Levantamento, realizado pela FGV, será exibido em palestra de Marco Ferraz na ABAV Expo |
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Marco Ferraz, presidente da CLIA ABREMAR BRASIL (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) fará, na próxima quinta-feira, 24/09, na 43ª ABAV, palestra de apresentação do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos dos Cruzeiros Marítimos no Brasil. Encomendado à Fundação Getulio Vargas (FGV), o trabalho analisou aspectos relacionados à demanda e ao gasto dos turistas nos portos, bem como o impacto econômico dos cruzeiros sobre o emprego, oportunidades de desenvolvimento e perspectivas do setor no país durante a temporada 2014/2015.
Este é o terceiro realizado pela Fundação para a CLIA ABREMAR – o primeiro levantamento analisou os impactos da temporada 2010/2011 no litoral brasileiro; e a segunda versão checou os números da temporada 2013/2014. Para a CLIA, a pesquisa poderá mostrar, tanto à sociedade quanto ao poder público, um raio-X completo do impacto econômico dessa atividade para a economia nacional e a queda que o setor tem enfrentado nos últimos anos. Até 2010/2011, o segmento de Cruzeiros Marítimos era um dos que apresentava maior índice de crescimento na indústria turística nacional, com expansão média de 33% ao ano. Mas, desde a temporada 2011/2012, a atividade não se desenvolve como poderia. A palestra de Marco Ferraz acontecerá na 43ª ABAV Expo, em São Paulo, na próxima quinta-feira, dia 24, às 15h30 (sala 4, Destinos). Um dos setores mais beneficiados pela atividade de Cruzeiros Marítimos é o do emprego. Na temporada 2014/2015, encerrada no último mês de maio, 32.722 vagas foram geradas direta e indiretamente pelo segmento. É o que aponta o Estudo CRUZEIROS MARÍTIMOS: Perfil e Impactos Econômicos no Brasil, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a CLIA ABREMAR BRASIL (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos). De acordo com o levantamento, desse total, 2.481 postos foram de tripulantes brasileiros contratados para trabalhar a bordo dos 10 navios que estiveram no país – uma queda de 4,2% na comparação com a temporada anterior, 2013/2014. O estudo também mostrou que 30.241 empregos foram gerados, de forma direta e indireta, pelos gastos dos turistas nas cidades portuárias de embarque/desembarque, nos destinos visitados, e na cadeia produtiva de apoio ao setor. Esse número representa 3,67% do total de empregos gerados, mundialmente, pela indústria de Cruzeiros Marítimos. Em 2015, o setor empregou 891mil pessoas e pagou US$ 38 bilhões em salários no mundo todo. Se, ainda, os empregos gerados em escritórios, agências de viagem, receptivos e nas cidades onde os navios fazem escala fossem contabilizados, esse número poderia aumentar consideravelmente. As empresas representantes dos Cruzeiros empregam, em seus escritórios nacionais, mais de 300 funcionários nas diversas funções necessárias ao atendimento dos consumidores. Nos portos de embarque e desembarque, empregam outros 500, entre atendentes de check-in, carregadores, monitores etc. Embora os números mostrem queda, os 32.722 empregos gerados diretamente pelos Cruzeiros Marítimos representam 8,26% do número de empregos criados em todo o ano de 2014, quando 396mil vagas (Fonte: IBGE) com carteira assinada foram abertas, em todo o Brasil, na indústria, comércio e serviços.
Geração de empregos De acordo com a legislação de cabotagem brasileira, as operadoras de Cruzeiros têm obrigação de preencher um mínimo de 25% de suas vagas com tripulação brasileira. Este número, no entanto, pode ser ainda maior se considerarmos a criação dos empregos indiretos, como em agências de viagens, portos de escala, além do receptivo dos destinos que recebem os navios. A previsão é de que a temporada 2015/2016 de Cruzeiros Marítimos no Brasil gere 9.306 vagas no total, ou 2.326 oportunidades para brasileiros.
Sobre a Cruise Lines Internacional Association (CLIA) – Uma Indústria, uma Voz
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