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49°Congresso da Apavt em 2024 será em Huelva,na Espanha e em 2025 em Macau, na China na edição de 50 anos

O 48° Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo(APAVT) foi realizado de 30 de novembro a 2 de dezembro, na Alfândega do Porto, no Porto, Portugal  e recebeu 782 congressistas. Depois de 22 anos retornou a cidade do Porto.Durante a cerimônia de abertura esteve presente embaixadores de vários países, representantes de entidades regionais do país, além do secretário de Turismo, Comércio e Serviçod do estado de Portugal, Nuno Fazenda, o presidente do Turismo do Porto e Norte, Luis Pedro Martins.  

Em 2024 o 49° Congresso da Apavt será na cidade de Huelva, Andaluzia, Espanha

No jantar oferecido pelo Destino de Andaluzia – Huelva Original, no Baron’s Hall, em Vila Nova de Gaia foi anunciado o 49° Congresso da Apavt, que será em Huelva, de 23 a 25 de outubro de 2024 pelo presidente da  Apavt  e com a presença de uma grande delegação de Andaluzia, desde o presidente da Associação das Agências de Viagens  que comemorou em receber o congresso, inclusive a prefeita de Huelva, Teresa Herrera.

A noite seguiu com espetáculo Flamenco / Cultura Andaluza, subsidiado pela Câmara Municipal de Huelva. E depois o dj Padre Guilherme, famoso da Jornada Mundial da Juventude animou a noite

O 49°Congresso em 2024 foi anunciado para 23 a 25 de outubro na cidade de Huelva, Andaluzia, na Espanha e em 2025, o congresso na edição de 50 anos será em Macau, na China.

O presidente da Apavt, Pedro Ferreira Costa em seu discurso de abertura afirmou que no ano de 2023 houve uma recuperação no mercado das agências de viagens pós período da pandemia.

“2023 não foi o ano da total regeneração, evidentemente, nem o poderia ser; mas sim, foi um ano de recuperação, e de reconfirmação. 

De recuperação porque as agências de viagens tiveram este ano, de um modo geral, uma boa demonstração de resultados, em alguns casos, a melhor de sempre.

De reconfirmação, porque foi também um ano em que o sector das agências de viagens se revelou altamente competitivo, batendo recordes de emissão de passagens aéreas regulares; aumentando a influência na operação de lazer dos portugueses, com novos destinos e mais operações charter; aumentando a capacidade de trazer eventos e turistas para todos os cantos do nosso País.

Da mais difícil página da nossa mais recente história, a crise pandémica, reergueu-se um sector, cuja importância para o consumidor aumentou durante os anos do medo. É sempre assim, tem sido sempre assim. Porquê?

Certamente também porque, sendo verdade que há sempre muita gente a falar do cliente, e havendo cada vez mais gente a tentar atrai-lo diretamente, são os agentes de viagens que estão junto deles de forma permanente

Sim, 2023 foi um ano de recuperação e de reconfirmação, para as agências de viagens, que se reergueram, pegando na mão que os clientes lhes estenderam. Não ficámos surpreendidos. Conhecemos muito bem os nossos clientes, desde 1840″, disse Pedro Costa.

O presidente da Apavt, mostrou-se preocupação quanto ao ano de 2024. Segundo ele, fatores como as guerras que se alastram para outros países, a inflação que se mantém, apesar de menos dinâmica; as taxas de juro que continuam a crescer; a instabilidade política internacional, e agora também nacional. 

“Julgo que, por tudo isso, ninguém se espantaria se o 2024 fosse um ano de desaceleração dos fantásticos números entretanto alcançados, o que não deixará de impactar o sector, que, trabalhando a ritmo superior a 2019, é certo, está também a amortizar as dívidas contraídas ao longo da crise pandémica.

E, perante este cenário de recuperação e tantas incertezas e nuvens negras pela frente, já outros desafios se erguem perante nós. Neles estaremos focados, APAVT e agentes de viagens, ao longo dos próximos anos, disse.

“Na impossibilidade de falarmos de todos eles, fá-lo-emos certamente na sessão exclusiva dos agentes de viagens, permito-me destacar três.

Em primeiro lugar, e desde logo, o processo de implantação do NDC da TAP, que terá, naturalmente, um efeito muito significativo no mercado português.

Não sendo ainda possível determinar todas as características deste NDC, é certo que acompanharemos de perto esta implantação, no seio de um grupo de trabalho conjunto. Este é apenas mais um exemplo do bom trabalho de aproximação, mais alargado, que tem sido realizado entre as agências de viagens, e a TAP. A relação é próxima, é de confiança, e certamente produzirá bons resultados para todos nós.

