O mercado aéreo Brasil-Estados Unidos, que segundo a ANAC representa 25% do total de viagens internacionais em nosso país, foi tema do Fórum de Debates realizado durante a Reunião Mensal de maio da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), no final da última semana, no Novotel Jaraguá, em São Paulo. O fórum contou com a participação de diretores de companhias aéreas com voos entre os dois países: Lucimar Reis, da United Airlines; Fabio Mader, da Gol Linhas Aéreas; Igor Miranda, da TAM; José Trinca, da American Airlines e Luciano Macagno, da Delta Airlines. Os executivos das companhias aéreas puderam debater com os representantes das 30 agências de viagens associadas sobre modelos de comercialização, distribuição de conteúdos, infraestrutura e mercado futuro, contemplando os diferentes canais de vendas.
Em sua segunda edição, o fórum de debates com fornecedores das agências de viagens corporativas favorece, de forma inovadora, que as agências de viagens corporativas possam investir em procedimentos qualificados que auxiliam na obtenção dos melhores resultados. Além disso, para o mercado em geral, o debate ajuda no entendimento dos desafios atuais de todos os elos envolvidos na venda de viagens e contribui para que todos possam evoluir juntos.
“Apesar do momento econômico conturbado, o futuro do mercado de viagens no Brasil é promissor e depende, em grande parte, da demanda corporativa”, avaliou o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Edmar Bull. Por isso, entre os assuntos debatidos esteve o que as companhias aéreas esperam da relação com as agências de viagens corporativas até o final desta década.
O diretor da American Airlines, José Trinca, aposta na qualidade do atendimento como fator preponderante na relação empresas aéreas/agências de viagens no futuro. “Não vejo de outra forma. Acredito num mercado corporativo forte, focado na qualidade”, disse. “Certamente vai melhorar essa relação”, ressaltou Luciano Macagno, diretor Brasil da Delta Airlines. “Os canais de venda, com o NDC (New Distribution Capabillity), vão contribuir para esta evolução”, refletiu.
Segundo Lucimar Reis, diretora da United Airlines, o mercado está cada vez mais profissional e a visão estará sempre em cima dos números, dos resultados e do relacionamento. “Novas ferramentas e alianças estratégicas são meios para se alcançar bons resultados. Vejo que o trabalho será muito direcionado, com profissionalismo”, avaliou.
Já o diretor de Vendas indiretas da TAM, Igor Miranda, acredita que o trade terá participação decisiva no lançamento de produtos e serviços voltados aos passageiros e ao mercado em geral. “Além disso, acredito que a transparência vai ajudar a melhorar a gestão dos negócios”, acrescentou.
Embora considere difícil prever o cenário econômico daqui a cinco anos, Fábio Mader, diretor comercial da Gol enxerga que o país vai evoluir e que o mesmo ocorrerá com as TMC’s. Segundo ele, “as agências de viagens corporativas deverão valorizar mais o seu serviço junto aos clientes e, assim, entregar um serviço de qualidade cada vez melhor”, concluiu.
Na avaliação de Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp, a dinâmica dos debates realizados pela entidade propicia às associadas e ao mercado em geral informações que “são preciosas para a reflexão e a tomada de decisões estratégicas, estimulando investimentos em capacitação, tecnologia e inovação. Este é o trinômio que referencia o desenvolvimento sustentável do setor”, disse.
Legenda: Gervásio Tanabe (Abracorp), Igor Miranda (TAM), Lucimar Reis (United), Edmar Bull (Abracorp), Luciano Macagno (Delta), Fábio Mader (Gol) e José Trinca (American)