Antiga estação ferroviária da Lousã ganha nova vida como alojamento turístico
- Edifício foi inaugurado hoje, com a presença do Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.
- O alojamento local Lousã Estação, resultado da recuperação da histórica estação ferroviária da vila da Lousã, foi inaugurado hoje numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e que contou com a presença de vários responsáveis do setor turístico.
- O projeto de reconversão foi concretizado no âmbito do Fundo Revive Natureza, gerido pela Fomento Fundos. A concessão do edifício – assim como o da antiga estação de Serpins, no mesmo concelho – foi atribuída ao empresário Fernando Pereira e é um exemplo concreto do compromisso de recuperação e valorização de património devoluto do Estado, alinhando-o com a promoção do turismo sustentável e o desenvolvimento regional.
- O alojamento tem disponíveis oito quartos, de várias tipologias. A designação dos quartos remete para a antiga estação, com nomes sugestivos como “chefe de estação e família”, “maquinista e família” ou “guarda da passagem de nível”. O bar do alojamento está aberto ao público. A estação servia o ramal ferroviário da Lousã, desativado em 2009. No antigo troço vai passar a circular o metro de superfície Metro Mondego.
- Além de Pedro Machado, estiveram presentes na inauguração Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, Rita Lavado, administradora executiva da Fomento – Fundos de Investimento Imobiliário, e representantes de outros organismos nacionais e regionais, como o IP Património, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Metro Mondego.
- Na ocasião, Luís Antunes destacou que a inauguração do espaço representa uma nova vida para um edifício histórico da Lousã. “O que estamos a inaugurar hoje é a preservação de um património que tem uma história importante e é também um contributo de relevo para a oferta turística no concelho. É de assinalar a boa colaboração e o bom trabalho desenvolvido pelas diversas entidades neste objetivo”, elogiou Luís Antunes. “Estas duas estações têm agora uma nova vida, que se concilia com outro projeto essencial para o concelho e para a região, que é o Sistema de Mobilidade do Mondego, que é importantíssimo para reforçar a atratividade e a qualidade de vida no concelho e da região”, acrescentou.
- Rita Lavado realçou o impacto do Fundo Revive Natureza na recuperação de património devoluto. “O Fundo Revive Natureza tem como objetivo principal a recuperação de património devoluto que pertence ao Estado, neste caso ao ICNF. Celebrámos um protocolo com a IP Património, para recuperar algumas estações de caminho de ferro e atribuir-lhe fins turísticos. As estações da Lousã e de Serpins, propostas pelo município da Lousã, foram as primeiras a serem recuperadas. Acreditamos que vai o Fundo Revive Natureza vai ser um sucesso”, explicou.
- Pedro Machado sublinhou a importância estratégica deste investimento no contexto do crescimento turístico do país. “Este edifício cumpre vários objetivos. O primeiro é a capacidade de articulação entre os vários organismos, do Estado central e regionais, no sentido de possibilitarmos a atividade turística no património do Estado. As organizações públicas têm a obrigação de criar as condições para facilitar a dinâmica operacional dos empresários. A estação da Lousã é um bom exemplo”, considerou.
- “Em segundo lugar”, continuou Pedro Machado, “estamos a contribuir para mais hospitalidade. Portugal vai fechar 2024 com números recorde na atividade turística. Vamos ultrapassar os 30 milhões de turistas estrangeiros, as 80 milhões de dormidas e mais de 27.000 milhões de euros de receitas. É importante qualificarmos a experiência turística, melhorarmos as condições daqueles queremos atrair e, simultaneamente, diversificarmos a oferta através dos produtos que integram a estratégia da promoção de Portugal – o turismo de natureza, o ecoturismo, o enoturismo, o turismo da aldeia, tudo aquilo que nós encontramos na Lousã. Finalmente, queremos que o turismo seja cada vez mais uma atividade que cobre todo o território nacional. Quem vem à Lousã, que já tinha boas condições de hospitalidade, hoje passa a ter aqui mais um atrativo adicional, ainda para mais ligado a um edifício icónico”.Sobre a Turismo Centro de Portugal:
A Turismo Centro de Portugal é a entidade que estrutura e promove o turismo na Região Centro do país. Esta é a maior e mais diversificada área turística nacional, abrangendo 100 municípios, e tem registado um intenso crescimento da procura interna e externa. É a região a escolher para quem pretende experiências diversificadas, pois concilia locais Património da Humanidade com a melhor costa de surf da Europa, termas e spas idílicos, locais de culto de importância mundial e as mais belas aldeias.