Destacou a presença dos colegas da TAP como também da Emirates, Ibéria/British, AirFrance/KLM, Lufthansa e a senhora presidente da SATA, Teresa Gonçalves. Sejam todos muito bem-vindos a um congresso que também tem sido, sempre, o vosso congresso.

Em segundo lugar, também as questões da sustentabilidade se manterão bem próximas do negócio.

Hoje, para além das óbvias preocupações com as condições de vida futura no planeta, vivemos um momento em que as empresas começam não apenas a ter de perseguir boas práticas ambientais, como também de as demonstrar, perante clientes, fornecedores e entidades financiadoras, sem o que terão menos negócio, e piores condições de financiamento.

Este processo vai acontecer com mais tempo e de forma mais organizada, apenas para quem acolha desde já o desafio das melhores práticas ambientais. Para quem não abrace já o tema, o assunto colocar-se-á mais tarde, com menos tempo, mais ansiedade, mais custos e piores resultados.

Durante o congresso, que teve como tema central ” A inteligência artificial, revolução do século XXI” teve painel na sessão exclusiva dos agentes de viagens, com importantes profissionais, apresentando a importância do IA para a vida no segmento do Turismo e viagens, além da importância da internet,desde o google e ferramentas na utilização de um pacote de viagens a vários aplicativos para fotos como o Canva e outros para videos, traduções, mostrando passo a passo para aprimorar as várias faces de elaboraçào de um pacote de viagens para um melhor atendimento ao cliente,entre outras.

Pedro Costa falou sobre o desafio da inteligência artificial, o tema do congresso, tema que nos seduz todos os dias, pelas oportunidades de aumentar a competitividade, e que nos assusta todos os dias, pelos perigos de que os outros aumentem a sua capacidade de penetração .

Contudo, com todos os fatores, Pedro Costa ressaltou que a introdução de processos de inteligência artificial permitirá, já o permite, realizar tudo o que é rotineiro, com mais rapidez, menos custos e eventualmente de uma forma mais perfeita. Permitirá também mais tempo e mais qualidade na relação com o cliente. Ou seja, permitirá simplesmente que sejamos mais competitivos.

Vai a inteligência artificial ultrapassar-nos a todos, fazendo implodir o sector? Com sinceridade, julgo que responder, hoje, a esta questão, será um exercício mais próximo daquilo que desejamos, do que do que efetivamente sabemos que vai acontecer. Não sabemos. Face ao impacto brutal da inteligência artificial, ninguém, nenhum sector económico, pode desde já prever o seu próprio futuro, ou sequer garante a sua sobrevivência. 

Mas isso, não nos impede de agir. Porque se não sabemos se a inteligência artificial nos vai ultrapassar a todos, temos já a certeza de que seremos ultrapassados por quem utilizar a inteligência artificial. Mãos à obra, portanto!

Nomes como Miguel Poiares Maduro, Carlos Guimarães Pinto, Álvaro Beleza, Ribau Esteves, Pinto da Costa, Rita Marques, Arlindo Oliveira, Paulo Amaral, Natália Rosa, Padre Guilherme, Ricardo Florêncio, Carlos Pereira, Leitão Amaro, Francisco Calheiros, Luis Rodrigues, Nuno Carvalho, Frederico Costa e Frank Oostdam, estiveram no congresdo para ajudar a pensar sobre todos estes temas, sobre a economia e o futuro político deste País que escolhemos para viver.

Outro ponto foi o tocante a fiscalização no setor

“Cada vez temos mais ilegais, que simplesmente actuam sem RNAVT, de forma absolutamente impune. Durante a minha presidência, fizemos mais de 100 denúncias à ASAE, por prática de actividade de agência de viagens, sem RNAVT. A nossa principal dúvida é o que acontecerá primeiro, o regresso de D. Sebastião, ou a recepção da primeira resposta por parte da ASAE.

O congresso contou com vários painéis dedicados ao tema central e dirigido aos agentes de viagens, entre eles uma conversa com o presidente da TAP, Luis Rodrigues, que contou desde quando começou sua vida profissional. Muito humilde e mostrou “que caiu de paraquedas no cargo”, mas desde então tem conseguido devagarinho galgar degraus”. Citou o mercado brasileiro como um dos mais importantes.

Em seu discurso de encerramento do congresso, o presidente da Apavt, Pedro Costa pontuou alguns pontos, como a importãncia do Porto , como cidade turística ter recebido o congresso, após 22 anos , além da importância do IA, algo já presente na vida pessoal e profissional.

Segue discurso na íntegra:

“Foi um bom congresso, missão cumprida!

Para que assim tenha sido, em primeiro lugar, contribuiu o facto de ter sido realizado no Porto.

Pelo destino turístico que é, um exemplar trajeto de transformação e um marco de modernidade fundada nas raízes históricas e culturais do norte de Portugal, evidentemente.

