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Blog Turismo Cristina Lira divulga : Especial sobre os países que terão seus times jogando em Natal, durante a Copa do Mundo 2014 - Boa Viagem por Cristina Lira

Blog Turismo Cristina Lira divulga : Especial sobre os países que terão seus times jogando em Natal, durante a Copa do Mundo 2014

 Japão: Vamos conhecer um pouco sobre este lugar, sua cultura, seu clima!

O Japão é um país insular que forma um arco no Oceano Pacífico até o leste do Continente Asiático. O seu território abrange quatro grandes ilhas (em ordem da maior até a menor): Honshu, Hokkaido, Kyushu, e Shikoku, que se somam a muitas outras pequenas ilhas. O Oceano Pacífico está ao leste, enquanto o Mar do Japão e o Mar do Leste da China separam o Japão do Continente Asiático.

Em termos de latitude, o Japão coincide aproximadamente com o Mar Mediterrâneo e com a cidade de Los Angeles, nos EUA. Paris e Londres têm latitudes pouco mais ao norte com relação ao norte de Hokkaido.

A área total do território japonês é de cerca de 378.000 km2. Este é aproximadamente o mesmo tamanho da Alemanha, Finlândia, Vietnam ou Malásia. Representa, ainda, apenas 1/25 do tamanho dos Estados Unidos e é menor do que o estado da Califórnia.

A região costeira do Japão é bastante variada. Em alguns lugares, como em Kujukurihama, na província de Chiba, existem longos trechos de praias com largas faixas de areia ininterruptas por cerca de 60 km, enquanto a região costeira da província de Nagasaki é um exemplo de uma área caracterizada por penínsulas, enseadas e ilhas (como o arquipélago de Goto, e as ilhas de Tsushima e Iki, os quais fazem parte dessa província). Existem também áreas acidentadas na costa com muitas enseadas e penhascos íngremes, causados pela submersão da antiga costa devido às mudanças na crosta da terra.

Uma corrente oceânica de águas morna conhecida como “Kuroshio” (ou, “Corrente do Japão”), flui em direção ao norte ao longo da parte sul do arquipélago japonês e, uma subcorrente dela, conhecida como corrente de Tsushima, flui em direção ao Mar do Japão ao longo do lado ocidental do país. Vindo do norte, uma corrente fria conhecida como Oyashio (ou corrente Chishima) flui em direção ao sul ao longo da costa oriental do Japão e, uma subcorrente dela, chamada de corrente Liman, chega ao Mar do Japão vinda do norte. A mistura dessas correntes frias e quentes contribui para a abundância de pescados existentes nas águas próximas ao Japão.
Uma terra de muitos vulcões
Cerca de três quartos da superfície terrestre do Japão é montanhosa. A região de Chubu em Honshu Central é conhecida como o “teto do Japão” e possui muitas montanhas com mais de 3.000 metros de altitude.
A montanha japonesa mais alta é o Mt. Fuji (3.776m) na divisa das províncias de Yamanashi e Shizuoka.
Monte Fuji
Mt. Fuji
O pico mais alto do Japão, o Mt. Fuji é visto aqui apartir do Lago Kawaguchi em abril
Ele permanece coberto de neve até junho

O segundo pico mais alto do Japão é o Kitadake na província de Yamanashi, com 3.192m, e o terceiro pico mais alto é o Hotakadake, com 3.190m, na divisa das províncias de Nagano e Gifu.

Como está situado no cinturão vulcânico do Pacífico, o Japão possui várias regiões vulcânicas – geralmente divididas em sete – e que vai do extremo norte ao sul. Do número total de vulcões, aproximadamente 80 estão ativos, incluindo o Mt. Mihara na Ilha de Izu Oshima, Mt. Asama na divisa entre as províncias de Nagano e Gunma, e o Mt. Aso na província de Kumamoto. O Japão possui aproximadamente 1/10 dos 840 vulcões ativos no mundo, mesmo que abranja apenas 1/400 da terra do mundo. O Mt. Fuji que tem permanecido inativo desde sua última erupção em 1707, ainda assim poderia entrar em atividade atualmente.

