1. Há quanto tempo existe a AMT?

A AMT foi criada em 1990. Desde o início, a Associação tem como objetivo principal agregar os interesses dos seis municípios das ilhas que compõem o denominado Triângulo (São Jorge/Pico/Faial), visando potenciar o desenvolvimento económico e sociocultural das ilhas e afirmar o Triângulo como um pólo de valor para os Açores. 

2. Como chegar ao Triangulo dos Açores?

A ligação entre Portugal Continental e o Triângulo dos Açores pode ser realizada através de quatro portas de entrada aéreas, que dispõem de voos diretos a partir de Lisboa. Sendo estas por via do Aeroporto da Horta, no Faial, e Aeroporto do Pico, na ilha do Pico, com voos diretos e por via dos Aeroportos das Ilhas Terceira e São Miguel com escalas técnicas. 

A ligação entre as três ilhas é realizada por via marítima, com custo reduzido, nunca ultrapassando os 20€, permitindo uma conexão rápida e cómoda entre os três destinos. Existem, também, ligações aéreas entre as ilhas (inclusivamente, fora do Triângulo), embora algumas com escala, conforme já mencionado. 

3. Como foi a recetividade na BTL?

Foi muito positiva. Os municípios do Faial, do Pico e de São Jorge estiveram presentes no stand da Visit Azores, que se voltou a revelar um espaço de grande dinamismo no pavilhão dos destinos nacionais. Pudemos contactar com diversos players do turismo nacional e internacional, estreitar laços e, sobretudo, promover o melhor do Triângulo junto do público consumidor. 

Os municípios organizaram também um conjunto de apresentações, degustações gastronómicas e outras atividades que permitiram dar a conhecer alguns dos nossos principais atrativos turísticos e envolver os participantes num exemplar da experiência que lhes espera quando nos visitarem. 

4. Quais as principais novidades para este ano?

Este foi um ano em que quisemos assinalar, com maior ênfase, que as ilhas do Triângulo estão de braços abertos para receber novos visitantes. Essa foi a mensagem que voltámos a transmitir em mais uma edição da BTL e que tem sido um mote comum a todas as nossas participações. 

Os municípios do Triângulo têm uma particularidade muito valiosa no contexto da oferta nacional: sendo destinos essencialmente intocados, com uma baixa exploração turística, há um caráter de intemporalidade muito presente. Aqui não falamos tanto de novidades, mas sobretudo dos segredos antigos que temos vindo a preservar cuidadosamente. Em locais como a Caldeira do Vulcão dos Capelinhos no Faial, o topo da Montanha do Pico ou as Fajãs, Reserva da Biosfera, em São Jorge, um visitante sente que recuou no tempo. O mesmo se verifica na segurança e na hospitalidade das pessoas. Essa sensação de intemporalidade, de descobrir uma joia escondida, é parte desta identidade que procurámos comunicar na BTL. No Triângulo, espera aos turistas uma experiência revigorante, de tranquilidade, simpatia e autenticidade, com cenários naturais e paisagens totalmente ímpares. 

5. Qual o maior pólo emissor? Os portugueses viajam muito para o Triângulo?

O nosso maior mercado emissor é o alemão e americano, mas também o espanhol, francês e ainda algum nórdico. Os portugueses representam, de facto, um grupo emissor muito importante, devido ao conhecimento que já têm do destino Açores, à facilidade da língua e a outros fatores, mas acreditamos que há potencial para crescer cada vez mais na receção de visitantes estrangeiros. 

6. Quantos turistas recebem em média por ano?

Em 2023, a Ilha do Pico registou um aumento de receitas na hotelaria tradicional, mais 33,8% do que em 2022 e mais 57,5% do que em 2019.

O Faial registou mais 5% nas dormidas no alojamento turístico e mais 11% nas receitas na hotelaria tradicional.

São Jorge entre as ilhas do Triângulo, foi a que mais cresceu, mais 23,9% nas dormidas, mais 24,5% nos hóspedes no alojamento turístico e mais 21,8 % as receitas na hotelaria tradicional.

7. O que um turista pode encontrar nesse destino?

A natureza é, sem dúvida, um grande atrativo. E, devido à diversidade que se encontra nas três ilhas, é possível ter experiências completamente diferentes – desde trilhos que podem ser percorridos a pé ou de bicicleta às piscinas naturais que abundam pelas três ilhas, passando pelas atividades marítimas como o snorkeling, os passeios de barco e a observação de baleias. 

Há sobretudo um sentimento de tranquilidade e paz que apenas a natureza pode proporcionar, mas que é também fruto da hospitalidade única das nossas gentes, que recebem à antiga, com a paixão, dedicação e abertura que caracterizam os nossos habitantes.

Os seis municípios acolhem, também, lugares de grande valor cultural, desde museus a igrejas e edifícios de arquitetura ímpar, nas vilas e localidades pitorescas que contam a história do povoamento destas ilhas. 

E, claro, a gastronomia e o vinho. Há uma identidade muito vincada e é quase impossível um visitante despedir-se do Triângulo sem uma mala cheia de recordações para comer e beber. No Faial, a relação umbilical da ilha com o mar está muito presente na gastronomia, com a presença de vários peixes e marisco como as lapas. No Pico, a cultura vínica é muito forte, com a produção do célebre verdelho, mas também a boa carne IGP (indicação Geográfica Protegida). Em São Jorge, o grande embaixador é o queijo de São Jorge DOP (Denominação de Origem Protegida), com o seu distinto travo a picante, mas as condições naturais das fajãs permitem a introdução de ingredientes pouco habituais nos Açores, como as amêijoas e o café. 

8. Qual o diferencial do Triângulo?

A proximidade é um fator diferencial muito relevante. O facto de as ilhas do Faial, Pico e São Jorge estarem tão próximas permite ligações muito rápidas, cómodas e a baixo custo, o que é muito frutuoso para os visitantes. Mas essa proximidade, embora se reflita em afinidade cultural e existam pontos de contacto claros, não significa que os visitantes venham encontrar três lugares semelhantes. Pelo contrário, as três ilhas têm diferenças marcantes na cultura, na gastronomia, na biodiversidade e, sobretudo, nas paisagens.

No Faial, encontramos os maciços de hortênsias tão característicos desta ilha. No Pico, os protagonistas são a maior montanha do nosso país e uma paisagem vulcânica sem par em Portugal. Em São Jorge, o destaque vai para as fajãs, reserva da biosfera, que formam uma paisagem singular e são parte essencial da identidade da ilha.  

Esta proximidade geográfica, aliada a paisagens e experiências muito diferentes, é o grande diferencial do Triângulo. E é por isso que utilizamos um mote que reflete bem esta ideia: uma viagem e três destinos. 

9. Já há turistas brasileiros?

Sim, já vamos recebendo alguns turistas provenientes do Brasil, desde logo porque é crescente o aumento de residentes provenientes desse país, o que faz com que, por essa via, vá sendo conhecido o destino, mas também por brasileiros com ascendência portuguesa/açoriana; a título de exemplo, por via do Povoamento de Santa Catarina, Florianópolis, por uma comunidade de açorianos, que hoje procuram a história dos seus antepassados aliada ao seu destino de férias. 

Outro fator que é muito valorizado pelos turistas, em particular os brasileiros, é falarmos a mesma língua e sobretudo por sermos um destino seguro, em particular para férias em família.