TURISMO INTERNACIONAL

A ETC – European Travel Commision divulgou recentemente a terceira vaga de 2023 (setembro-dezembro), dos resultados do seu barómetro de viagens Long-Haul, num dos seus mais recentes inquéritos com periodicidade quadrimestral. Os mercados-alvo deste estudo são: Brasil, China, Japão, Rússia e Estados Unidos da América.

A amostra é constituída por 1.000 entrevistas online a potenciais viajantes considerados representativos para cada um dos mercados. Anualmente, serão analisados três horizontes temporais de viagem: janeiro-abril; maio-agosto e setembro-dezembro.

Este novo barómetro pretende avaliar os últimos quatro meses de 2023:

• intenções de viajar para fora da sua região de residencial habitual;
• preocupações e dificuldades relativamente às viagens;
• critérios relevantes para a seleção dos destinos;
• preferências de viagem no que respeita aos destinos, tipo de experiências e modos de transporte.

Principais resultados

Num contexto de aumento das despesas associadas à realização de viagens, os viajantes de todo o mundo têm adotado diversas estratégias para maximizar as suas experiências de viagem. A tática mais prevalente envolve a redução dos gastos em compras. Os viajantes do Canadá, Austrália e Japão são os que mais utilizam esta opção. Além disso, muitos estão a utilizar esquemas de fidelização e optam por pacotes com tudo incluído, procurando reduzir custos, uma tendência muito em voga entre viajantes brasileiros e chineses.

Outras medidas de redução de custos incluem a escolha de opções de alojamento e restauração mais económicas, bem como o aproveitamento dos City Cards, que são particularmente populares entre os viajantes chineses. Todavia, 23% dos entrevistados, em todos os mercados, afirmaram que não tencionam comprometer as suas experiências no destino, apesar do aumento dos custos de viagem. Esta postura afirmativa pode ser encontrada entre os entrevistados dos Estados Unidos e da China, destacando a sua determinação em saborear cada momento das suas viagens.

Entre os mercados analisados, os australianos e os brasileiros parecem ser os mais abertos a viagens prolongadas à Europa neste outono, em contraste com os japoneses e norte-americanos, mercados em que apenas uma pequena parcela dos entrevistados (5% e 14%, respetivamente) considera ficar mais de 2 semanas na Europa.

A China restabelece o seu estatuto de maior gastador, planeando um orçamento diário para gastos no destino superior a 200 euros, indicando potencialmente um forte interesse em produtos premium e serviços de gama alta.

Um número crescente de entrevistados (um aumento de 6% face a 2022) é atraído por locais de reputação mundial quando escolhem o seu próximo destino europeu. Os inquiridos chineses e australianos, em particular, estão mais interessados em explorar os marcos icónicos da Europa. Aqueles que viajam com crianças menores de 18 anos estão significativamente mais inclinados (38%) a optar por destinos conhecidos pelas suas paisagens icónicas, enquanto os viajantes individuais demonstram menos interesse (28%), dando preferência a experiências únicas.

As condições meteorológicas continuam a ser um fator essencial para um terço de todos os entrevistados, assumindo um papel central para os viajantes chineses (39%) e tendo uma importância substancial para os australianos e brasileiros (ambos com 34%). Já os viajantes individuais estão menos preocupados com as condições meteorológicas (28%) e dão prioridade a outros fatores na escolha do destino, como evitar destinos com demasiada procura.

A perceção de acessibilidade aos serviços turísticos e experiências dentro do destino também ganhou importância, com um crescimento médio de 4% (todos os mercados) em comparação com o ano anterior.