Mesmo que os vulcões possam causar destruição em larga escala, eles também contribuem como uma fonte turística incalculável. Áreas turísticas como Nikko, Kakone, e a Península Izu, por exemplo, são famosas pelas suas águas termais e seu cenário atrativo de montanhas vulcânicas.

Como todos esses vulcões atestam, a crosta terrestre abaixo do arquipélago japonês é instável e cheio de energia. Por isso o Japão está entre os países propensos a sofrerem com terremotos. A cada ano ocorrem aproximadamente mil terremotos fortes o bastante para serem sentidos. Em janeiro de 1995, o Grande Terremoto Hanshin-Awaji matou aproximadamente 6.000 pessoas, feriu mais de 40.000, e deixou 200.000 desabrigadas. Um terremoto na província de Niigata, em outubro de 2004, deixou mais de 60 pessoas mortas e mais de 4.700 feridas. Em março de 2011, um terremoto de magnitude 9 foi registrado na costa de Sanriku (Tohoku), no Oceano Pacífico, e o tsunami que o seguiu, com mais de 10m de altura em algumas partes, atingiu uma vasta região da costa, de Tohoku a Kanto. O número de mortos e desaparecidos após o terremoto chegou a quase 19.000.
Rios de correnteza forte
O montanhoso Japão foi abençoado com muitos rios. A maioria dos rios japoneses possui correntezas bastante fortes, fazendo com que as águas que escorrem pelas montanhas cheguem ao oceano bem rápido. Um exemplo desse declive nas correntezas dos rios pode ser observado no rio Kurobe, que desemboca no Mar do Japão logo após percorrer apenas 83 km desde a sua nascente nos alpes japoneses a uma altitude de mais de 2.900m.

O rio mais longo do Japão é o Shinano, que flui por 367 km a partir das montanhas da região de Chubu através da província de Niigata até o Mar do Japão. O segundo mais longo é o Tone, que percorre planície de Kanto até o Oceano Pacífico, e o terceiro em cumprimento é o Ishikari, em Hokkaido, que percorre 268 km.

Os muitos rios que descem das áreas montanhosas contribuíram bastante para moldar a topografia do Japão, criando vales grandes e pequenos, além de bacias e deltas, próximos aos locais que desembocam no mar. A maioria das planícies do país são pequenas. A maior planície é a Planície Kanto, que inclui partes das províncias de Tochigi, Ibaraki, Gunma, Saitama, Chiba, Tóquio e Kanagawa. Outras grandes áreas relativamente planas são a Planície Echigo, (província de Niigata), a Planície Ishikari (em Hokkaido), e a Planície Nobi (nas províncias de Aichi e Gifu).

Clima

Uma das características do clima no Japão é que as quatro estações são muito bem definidas. Desde o norte até o sul, o Japão cobre uma área de 25 graus de latitude e, durante o inverno, seu clima é influenciado por ventos sazonais que vêm do Oceano Pacífico. Apesar de possuir território pequeno, o Japão é caracterizado por apresentar os quatro padrões climáticos.

Hokkaido, com seu clima subártico, apresenta uma temperatura média anual de 8ºC e recebe uma precipitação anual de 1.150 mm. O lado do Oceano Pacífico no Japão, desde a região de Tohoku no norte de Honshu até Kyushu, encontra-se na zona temperada, e seu verão é quente, influenciado pelos ventos sazonais do Pacífico. A parte do território próxima ao Mar do Japão apresenta, durante a época mais fria, tempo com muita neve e chuva, com ventos úmidos que adentram o continente e são interrompidos pelos Alpes Centrais, antes que cheguem ao centro do Japão. As ilhas da província de Okinawa, mais ao sul, encontram-se em área com clima subtropical e apresentam temperatura média anual de 22ºC, e recebem uma precipitação de 2.000 mm.

Desabrochar da Cerejeira
Desabrochar da cerejeira
O desabrochar das cerejeiras simbolizam a primavera no Japão

Primavera (março, abril e maio)

Quando o inverno se aproxima do seu final, a temporada de ventos frios que vêm do continente se torna mais fraca e intermitente. Nessa época, as massas de ar de baixa pressão oriundas da China adentram o Mar do Japão; esse fenômeno ajuda a fortalecer os ventos quentes que vêm do sul em direção a essa zona de baixa pressão. O primeiro desses ventos se chama haru ichiban. Enquanto ele anuncia a chegada da primavera mais amena, ele pode causar avalanches quando atravessam as montanhas em direção ao Mar do Japão e, ainda, são responsáveis pela oscilação de temperatura e de queimadas nessa época.

