A pesquisa, realizada em parceria com as 32 agências de viagens associadas à entidade, registrou crescimento de 12% nos principais segmentos da indústria de viagens. No total, estas empresas emitiram 11 milhões de bilhetes aéreos para viagens nacionais e internacionais e estiveram diretamente envolvidas em 9,9 milhões de room nights e em 1,4 milhões de locações de veículos.
Companhias aéreas
O setor aéreo nacional movimentou, em 2013, mais de R$ 5,3 bilhões, o que representa um incremento de 9% se comparado ao verificado em 2012. A companhia aérea TAM, com um acumulado de R$ 1,8 bilhão, se destacou, respondendo por 35% das vendas da Abracorp. Em segundo lugar aparece a Gol Linhas Aéreas, empresa que, apesar do market share menor, de 32%, registrou aumento na comercialização de bilhetes, que saltou de R$ 1,5 bilhão (2012) para R$ 1,7 bilhão (2013). Vale ressaltar que, segundo estatísticas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Gol é líder no mercado geral doméstico, com 36% de representação.
Números da Abracorp estimam que, de um total de R$ 15,5 bilhões, o mercado corporativo contribuiu com uma movimentação de R$ 9 bilhões no segmento doméstico.
Como resultado da variação de 7% no valor médio praticado pelas companhias aéreas, a tarifa aplicada no mercado no ano passado foi de R$ 543 – a Passaredo trabalhou com o valor mais baixo (R$ 349) e a TAM com o mais alto (R$ 595). Dados divulgados pela ANAC revelam ainda que, em 2013, a demanda por viagens nacionais cresceu apenas 0,7%.
No cenário das viagens aéreas internacionais, a American Airlines foi a aérea que mais cresceu, atingindo o patamar dos 30%, precedida por “outras” (24%), TAP (17%), Aeroméxico (14%) e Ibéria (13%). A TAM também aumentou suas vendas, crescendo 4%. No quesito participação de mercado, destaque para a categoria “outras”, que representou 19% das vendas da Abracorp, e para a TAM, logo atrás, com 17%.
De acordo com o estudo, o segmento aéreo internacional como um todo obteve incremento de 13%, acumulando R$ 3, 7 bilhões ao longo do ano. A tarifa média aplicada pelas companhias aéreas também subiu, saltando de R$ 2.684 (2012) para R$ 2.895 (2013), valores que representam evolução de 8%.
Destinos mais procurados
A coleta de informações com as associadas à Abracorp resultou em um ranking dos destinos mais procurados no setor de viagens corporativas. Juntas, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro representam 50% da preferência dos viajantes. Em seguida aparecem Brasília (9%), Belo Horizonte (8%), Salvador (6%), Porto Alegre (6%), Campinas (6%), Curitiba (5%), Recife (4%) e Fortaleza (3%).
No exterior, o destaque vai para as cidades de Miami (15%) e Nova Iorque (10%), nos Estados Unidos. Completam a relação Buenos Aires (19%), Paris (9%), Santiago (7%), Lisboa (6%), Londres (5%), Roma (3%), Bogotá (3%), Cidade do México (3%) e Frankfurt (2%).
Hotelaria
O levantamento também apontou crescimento expressivo das pequenas redes e dos hotéis independentes (42%), responsáveis por uma movimentação superior a R$ 1,1 bilhão em 2013 e os quais conquistaram 47% de participação de mercado a partir de uma tarifa média de R$ 228. No que diz respeito ao market share, são seguidos por “outras” (20%), Accor (9%) e Atlantica (8%).
Com um montante de mais de R$ 2,4 bilhões, o setor hoteleiro nacional obteve incremento de 21% no ano passado. A pesquisa apontou ainda aumento de 11% do segmento nas vendas da Abracorp. A tarifa adotada pelas redes e empreendimentos hoteleiros também cresceu, atingindo a marca dos 19% e girando em torno de R$ 261.
Serviços agregados
No que diz respeito ao segmento de locação de automóveis, o crescimento foi menor, alcançando os 0,03%. Assim como o verificado em 2012, a Localiza foi a líder de mercado, representando 62% das vendas da Abracorp. A empresa se manteve bem à frente da Hertz (14%), “outras” (15%), Unidas (5%) e Movida (3%).
Na categoria “Outros serviços”, os números são mais expressivos. Esta fatia de mercado cresceu 13%, movimentando um total de R$ 932 milhões. O segmento de eventos respondeu por quase R$ 560 milhões. Em seguida aparecem “demais serviços” (R$ 201 milhões), pacotes de viagem e lazer (R$ 126 milhões), cartão de assistência (R$ 11 milhões), transfers (R$ 22 milhões) e cruzeiros (R$ 9 milhões).