo é um dos temas, mas também participaremos de debates sobre tecnologia, inteligência artificial, inovação, desenvolvimento sustentável, ações climáticas, cultura e indústria criativa”, destacou.
Participaram do encontro, ainda, o supervisor de Cultura e Gastronomia da Embratur, Cristiano Braga, especialista em audiovisual, e a assessora internacional da Agência, Larissa Ushizima.
Conselho Superior de Cinema
Por convite do Ministério da Cultura, a Embratur passou a fazer parte do Conselho Superior de Cinema desde outubro. Além disso, Freixo tem se encontrado com representantes do audiovisual e autoridades que possam fazer parcerias para fomentar a promoção do Brasil no exterior a partir de filmes, séries e outros produtos do setor. Em 30 de outubro, por exemplo, o presidente da Embratur se reuniu com o presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga.
Em 27 de outubro, Freixo esteve com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. Na ocasião, ela destacou que a Asset, empresa da instituição que faz gestão de fundos, apoia projetos cinematográficos do país e pode auxiliar no projeto. Segundo o embaixador, a criação de fundos é uma das principais estratégias sul-coreanas para impulsionar a produção audiovisual do país asiático.