Mas também, e principalmente, pela participação e parceria com a Entidade Regional do Porto e Norte de Portugal. Já todos sabemos o fantástico trabalho de estruturação de produto que esta e as demais regiões de turismo do nosso país têm realizado. O que talvez nem todos saibam, é a luta tremenda que estas regiões travam, todos os dias, para utilizarem o dinheiro que, por mérito próprio, lhes foi apenas formalmente entregue. Apenas formalmente, porque a vida das regiões de turismo, ultimamente, arrasta-se entre as famigeradas cativações e um labirinto de regras desnecessárias, que prejudicam o trabalho, e atrasam a implementação das políticas.

Obrigado, Luís Pedro Martins, por, num cenário administrativo tão difícil, teres tido a coragem de realizar este congresso na tua cidade. 

Por outro lado, injusto seria não sublinhar o milagre que quatro pessoas apenas fazem, ao planear, organizar e acompanhar um evento de 780 pessoas, Ricardo, Fátima, Edite, Maria, muito obrigado pelo trabalho incansável e pelos excecionais resultados alcançados.

Estamos contentes, pelos temas escolhidos, pelos debates realizados, e pelas conclusões alcançadas.

Olhámos para as dificuldades de curto prazo, um País com orçamento, mas sem direção, e percebemos bem como elas estão fundadas em estratégias indefinidas, em decisões proteladas, e numa cultura laxista que tardamos em deixar cair, substituindo-a por uma cultura de responsabilidade e de compromisso, que olhe em frente e veja mais longe.

Neste âmbito, é evidentemente preocupante que, uma vez mais, estejamos cheios de dúvidas e rodeados de incerteza, relativamente a processos estratégicos fortemente impactantes, como sejam a solução para o aeroporto de Lisboa, uma resolução relativamente à ferrovia ou a decisão da privatização da TAP.

Fizemos uma fantástica imersão no mundo da inteligência artificial. 

  • As potencialidades parecem ser, neste momento, infinitas, como nos explicou o Professor Arlindo Oliveira;  
  • é absolutamente necessária uma alteração da visão e estratégia empresariais, como nos esclareceu o Eng Paulo Amaral; 
  • as possibilidades de utilização estão já aí , permitindo que iniciemos já amanhã o caminho, passo a passo, como nos mostrou a Natália Rosa.

Em três importantes conclusões, todos os oradores estiveram de acordo.

Em primeiro lugar, a inteligência artificial representa um momento disruptivo, e um momento disruptivo é suscetível de provocar a tomada do mercado por atores até esta altura incapazes de assumir a liderança;

Em segundo lugar, só há uma resposta racional para os incumbentes – continuarem a criar valor, sendo certo que, no universo das emoções, na área da confiança, no âmbito da gestão das incertezas e contrariedades, há muito espaço para progredir, há muita semente para plantar e fazer crescer, há muitos processos estratégicos para desenvolver;

Finalmente, para que possamos criar valor junto do cliente, sendo certo que não podemos ter uma abordagem meramente tecnológica, é igualmente verdade que temos de utilizar, já a partir de amanhã, todos as ferramentas de inteligência artificial que nos permitem sermos mais eficientes nas tarefas rotineiras, e mais assertivos na relação com o cliente. Numa palavra, mais competitivos.

Para a APAVT, ficou mais clara a agenda, nesta área – Apoiar a transformação empresarial, incentivando a introdução da inteligência artificial.

Caros colegas,

O congresso foi sobretudo tecnologia, mas nós só a utilizamos para, num mundo cheio de opções, ajudar todos os dias os nossos clientes a fazerem a escolha certa.

O congresso foi sobretudo tecnologia, mas, num cenário tão cheio de incertezas e acontecimentos inesperados, nós só a utilizamos porque gostamos de resolver todos os dias os problemas dos nossos clientes, proporcionando-lhes viagens tranquilas, num mundo cada vez mais confuso.

O congresso foi sobretudo tecnologia, mas nós só a utilizamos porque gostamos do nosso papel de líderes nas questões relacionadas com a sustentabilidade

Afinal, o congresso foi sobretudo tecnologia, mas nós só a utilizamos porque do que gostamos mesmo é de sermos agentes de viagens,  contribuindo para um mundo melhor, unido pelas diferenças e sustentado na tolerância.!

O congresso foi sobretudo tecnologia, mas nós só aqui estivemos porque gostamos de pessoas.

O Paulo Amaral dizia ontem, «não nos deslumbremos com a tecnologia, deslumbremo-nos com as pessoas»

Enquanto, na confusão de 780 pessoas que se reencontram, conseguirmos deslumbrarmo-nos com os abraços que demos uns aos outros e com os sorrisos felizes que trocámos, vai continuar a valer a pena organizar congressos da APAVT.

Obrigado Porto, olá Huelva, até já Macau!”.

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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