A vitória contra o Equador ontem não foi o único motivo de alegria para os jornalistas suíços no voo de volta de Brasília para a Bahia. “Havia uma sensação de ‘Ufa, estamos voltando para casa'”, disse o repórter Stefan Wyss, que está hospedado no Porto Seguro Praia Resort, na praia de Curuípe, base de cerca de 80 profissionais suíços durante a Copa do Mundo. Enviado ao Brasil pela Sportinformation, maior agência de notícias esportivas da Suíça, Wyss já pensa em voltar a Porto Seguro de férias, com a mulher e o filho, de 5 anos.
“Aqui é muito confortável, perfeito para trabalhar e o lugar é adorável”, disse Wyss. “Todos da mídia estão muito felizes e isso é incomum entre jornalistas. Sempre quando você viaja com jornalistas suíços, 50% deles criticam alguma coisa.”
O senso crítico, desta vez, ficou concentrado na atuação da Seleção Suíça contra o Equador, apesar da vitória por 2 a 1. Para Wyss, o time teve sua pior atuação em meses. “Os jogadores estavam nervosos, cometeram muito mais erros que o normal. Homens-chave, como (o meio-campo) Inler, não estavam em um bom dia”, disse o repórter, para quem a Suíça sairá no lucro se empatar com a França, sexta-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Outro jornalista, Stephan Fornier, que está hospedado no Porto Seguro Praia Resort para cobrir a Copa para um pool de seis jornais suíços, ficou surpreso com a falta de ritmo da seleção. “Na preparação, a comissão técnica elogiou as condições de treinamento aqui no Brasil, mas os jogadores não conseguiam correr em campo.”
Apesar de considerar a partida de ontem a “pior em 3, 4 anos”, Fornier acredita no time e no potencial de jogadores como os volantes Inler e Behrami e o lateral-direito Lichtensteiner. “São jogadores que podem fazer a diferença, algo que não tínhamos anos atrás. O time tem qualidade para se classificar”, aposta.