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CNPq autoriza implantação de quatro novas bolsas DCR pela FAPERN

Pesquisadores contemplados atuam nas áreas de da Engenharia Sanitária, Tecnologia de Alimentos, Ecologia e Agronomia. Pesquisas serão desenvolvidas na UFRN, IFRN, Emparn e Ufersa.

Nesse início de ano, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN) contemplou mais quatro pesquisadores com a bolsa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (DCR). As instituições beneficiadas foram a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte(Emparn), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), onde os projetos selecionados devem ser desenvolvidos. As pesquisas contempladas estão enquadradas nas áreas da Engenharia Sanitária, Tecnologia de Alimentos, Ecologia e Agronomia. Os pesquisadores Renato Dantas Rocha da Silva, Lisandra Mürmann, Tiago Cardoso da Costa e Dirk Koedam receberão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) uma quantia mensal que varia de R$ 2.800 a R$ 5.200, de acordo com sua titulação. O período para o desenvolvimento dos projetos é de dois anos e cada pesquisador receberá ainda uma quantia de 20 mil reais da FAPERN, somando, ao todo, um investimento de R$ 80.000 provindos da Fundação.

Atualmente nove pesquisadores são beneficiados pela bolsa DCR e desenvolvem seus projetos em instituições de ensino e pesquisa, tanto na capital quanto no interior do estado. Diversas áreas do conhecimento são contempladas, como a agronomia, engenharia elétrica, parasitologia, zootecnia, entre outros.

Programa estimula desenvolvimento regional
Visando fomentar a pesquisa em regiões de baixo desenvolvimento científico e tecnológico do País, o CNPq lançou, em julho de 2006, uma modalidade de bolsa individual que contempla pesquisadores interessados em desenvolver projetos fora das áreas metropolitanas. A bolsa de DCR tem como objetivo atrair recursos humanos com experiência em ciência, tecnologia e inovação para atuar em instituições situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (exceto Brasília) do país. A ideia é diminuir as desigualdades regionais apostando em iniciativas que tenham como foco áreas carentes de desenvolvimento científico e tecnológico.

No Rio Grande do Norte, a FAPERN, em parceria com o CNPq, contribui desde 2006 para a implantação dessa modalidade de bolsa no estado.
Projetos selecionados
Entre os projetos contemplados está o do engenheiro Renato Dantas Rocha da Silva, que tem por objetivo desenvolver uma técnica de tratamento das águas da região Seridó do estado. Em virtude dos baixos índices de chuvas e dos processos erosivos no solo, a região Seridó enfrenta sérios problemas de quantidade e qualidade de água para abastecimento urbano, irrigação de culturas vegetais e desenvolvimento industrial. O estudo proposto no projeto permitirá que um sistema simples de tratamento de água, com fácil operação, baixos custos e elevada eficiência, seja usado em unidades familiares ou indústrias de pequeno ou grande, promovendo o desenvolvimento sócio-econômico da região.

Formada em medicina veterinária e doutora em microbiologia, a pesquisadora Lisandra Mürmann também teve seu projeto contemplado. O alvo de sua pesquisa é a produção leiteira do rebanho caprino da região de Macaíba-RN. Sua ideia é explorar o potencial tecnológico dessa atividade e realizar o diagnóstico da cadeia produtiva de leite na região com o intuito de subsidiar melhorias no setor.

A cultura do melão no RN também é alvo de um dos projetos contemplados. Doutor em Entomologia, o biólogo Tiago Cardoso da Costa Lima, investigará a moscas-minadoras, que é hoje a principal praga na cultura do melão. O controle desse inseto torna necessária a utilização de uma grande quantidade de produtos químicos, o que tem acarretado um incremento no custo do cultivo do melão, além dos problemas ambientais derivados do uso abundante de agrotóxicos. Dessa forma, espera-se disponibilizar uma nova ferramenta de controle aos produtores, mais eficiente, segura ao homem e ambientalmente sustentável.

Típica da região do semi-árido, a abelha Jandaíra produz um tipo de mel de alta qualidade, muito apreciado por seu sabor. O importante papel desta abelha como polinizadora está abrindo novos caminhos para a aplicação de seu uso na polinização controlada de frutas e verduras. Entretanto, o custo de produção do mel Jandaíra ainda é muito elevado e costuma ser interrompido esporadicamente por conta da escassez de água durante grande parte do ano. Baseado nisso, o biólogo e pesquisador Dirk Koedam, realizará, na Ufersa, uma pesquisa que pretende investigar a dinâmica de reprodução das abelhas Jandaíra para aperfeiçoar o seu uso sustentado na agricultura.

Para conhecer os trabalhos dos pesquisadores, segue o endereço dos seus currículos na plataforma Lattes:
Renato Dantas Rocha da Silva (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4526109U2)
Lisandra Mürmann (http://lattes.cnpq.br/8640756170189745)
Tiago Cardoso da Costa (http://lattes.cnpq.br/8348471937739333)
Dirk Koedam (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769439Z5)

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