Publicação mostra como combater a exploração sexual no turismo e compartilha ações positivas
O Ministério do Turismo lança nesta quarta-feira (30), às 10 horas, o Manual do Multiplicador – Projeto de Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo, no auditório do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB).
A publicação, com cerca de 100 páginas, orienta professores, gestores públicos, líderes comunitários, organizações não governamentais e envolvidos no setor de turismo em ações de combate à violência e à exploração sexual de crianças e adolescentes. “O material é referência nas ações de capacitação voltadas para o tema”, disse o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.
A publicação é coordenada pelo Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília e busca formar uma rede para enfrentar o problema em qualquer destino turístico do país. “É uma batalha que precisa da conscientização e participação da sociedade e dos envolvidos na cadeia produtiva do turismo”, disse o coordenador geral de Proteção à Infância do MTur, Adelino Neto. O livro traz casos de sucesso, como o programa que mapeou empresas e associações do setor de turismo, qualificando profissionais no estado do Pernambuco.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em todo o mundo cerca de 150 milhões de meninas e 73 milhões de meninos menores de 18 anos são submetidos a relações sexuais forçadas ou outras formas de violência ou exploração sexual.
No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes ocorre principalmente nas regiões de praia, nas fronteiras estaduais e internacionais. O estado que apresenta o maior número de denúncias é o Rio de Janeiro (1.951), seguido da Bahia (1.942) e de São Paulo (1.826). Os dados são de 2012. No ano passado, foram registradas 18,3 mil denúncias no País.
Para a Rede Global de Proteção às Crianças, o aumento do turismo leva a índices maiores de exploração sexual de crianças. Segundo a organização, 76% das crianças exploradas sexualmente são menores de 10 anos.
Assessoria de Comunicação- Ministério do Turismo