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Novos hábitos de consumo impulsionados pela pandemia popularizam brechós on-line e aquecem profissionalização do setor

Quem ganha é o meio ambiente e também o bolso dos consumidores, que chegam a economizar até 90% em comparação com o valor de mercado de peças novas

A pandemia mudou os hábitos de consumo da população no mundo inteiro. Em alguns casos, esse movimento acabou ajudando a popularizar negócios conscientes, de baixo impacto ambiental e também com valores acessíveis para o público final – três das características dos brechós digitais, que explodiram desde o início da pandemia. Aquele estigma de ambientes mal cheirosos e com roupas velhas ficou para trás, conquistando definitivamente consumidores que nunca tinham se aventurado no mundo dos produtos de segunda mão.

A nova era dos brechós conta com negócios digitais extremamente profissionalizados, modernos e com uma curadoria de peças que torna a experiência de compra igual à de adquirir uma peça nunca usada. O objetivo principal dos brechós é promover a economia circular, ampliando o tempo de vida das roupas já produzidas, já que o segmento têxtil é responsável por 20% da poluição da água do planeta. Além disso, a atividade também promove o empreendedorismo em rede e economia para quem compra.

Rebeca Foggetti, Fashion Stylist do Repassa, um dos maiores brechós digitais do Brasil, avalia que a adesão aos brechós é um movimento que, embora tenha sido impulsionado durante a crise, tende a se consolidar. “É natural que as pessoas mantenham novas práticas e hábitos positivos descobertos durante a pandemia, e certamente os brechós continuarão ativos dentro dessa nova dinâmica de consumo que se estabeleceu”, relata.

Além da economia e do baixo impacto ambiental, outro ponto relevante é que o brechó on-line também se tornou uma alternativa de renda. O Repassa tem cadastrados em sua plataforma cerca de 27 mil vendedores que usam a plataforma para comercializar peças que estavam, até então, parados no guarda-roupa.

O portfólio da companhia disponibiliza cerca de 150 mil itens entre roupas femininas, masculinas e infantis, incluindo calçados e acessórios, que são vendidos com descontos que variam de 30% a 90% em relação ao valor de mercado. Em 2020, a startup pagou cerca de R﹩7 milhões para os vendedores cadastrados no site.

Fundado em 2015 pelo empresário Tadeu Almeida, o Repassa também conta com um galpão de 3.200m² na Barra Funda, na capital paulista, onde fica o seu Centro de Distribuição. O espaço abriga, ainda, 40 estúdios onde são fotografados os looks, além do escritório da empresa.

No complexo, o time de especialistas da empresa analisa cuidadosamente todos os produtos recebidos para que as peças comercializadas no site estejam em bom estado. “Para garantirmos essa experiência, não aceitamos peças com rasgos, furos, marcas de uso, esgarçadas, desgastadas, com odor, manchas, sujas ou com pelos de animais, bolinhas de tecido, peças com partes faltando, réplicas de grifes e casacos/acessórios de pele de animais”, diz Rebeca.

O brechó também tem um time dedicado a estudar a precificação das peças. Entre os pontos analisados estão: valor de peças semelhantes às originais, estado de conservação, qualidade do material e tipo do produto. Quando a peça é vendida, o ex-dono das roupas recebe 60% do valor de venda do produto, independente do tipo do item.

Curiosidades

Já parou para pensar de onde veio o termo “brechó’? A origem da palavra é curiosa: começou no século XIX com um vendedor ambulante, chamado Belchior, conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão no Rio de Janeiro. Depois, chegou-se ao nome mais conhecido de hoje para as lojas similares em todo o Brasil.

Com o passar do tempo, os estabelecimentos físicos ficaram cada vez mais populares e, em sua maioria, com opções mais acessíveis para o bolso e bem positivas para o planeta – evitando o descarte desnecessário das peças sem uso. Mas a ideia não parou por aí. O que era sabido apenas entre os vizinhos de bairro, foi crescendo e se expandiu para alcançar qualquer cidade brasileira, mesmo estando na comodidade do lar. Esta é a proposta dos brechós on-line, que vêm ganhando força com o poder da influência virtual.

SOBRE O REPASSA

Criado pelo empresário Tadeu Almeida, o Repassa é uma startup de moda consciente e maior brechó on-line do Brasil. Fundada em 2015, a empresa já economizou mais de 599 milhões de litros de água, evitou que 777 toneladas de CO2 fossem emitidas e reduziu 13 milhões de kW/h de energia. Desde o início da operação, em 2015, a marca já recebeu mais de R﹩ 10 milhões de aportes provenientes de fundos de venture capital e investidores-anjos.

http://www.repassa.com.br

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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