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Como os títulos concedidos às cidades estimulam o turismo

 

Cidade da criança, capital da uva, do reggae, da tecnologia ou do agronegócio. Além de resumir as características e tradições locais, o reconhecimento tem atraído cada vez mais turistas aos destinos

Gustavo Henrique Braga

A prática de nomear lugares com base nas tradições e características locais, também chamada de toponímia, deixou de ser objeto de estudo da geografia cultural para se transformar em uma ferramenta de promoção dos destinos turísticos brasileiros. O motivo é que títulos como “a capital da tecnologia”, conferido à cidade de São Carlos (SP), a “cidade das crianças”, de Maravilha (SC) ou da “capital nacional do cooperativismo”, em Nova Petrópolis (RS) tem o poder de sintetizar, em poucas palavras, as características de um local – e atrair cada vez mais turistas para a região.

Um exemplo de sucesso é o de Barretos (SP), a capital do rodeio. O reconhecimento oficial da cidade, em 2012, aumentou a visibilidade não só da festa do peão, como também dos demais eventos da cidade. “É o resultado de um trabalho de 60 anos”, afirma o consultor de marketing Marcelo Murta, que trabalha em parceria com o município.

“São ativos que ajudam a cidade a se posicionar no mercado em busca de reconhecimento. É sem dúvidas algo positivo que contribui para o desenvolvimento do turismo”, disso o ministro do Turismo, Vinicius Lages.

Não é à toa que, nos últimos oito anos, 16 municípios brasileiros obtiveram o reconhecimento por lei federal desse tipo de título. A disputa é tão grande que o país conta com variações como a “capital nacional da agricultura ecológica”, como é chamada a cidade gaúcha de Ipê e a “capital nacional da agricultura de precisão”, como ficou conhecido o município de Não-Me-Toque, também no Rio Grande do Sul. Já a “capital nacional do agronegócio” é Sorriso, no Mato Grosso.

Há ainda títulos informais, tais como a “cidade imperial”, nome dado à Petrópolis (RJ) e “capital brasileira do reggae”, apelido de São Luís (MA). Outros, como o município de Venâncio Aires (RS), ainda aguardam para que o Congresso aprove o Projeto de Lei que confere à cidade o título que, no caso de Venâncio, é o de “capital nacional do chimarrão”.

Vânia Nagem, gerente do Centro de Referência em Nomes Geográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirma que a toponímia pode ser de grande ajuda ao desenvolvimento do turismo regional. “Principalmente o turismo de base local pode contar a história dos lugares por meio dos nomes e isso com certeza tem um grande potencial”, diz.

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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