Policiais militares do DF conheceram as ações do MTur para banir este tipo de crime no país
Sensibilizar os policiais militares do Distrito Federal para os problemas da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (ESCA) nos equipamentos turísticos e formar multiplicadores para enfrentar esse crime. Foi com esse intuito que o coordenador-geral de Turismo Sustentável e Infância (TSI) do Ministério do Turismo, Adelino Neto, ministrou palestra ontem (25) durante o 8º Curso de Especialização em Policiamento Turístico, promovido pelo 5º Batalhão de Política Militar do Distrito Federal (PMDF), na Universidade Paulista (UNIP), em Brasília.
O coordenador lembrou que esse tipo de exploração é um problema mundial e viola os direitos humanos. Litorais, regiões de fronteiras, Pantanal e Amazônia são os locais no Brasil onde há maior incidência de casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, um crime com penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código Penal Brasileiro.
As vítimas normalmente são pessoas de baixa renda e escolaridade reduzida, e que não têm acesso às políticas públicas adequadas. Do outro lado, estão as redes de exploradores e intermediários que se aproveitam dessas fragilidades para praticar seus crimes.
“É preciso criar uma força de enfrentamento e proteção à ESCA. Temos que combater esses crimes, que além do lado social prejudicam também os destinos turísticos e, consequentemente, a economia do país”, defendeu Neto.
Para a sargento Ângela Santos, a palestra deu uma visão mais ampla do problema que atinge crianças e adolescentes. “Infelizmente, a exploração sexual não é somente de fora pra cá. É um problema regional que acontece ao nosso lado, no nosso dia a dia”, afirmou.
Prevenção
Desde novembro de 2004, o Ministério do Turismo vem trabalhando com o Programa Turismo Sustentável e Infância, que tem por objetivo prevenir a exploração sexual desse segmento nas cadeias turísticas brasileiras. As ações do MTur envolvem a realização de seminários, campanhas de sensibilização e a participação em projetos de inclusão social por todo o país. A ideia é formar multiplicadores e conscientizar a sociedade sobre este problema.
Trabalhos nesse sentido estão sendo feitos especificamente nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014. “Nosso objetivo é banir a exploração sexual infantil do cenário do turismo brasileiro”, disse Adelino Neto.
Assessoria de Comunicação- Ministério do Turismo