No início da primavera, as ameixeiras começam a desabrochar, seguidas pelo desabrochar dos pessegueiros. Nos últimos dez dias de março, começa o desabrochar das flores das cerejeiras, o que é muito festejado pelos japoneses.

Verão (junho, julho e agosto)

Antes da chegada do clima tipicamente de verão, o Japão passa por um período bastante úmido e chuvoso conhecido como tsuyu. De maio a julho, surge uma massa de ar fria com alta pressão acima do Mar de Okhotsk até o norte do Japão, enquanto acima do Oceano Pacífico surge uma massa de ar quente com alta pressão e ar úmido. As áreas em que as massas quentes e frias se encontram, conhecidas como baiu zensen, ou “frente chuvosa”, geralmente são caracterizadas por zonas de baixa pressão e ar quente. Portanto, o baiu zensen, que se estende do sudeste da China até o arquipélago japonês, é responsável pelos prolongados períodos chuvosos e de tempestade no país.

Após meados de julho, as massas de alta pressão sobre o Oceano Pacífico se tornam predominantes e a temporada chuvosa chega ao seu final, enquanto o baiu zensen segue em direção ao norte. Os ventos sazonais que chegam do Oceano Pacífico trazem o calor e o ar úmido ao Japão, fazendo com que a temperatura se eleve a mais de 30ºC nesse período.
Queima de Fogos de Artifício
Queima de fogos de artifício
Queimas de fogos de artifício como esses são parte essencial do verão japonês
Outono (setembro, outubro e novembro)

Após o final do verão até setembro, o Japão é costumeiramente atingido por tufões. Esses tufões se formam a partir de grandes massas de ar tropical de baixa pressão no Pacífico Norte, entre as latitudes de 5 e 20 graus, e são fenômenos semelhantes aos furacões e ciclones em outras partes do mundo. Quando um tufão começa a ganhar forma, ele gradativamente se dirige ao norte. A cada ano, durante esse período, cerca de 30 tufões se formam, e em média quatro deles atingem o Japão, as vezes causando grande destruição.

Após meados ou finais de outubro, o Japão apresenta tempo claro; nem quente, nem frio. O país permanece com tempo bom até o início de novembro. Muitas árvores ganham as cores do outono, fazendo dessa época do ano, juntamente com o verde da primavera, uma estação realmente encantadora.
Folhas de Outono
Folhas do outono
Folhas coloridas são o símbolo do outono em todo o Japão

Inverno (dezembro, janeiro e fevereiro)

Próximo ao final de novembro, ventos sazonais frios começam a soprar sobre o Japão vindos do continente. Esses ventos que vêm do norte carregam a umidade sobre o Mar do Japão e se precipitam em forma de chuva e neve no lado oeste do Japão, mas são impedidos de chegarem ao leste por causa da cadeia de montanhas que cortam a parte central do país. A região de Hokuriku (províncias de Fukui, Ishikawa, Toyama e Niigata), que está de frente ao mar do Japão e é separada de outras partes do país pelas altas montanhas, é especialmente conhecida pelas suas fortes nevascas.

Em contraste, o lado do Pacífico geralmente apresenta tempo com céu claro durante o inverno. Em Tóquio, apesar do céu claro, a média da temperatura no inverno é de 5ºC, uma diferença de 25ºC da temperatura média do verão que é de 30ºC.

As ilhas da província de Okinawa ao sul apresentam clima subtropical com temperaturas menos oscilantes durante as estações. As temperaturas no inverno são bem mais moderadas ali do que em outras regiões do Japão.
Shirakawa-go
Shirakawa-go no Inverno
As casas de fazenda no estilo gassho-zukuri na vila Shirakawa, na província de Gifu foi listada como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1995
(Foto cortesia da AFLO)

Mapa do Japão

Fonte: Embaixada do Japão.

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