EMBRATUR ELOGIA ADESÃO DE EMPRESA A “TETO DO BOM SENSO”


 
A Azul anunciou hoje um teto de R$ 999 reais para suas passagens durante a Copa, seguindo proposta feita pela Embratur. O presidente Flávio Dino elogia decisão e pede que outras aéreas e setor hoteleiro sigam o exemplo
  
A companhia aérea Azul anunciou hoje que as tarifas aéreas que irá oferecer durante os 31 dias da Copa do Mundo deste ano terão teto de R$ 999. A empresa, que detém 17% do mercado aéreo brasileiro, assimila proposta apresentada pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, que elogiou a decisão. “A empresa mostra com isso apostar no crescimento a longo prazo do turismo no Brasil, e portanto, do fluxo aéreo em nosso país, não buscando obter apenas ganhos momentâneos, acima do teto do bom senso”, afirma Dino.
 
O presidente da Embratur pediu às outras empresas aéreas que operam no Brasil que adotem a mesma medida, como já havia proposto em reunião com o setor. Em ofício à Secretaria de Aviação Civil, datado de 26 de fevereiro de 2013, Dino propôs pela primeira vez a adoção de um limite para as tarifas. “Uma possível medida [contra a cobrança de preços abusivos] envolve a instituição de um teto tarifário, à semelhança do que vigora em outros serviços públicos executados por terceiros, inclusive no setor de transporte”, afirmava o texto de quase um ano atrás.
 
Dino também pede que o setor hoteleiro siga o mesmo exemplo, evitando a cobrança de tarifas bem acima da média internacional. “O maciço investimento público que está sendo feito pelo país para a realização da Copa do Mundo visa ganhos de longo prazo para toda a cadeia produtiva do turismo brasileiro, que envolve cerca de 3,6% de nosso PIB e 10 milhões de empregos”, lembra. “Se alguns poucos empresários de alguns segmentos do setor insistirem em preços abusivos, isso prejudicará a imagem de todo o país, ameaçando a realização dos objetivos almejados com o investimento público”.
 
Pesquisa feita recentemente pela Embratur, fora do período de alta demanda, mostra que os preços praticados pelo setor aéreo brasileiro estão acima da média praticada em outros países. Por exemplo, Uma passagem ida e volta Vitória (ES)-Salvador(BA) – com distância de 840 km – custa, em média, US$ 257; enquanto Barcelona (ES) x Porto (PT) – com 902 km de distância – custa, em média, US$ 53.
 
Uma passagem ida e volta Brasília (DF) Curitiba (PR) – com 1.120 km de distância – custa, em média, US$ 247; enquanto um deslocamento ida e volta Nova York-Chicago (EUA) – 1147 km de distância – sai por US$ 158. A ida e volta Paris (FR) x Roma (IT) custa US$ 107 – com 1.106 km.
 
Levantamento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já mostra que, de 2005 a 2012, o preço das passagens aéreas tiveram uma elevação de 146% acima da inflação.
 
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