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Henrique Alves defende integração do turismo no Mercosul

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Em entrevista concedida pelo ministro do Turismo, por ocasião da 15ª Reunião de Ministros do Turismo do Mercosul, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), Henrique Eduardo Alves explicou que o  objetivo do encontro é avançar na pauta da promoção dos destinos dentro do mercado sul-americano, além de aumentar o fluxo de turistas entre os países.

Na tarde desta terça-feira (16), Henrique Alves fará uma visita técnica ao Parque do Iguaçu – segunda unidade de conservação nacional que mais atrai turistas brasileiros e estrangeiros, depois da Floresta da Tijuca (Corcovado), no rio de Janeiro.

Já na quarta-feira (17) pela manhã, o ministro também participa de uma visita técnica à Usina de Itaipu, acompanhado do diretor da hidrelétrica, Dr. Jorge Samek. À tarde, Henrique Alves participa do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur) e, à anoite, o ministro abre o 10° Festival de Turismo das Cataratas.

Segue a entrevista:

 

Como o senhor avalia a escolha de Foz para sediar uma reunião tão relevante?

A escolha não foi casual. Foz do Iguaçu é um destino que simboliza o turismo internacional no Brasil, já que é o terceiro destino mais visitado pelo estrangeiro que busca lazer no país. A cidade também está estrategicamente inserida no coração da América do Sul, sendo a principal porta de entrada para os vizinhos sul-americanos.

 

Qual o principal propósito do fórum?

Avançar no processo de integração social, política e da economia regional, por meio do turismo. Isso porque Foz divide com a província argentina Puerto Iguazú, a exuberância de parques tombados pela Unesco como Patrimônio Nacional da Humanidade, é também ponto de convergência entre três estados membros do Mercosul: Brasil, Paraguai e Argentina. A OMT mostra que a maioria das viagens internacionais acontece dentro da mesma região. Não por acaso, a Argentina é historicamente o principal emissor de turistas para o Brasil, com importante presença também dos demais países vizinhos.

 

 Que ações podemos esperar desse encontro?

Temos estímulos importantes para avançarmos em integração e utilizarmos todo o potencial turístico da região como ferramenta para enfrentarmos os desafios que se colocam para o Mercosul. Iremos discutir acordos em estatísticas turísticas, a criação de um fundo de promoção do bloco, inclusive em mercados distantes; e no desenho de roteiros integrados, no conceito de multidestinos, fundamentais para estimular o aumento do fluxo de pessoas entre nossos países e atrair visitantes de todas as partes do mundo. O trabalho conjunto de roteirização pode levar a um fluxo constante, tornando a fronteira um espaço de convergência para os projetos regionais e uma vitrine dos países do Bloco para o mundo.

Podemos dizer que a Copa do Mundo mostrou a força da interação entre os países vizinhos?

Sim, a proximidade dos países do bloco, por exemplo, que protagonizou um emocionante espetáculo na Copa do Mundo de 2014, quando cerca de 500 municípios brasileiros foram alegremente “invadidos” por torcedores argentinos, paraguaios, uruguaios, venezuelanos e pela inesquecível caravana chilena que colocou cerca de 800 veículos circulando pelas estradas nacionais durante o campeonato.

 

Quais são os desafios da integração?                                                

São muitos – e grandes. É preciso enfrentar as barreiras da conectividade aérea e rodoviária, e também de outros modais, reforçando o diálogo entre governos e empresas para ampliar a oferta de rotas e linhas internacionais. Buscar mecanismos de desburocratização, a exemplo das tratativas que o Ministério do Turismo faz no momento para facilitar a entrada de estrangeiros em seu território por meio da isenção de vistos. Um avanço que internamente alcançamos no âmbito dos países do Mercosul.

 

 

As oportunidades são iguais para os países do Mercosul?

Sim, elas se apresentam favoráveis a todos do bloco. A potencialidade do turismo é uma realidade em toda a nossa região. A forte tradição cultural, as belezas naturais incomparáveis, as políticas voltadas para aumento de competitividade dos produtos e serviços de cada país, são ativos que devem ser compartilhados e explorados em prol do desenvolvimento do turismo entre as regiões.

Qual a importância do turismo para a economia do país?

O turismo vem se firmando como uma das atividades econômicas mais promissoras do mundo, e hoje representa 9% do PIB global. Em 2014, enquanto a economia mundial mantinha o pessimismo impulsionado por uma das mais graves crises das últimas décadas, o setor mostrava vitalidade. Registrava um crescimento de 4,4% no número de viagens internacionais, 1,1 bilhão de turistas e movimentação de 1,2 bilhão de dólares, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT). As perspectivas para 2015 também são de crescimento. O turismo é ainda uma atividade com potencial para promover o crescimento sustentável dos países, a inclusão social das comunidades, reduzir as desigualdades regionais, além de gerar emprego e renda.

Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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