Brejo da Paraíba é um uma região com imenso potencial turístico que vem sendo lapidado e melhorado dia a dia. O mais recente passo para transformar a região em um roteiro de experiência e excelência para turistas do mundo está sendo efetivado por meio do desenvolvimento do projeto Prove Paraíba, trabalho de consultoria realizado pela empresa Cantaloupe, em parceria com o Sebrae e da Secretaria de Turismo.
Bananeiras – distante 131 km de João Pessoa e 72 km de Campina grande – tem sido um case de sucesso no turismo de experiência do Brasil, colocando nas prateleiras das agências de viagens uma série de atrativos, que vão desde roteiros de esportes e aventura, gastronomia de excelência e muitas experiências ao ar livre.
No sábado passado (30), a Cantaloupe promoveu uma visita técnica, por meio da edição ‘Subindo a Serra’, oportunidade em que foram apresentados alguns equipamentos inseridos no projeto. A visita teve a parceria da PBTur (Empresa Paraibana de Turismo), do Condomínio Montelier, da Officina Móveis, São Brás e Vinícola Aliança, além do apoio da Estação Bananeiras.
Conforme Marina Sá, executiva da Cantaloupe, o projeto Prove Paraíba abre oportunidades para que os turistas possam sentir experiências aproveitando toda a atmosfera da região, focada na gastronomia e na natureza. Vários empreendimentos foram contatados para integrar o projeto e, segundo ela, houve uma aceitação imediata de todos. “Queremos oferecer um novo olhar para o potencial turístico de Bananeiras, revelando o seu patrimônio, a sua história” e os elementos que formatam um roteiro incrível, tudo conectado.
A gerente do Sebrae em Guarabira, Jacy Vieira de Andrade, disse que o projeto havia sido discutido há pelo menos um ano e meio, antes da pandemia da Covid-19. O mundo parou e, consequentemente, o projeto teve que ser engavetado, mas reiniciado quando a Cantaloupe deu início a um mapeamento dos serviços oferecidos em Bananeiras e selecionado os empreendimentos com maior potencial. Vinte empresas aderiram ao projeto, abrangendo receptivo, gastronomia e hotelaria, entre elas, Estação Bananeiras, Engenho Cobiçada, Engenho Baixa Verde, Terraco Lisboa, Divino Casarão, Pesque e Parque Jardim, receptivos Aventuras da Serra e Tour da Serra, entre outros.
Jacy Vieira disse que, após a seleção, houve uma apresentação do projeto, seguido da adesão imediata de todos. “Brilharam os olhos dos empresários e essa conexão tira muitos que ficavam isolados”. Durante a reunião, os consultores ouviram as principais demandas e dificuldades dos empreendedores. A gerente do Sebrae enfatizou que todos precisavam atuar no turismo de forma diferente, já que os turistas estão cada dia mais exigentes, buscando excelência no atendimento, querendo um algo a mais para ser surpreendido, superando a sua expectativa.
“Várias sugestões foram apresentadas, houve orientação de acordo com o serviço oferecido. “As pessoas estão encantadas com o que está sendo oferecido, aproveitando o próprio passeio do Aventuras da Serra e o Tour da Serra – empresas que fazem visitas na região – vivenciando experiências na cidade, não só na gastronomia, mas na parte cultural”, pontuou Jacy Vieira.
Para a gerente do Sebrae, os empresários de Bananeiras, apesar do grande potencial, viviam em seus quadrados, não havia conexão com os outros. Segundo ela, numa rápida amostra, a região tem potencial que une experiência de pescaria no Pesque Park; alimentação no Terraço Lisboa; história e conhecimento no Engenho Baixa Verde; e passeios de aventura realizados pelas empresas Aventuras da Serra e o Tour da Serra. Um dos equipamentos turísticos inseridos no projeto Prove Paraíba ganhará um condomínio com cerca de 25 chalés, que serão construídos na área do Engenho Baixa Verde. O empresário Geraldo Espínola revelou que a ideia de tornar o local em um ponto de visitação de turistas partiu da movimentação que já vinha ocorrendo, fruto de roteiros formatados por agências de viagens, que passavam por lá sem autorização da família.
A partir do contato com essas agências, foi possível organizar e criar outros atrativos para o engenho. Uma dessas atrações foi a parceria com o Camucá Companhia de Teatro, da cidade de Borborema, que conta a história do engenho – que era uma fazenda de plantação de café -, numa encenação que revela alguns detalhes dos tempos antigos, das roupas ao comportamento. É uma viagem no tempo contada de forma bastante didática pelos atores.
O Baixa Verde recebe cerca de 250 pessoas nos finais de semana e cobra R$ 25 por pessoa pela visitação. As apresentações teatrais devem acontecer sempre aos sábados – no momento estão em fase experimental – com a cobrança adicional de R$ 5, que serão revertidos para a companhia de teatro.
Geraldo Espínola afirmou que a construção dos chalés será feita em etapas. Na primeira delas serão construídos 10 chalés. Está em estudo um projeto de saneamento básico para a área. A previsão é de que em dois anos o projeto esteja concluído, com 25 chalés. “Queremos que as famílias sintam o clima da fazenda e descansem. Estamos buscando parceiros para o condomínio rural. O nome do condomínio será Baixa Verde, será trabalhada essa marca, que já está consolidada.”