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Pesquisa DBM aponta que executivos financeiros são os que mais desejam trocar de empresa no intervalo de três anos

Dados da companhia apontam que 34% de todas as vagas abertas para executivos, no acumulado de janeiro a agosto de 2011, são para profissionais da área de finanças
São Paulo, 21 de setembro – Quando perguntados por quanto tempo gostariam de continuar nas empresas em que atuam, 58,6 % dos executivos da área de finanças do país respondem que desejam manter por, no máximo, mais três anos o vínculo com o atual empregador. O dado faz parte de uma pesquisa realizada recentemente pela DBM, consultoria internacional especializada em transformação e transição de indivíduos e organizacões. A média verificada é de 45% entre executivos de todas as áreas, que responderam que gostariam de ficar menos de três anos nas organizações em que estão.
O estudo, obtido em pesquisa da DBM sobre engajamento com 770 executivos de diferentes idades, ligados a empresas de portes variados e ensino superior completo, mostra ainda que os executivos financeiros lideram o desejo de troca de empregador, sendo seguidos de perto por profissionais da área jurídica – com 54,5% – e por profissionais de vendas – 53,53% dos executivos com intenção de ficar no máximo mais três anos na organização em que estão.
No curto prazo, o desejo de mudança dos executivos financeiros também é alto: 24,4% dos entrevistados da área informam que gostariam de permanecer menos de um ano na atual empresa, o que aponta turn over potencial voluntário de um quarto dos profissionais da área. “Apesar de, praticamente, todas as áreas sofrerem com a falta de profissionais qualificados, o cenário é especial na área de finanças”, explica Claudio Garcia, presidente da DBM Brasil. “O alto potencial de saída de executivos da área de finanças é um ponto importante, uma vez que as vagas para profissionais financeiros são as mais procuradas pelo mercado de executivos.”
Dados da companhia apontam que 34% de todas as vagas abertas para executivos, no acumulado de janeiro a agosto de 2011, são para profissionais da área de finanças. De acordo com Garcia, isso acontece também porque áreas como a de finanças, assim como jurídica, são muito técnicas e criam ambientes mais áridos, e não ligados diretamente a questões da essência da empresa. Outro fator é a rotina que domina essas atividades, com poucos projetos que diferenciam o dia a dia. “Como outras tarefas repetidas e rotineiras e a alta demanda por precisão e qualidade, muitos esperam que os executivos dessa área cumpram o seu papel e, portanto, existe pouco espaço para reconhecimento. Por outro lado, qualquer falha, mínima que seja, é facilmente notada, com grande impacto sobre a reputação do indivíduo.”
Não é a toa que o item ‘falta de reconhecimento’ é o terceiro mais votado quando a dúvida é “O que faria você deixar a empresa em que trabalha?”. São 14% contra apenas 6% de média, de toda a pesquisa. O primeiro e segundo motivos são, respectivamente, ‘falta de desafios e perspectivas de desafio profissional’ e ‘falta de perspectiva, crescimento e sustentabilidade da empresa’. O item ‘remuneração inadequada’ foi o menos votado, com apenas 5% das escolhas.
“Existe pouco espaço na tarefa dos executivos da área de finanças para criar vínculos com a essência da tarefa da organização, diferentemente de outras áreas como operações e vendas, que estão intimamente ligadas ao propósito de acessar e servir clientes da organização”, comenta Fátima Rossetto, diretora da prática de desenvolvimento de talentos da DMB. “Com o tempo, a decisão de sair não representa nenhum sacrifício, já que, com pouco vínculo e um mercado aquecido, o custo pessoal da saída é mínimo”, argumenta.
“A perda não programada, em grande número, dos executivos da área de finanças é bem crítica. Na maioria das vezes, apesar de controles internos, eles possuem um conhecimento qualitativo dos aspectos financeiros das organizações. Sua saída, sem uma determinada transição da função, representa um aumento de riscos sobre a administração financeira do negócio, que, na maioria das vezes, só é aprendido novamente repetindo erros”, completa José Augusto Figueiredo, COO da DBM para América Latina.

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