Primeiro trimestre é tradicionalmente o de pior desempenho financeiro
Resultado em linha com o orçamento da Companhia
- Melhoria da performance operacional no trimestre
- Crescimento contínuo das Receitas
- Resultados Operacionais resilientes
No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a TAP registou uma melhoria de desempenho operacional, superando o primeiro trimestre de 2023 em várias métricas: transportou mais passageiros (+0,6%), aumentou a sua capacidade (+3,8%) e melhorou o load factor (+0,3 p.p.), confirmando o foco da empresa na melhoria contínua da sua operação.
As Receitas Operacionais atingiram EUR 862 milhões, aumentando em 3,1% face ao primeiro trimestre de 2023, com destaque para as receitas do segmento de passageiro (+5%), onde se verificou igualmente um aumento do PRASK (+1,2%) e da yield (+1,8%).
A TAP registou no primeiro trimestre de 2024 um EBITDA recorrente de EUR 83,7 milhões e um EBIT recorrente negativo de EUR 43,3 milhões, significativamente superiores aos níveis de 2019 (EUR 5,5 milhões e EUR -99,3 milhões, respetivamente).
A 31 de março de 2024, o Grupo apresentava uma posição de liquidez forte de EUR 1.133,4 milhões, um aumento de EUR 344,0 milhões face ao final de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche de aumento de capital pelo acionista em janeiro de 2024, no valor de EUR 343 milhões. Este valor confirma a gestão financeira disciplinada e prudente da TAP.
Luís Rodrigues, Presidente Executivo da TAP, considera que “no primeiro trimestre de 2024 continuámos o processo de transformação estrutural que a TAP exigia. O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se ao longo do tempo. Tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada. Isto traduziu-se igualmente num salto no NPS (Índice de Satisfação do Cliente) de 12 para 24. Confiamos totalmente nas nossas pessoas e sabemos que vamos estar à altura do verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte. O nosso foco e empenho mantém-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para os nossos Clientes, Trabalhadores e Acionistas.”
No primeiro trimestre, o número de passageiros transportados aumentou em 0,6% comparando com o primeiro trimestre de 2023 (“1T23”), enquanto foram operados 2% menos voos do que no 1T23. Comparando com os níveis pré-crise de 2019 (1T19), o número de passageiros atingiu 104%, superando os mesmos, enquanto os voos operados atingiram 90%.
A Capacidade (medida em ASK) aumentou em 3,8% em comparação com o 1T23, superando igualmente os níveis pré-crise, atingindo 114% do valor do 1T19. O Load Factor melhorou 0,3 p.p., atingindo 79,3%, quando comparado com o ano anterior, e 4.1 p.p. quando comparado com os níveis pré-crise.
As Receitas operacionais totalizaram EUR 861,9 milhões, aumentando em 3,1% em comparação com o 1T23, ultrapassando e representando 140% das receitas operacionais do 1T19, impulsionadas principalmente pelas receitas do segmento de passageiros. Estas registaram um aumento de EUR 37,2 milhões (+5%) face ao 1T23 para EUR 774,7 milhões, gerando um PRASK de EUR 6,25 cêntimos – um aumento de 1,2% (+EUR 0,07 cêntimos) quando comparado com o 1T23 e aumento de 28,0% (+EUR 1,37 cêntimos) com o 1T19.
A receitas da divisão de Manutenção totalizaram EUR 45 milhões, registando um aumento de EUR 1,4 milhões quando comparados com o 1T23, devido maioritariamente a melhores condições nas cadeias de abastecimento que atrasaram atividades programadas nos trimestres anteriores. As receitas do segmento de Carga diminuíram em EUR 12,1 milhões para EUR 36,7 milhões, registando uma diminuição de 24,7% em comparação com o 1T23, devido à contínua normalização das yields de carga observada no mercado, embora superando os níveis de 2019.
Os Custos operacionais recorrentes atingiram EUR 905,2 milhões, registando um aumento de 7% ou de EUR 59,1 milhões em comparação com 1T23. Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal (+EUR 70,5 milhões ou 56,9%) devido aos novos acordos de empresa, contrabalançado pela redução do custo com combustível (-EUR 23,6 milhões ou 8,5%) devido a um preço mais baixo do jet fuel.
O CASK total de custos operacionais recorrentes aumentou 3,1%, atingindo EUR 7,30 cêntimos, quando comparado com o 1T23. Excluindo custos com combustíveis, o CASK de custos operacionais recorrentes atingiu EUR 5,26 cêntimos, aumentando 10,3% face ao 1T23 e 2,8% face ao 1T19.
O EBITDA recorrente totalizou EUR 83,7 milhões no 1T24, apesar da diminuição de EUR 36,3 milhões em comparação com o 1T23. O EBIT recorrente registou um valor negativo de EUR 43,3 milhões, diminuindo em EUR 33,1 milhões face ao 1T23. Considerando itens não recorrentes, o EBIT totalizou EUR -57,1 milhões. Comparando com os níveis pré-crise, o EBIT recorrente e o EBIT aumentaram em EUR 55,9 milhões e EUR 44,3 milhões, respetivamente.
O resultado líquido registou um valor negativo de EUR 71,9 milhões, tendo diminuído em EUR 14,5 milhões em comparação com o 1T23. No entanto, quando comparado com o 1T19, melhorou em EUR 34,7 milhões.
A 31 de março de 2024, o Balanço apresentava uma posição de caixa e equivalentes de caixa robusta de EUR 1.133,4 milhões, um aumento de EUR 344,0 milhões face a 31 de dezembro de 2023, no seguimento da execução da segunda tranche do aumento de capital no valor de EUR 343 milhões efetuada pelo acionista a 4 de janeiro de 2024.
De uma perspetiva operacional, foram reabertos, no final do primeiro trimestre, dois destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Nápoles e Porto Santo. A frota era composta por 99 aeronaves, a 31 de março de 2024, com a adição de 1 aeronave quando comparada com 31 de dezembro de 2023, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da Família NEO (face a 67% a 31 de março de 2023 e 17% a 31 de março de 2019).
Pode ler o comunicado de divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024 na íntegra aqui