Bugueiros podem paralisar atividade na próxima quinta(5)

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O passeio de buggy, um dos principais atrativos turísticos do Rio Grande do Norte, pode estar ameaçado para a alta estação. Os bugueiros profissionais estão organizando uma paralisação das atividades na próxima quinta-feira (5) em protesto contra a falta de fiscalização dos passeios clandestinos e contra a perseguição de fiscais.

De acordo com Luiz Thiago Manoel, presidente do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do RN (Sindbuggy), vários veículos estão conseguindo placas vermelhas através de favores políticos nos municípios e realizando passeios clandestinamente sem a autorização da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).

“Nós, bugueiros profissionais, temos que passar por cursos de qualificação, temos que ter uma autorização para rodar, um registro na Setur para realizar os passeios e o que estamos vendo é que, cada vez mais, clandestinos estão realizando passeios só porque tem a placa vermelha. Tem até carro com falso adesivo de permissionário. Falta fiscalização”, denunciou lembrando que a atividade é disciplinada pela lei estadual 8.817 de 2006.

Além da falta de fiscalização contra os passeios clandestinos, o Sindbuggy também denuncia que policiais militares do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e fiscais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estão descumprindo a Portaria 711/07 que regulamenta o acesso dos buggys às praias.

“Tem bugueiro sendo multado por estar trafegando em praias permitidas pela portaria do Detran. Será que o turista que vê uma coisa dessas volta? E como fica a situação do bugueiro? Nós estamos errados ao ajudar o turismo do Estado dentro da lei? O que queremos é que o poder público resolva esses problemas”, concluiu.

Nesta terça-feira (3) haverá uma reunião da categoria com representantes da Setur e do Detran para encontrar uma solução definitiva para o problema, já que está começando o período da alta estação. Se não houver solução, os bugueiros farão uma paralisação de advertência na próxima quinta-feira (5) e não descartam medidas mais sérias para cobrar.

 

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