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Monte Verde (MG) adere à onda roxa e paralisa turismo e comércio


Medida, que segue determinação do governo do Estado, terá validade de 15 dias, a princípio, e visa conter a disseminação da Covid-19

– Para tentar conter a disseminação da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde, Monte Verde (MG) vai aderir à onda roxa anunciada pelo Governo do Estado. As medidas mais restritivas passam a valer a partir da meia-noite desta quarta-feira (17), com duração prevista de 15 dias, e incluem a paralisação do turismo e do comércio neste período. Para restringir a circulação de pessoas, haverá barreiras em Camanducaia (MG) e no distrito, que também contarão com fiscalização rigorosa pelas Polícias Militar e Civil, bem como pela Vigilância Sanitária. As novas regras, que incluem o funcionamento de restaurantes apenas para entrega e toque de recolher das 20h às 5h, serão publicadas no Diário Oficial da Prefeitura de Camanducaia ainda nesta terça-feira (16).

De acordo com Rebecca Wagner, presidente da MOVE (Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região), a cidade tem respeitado as orientações das autoridades de saúde desde o início da pandemia, tendo, inclusive, sido reconhecida como exemplo nacional de retomada segura do turismo. “Este é um momento em que a saúde pede que tenhamos paciência. Chegamos no limite do caos, nosso município é pequeno, não temos rede hospitalar. Portanto, é um momento de as pessoas tentarem fazer a parte delas, pois só assim vamos conseguir reabrir. O turismo continua não sendo o vilão e tem sido prejudicado, mas, a regra é para todos e não podemos querer ser exceção”, afirmou. Rebecca ressaltou, ainda, um pedido aos visitantes: “Não cancelem suas diárias, apenas remarquem. Logo poderemos reabrir nossos hotéis e pousadas em segurança”.

Desde o dia 8 de fevereiro, hotéis e pousadas do distrito funcionavam com 60% da capacidade, com liberação das áreas de lazer, toque de recolher fixado das 23h às 6h, multa de R﹩ 50,00 para quem não usasse máscara de proteção facial e multa de mil reais a pessoas confirmadas com Covid-19, ou com suspeita, que não cumprissem o isolamento social.

Até esta terça-feira, o Estado de Minas Gerais havia confirmado 980.687 casos e 20.715 óbitos por coronavírus.

Onda roxa
Conforme Deliberação nº 130, de 3 de março de 2021, do Comitê Extraordinário Covid-19, durante a vigência da onda roxa, poderão funcionar somente as seguintes atividades e serviços, e seus respectivos sistemas logísticos de operação e cadeia de abastecimento e fornecimento:

I – Setor de saúde, incluindo unidades hospitalares e de atendimento e consultórios;
II – Indústria, logística de montagem e de distribuição, e comércio de fármacos, farmácias, drogarias, óticas, materiais clínicos e hospitalares;
III – Hipermercados, supermercados, mercados, açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros, padarias, quitandas, centros de abastecimento de alimentos, lojas de conveniência, lanchonetes, de água mineral e de alimentos para animais;
IV – Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;
V – Distribuidoras de gás;
VI – Oficinas mecânicas, borracharias, autopeças, concessionárias e revendedoras de veículos automotores de qualquer natureza, inclusive as de máquinas agrícolas e afins;
VII – Restaurantes em pontos ou postos de paradas nas rodovias;
VIII – Agências bancárias e similares;
IX – Cadeia industrial de alimentos;
X – Agrossilvipastoris e agroindustriais;
XI – Telecomunicação, internet, imprensa, tecnologia da informação e processamento de dados, tais como gestão, desenvolvimento, suporte e manutenção de hardware, software, hospedagem e conectividade;
XII – Construção civil;
XIII – Setores industriais, desde que relacionados à cadeia produtiva de serviços e produtos essenciais;
XIV – Lavanderias;
XV – Assistência veterinária e pet shops;
XVI – Transporte e entrega de cargas em geral;
XVII – Call center;
XVIII – Locação de veículos de qualquer natureza, inclusive a de máquinas agrícolas e afins;
XIX – Assistência técnica em máquinas, equipamentos, instalações, edificações e atividades correlatas, tais como a de eletricista e bombeiro hidráulico;
XX – Controle de pragas e de desinfecção de ambientes;
XXI – Atendimento e atuação em emergências ambientais;
XXII – Comércio atacadista e varejista de insumos para confecção de equipamentos de proteção individual – EPI e clínico-hospitalares, tais como tecidos, artefatos de tecidos e aviamento;
XXIII – De representação judicial e extrajudicial, assessoria e consultoria jurídicas;
XXIV – Relacionados à contabilidade;
XXV – Serviços domésticos e de cuidadores e terapeutas;
XXVI – Hotelaria, hospedagem, pousadas, motéis e congêneres para uso de trabalhadores de serviços essenciais, como residência ou local para isolamento em caso de suspeita ou confirmação de covid-19;
XXVII – Atividades de ensino presencial referentes ao último período ou semestre dos cursos da área de saúde;
XXVIII – Transporte privado individual de passageiros, solicitado por aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede.

As atividades e serviços essenciais acima deverão seguir o protocolo sanitário previstos pelo plano Minas Consciente e priorizar o funcionamento interno e a prestação dos serviços na modalidade remota e por entrega de produtos.

Ainda segundo o governo mineiro, as atividades de operacionalização interna dos estabelecimentos comerciais e as atividades comerciais que se realizarem por meio de aplicativos, internet, telefone ou outros instrumentos similares, e de entrega de mercadorias em domicílio ou de retirada em balcão, vedado o consumo no próprio estabelecimento, estão permitidas, desde que respeitados o protocolo citado.

Sobre a MOVE
Entidade associativa, apartidária e sem fins lucrativos, a MOVE (Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região) foi criada no início de 2020 para promover o desenvolvimento econômico sustentável do distrito de Monte Verde, polo turístico que pertence ao município de Camanducaia (MG). A agência atua com o objetivo de fortalecer e dar voz ao empresariado, a fim de potencializar a vocação turística local sob os seguintes escopos: hotelaria, comércio, receptivos, alimentação, ambiental, social, industrial, esportivo e artístico. Atualmente, com mais de 100 associados, a MOVE trabalha em quatro frentes: apoia e oferece auxílio estratégico a empresas, poder público e comunidade para o enfrentamento de desafios comuns; identifica, fomenta e divulga oportunidades de investimentos; promove novos negócios e parcerias; e apoia, produz e viabiliza eventos turísticos na região. A MOVE incorporou a antiga AHPMV (Associação dos Hotéis e Pousadas de Monte Verde).

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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