Complexo turístico de Itaipu é o 2º principal atrativo de Foz do Iguaçu e pode deixar de constar em pacotes de Turismo devido aos prejuízos causados pela greve ao turismo da região
A greve dos eletricitários de Itaipu, iniciada no dia 16 de setembro, está causando muitos prejuízos ao Turismo. Com a paralização, os passeios à hidrelétrica estão suspensos e os agentes de viagens já estão precisando realizar reembolsos e cancelamento de pacotes para a cidade. De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná (ABAV-PR), Felipe Gonzalez, a situação também pode culminar em um retrocesso, pois os passeios pelo Complexo de Itaipu passaram a ser incluídos nos pacotes para o Destino Foz do Iguaçu em 2009 e esse tipo de situação promove insegurança nas operadoras de Turismo. “Se as operadoras não tiverem garantias de que os passeios têm condições de ocorrer, vão retirar Itaipu dos pacotes. Seria uma pena, um retrocesso. Nós, da ABAV-PR, trabalhamos pela união do trade turístico e pela melhor composição de produtos para os visitantes. Situações como essa causam transtornos imensos e fazem com que o destino perca credibilidade”.
Desde o início da paralização, estima-se que 14 mil visitantes deixaram de fazer os passeios pela usina. Dados do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) mostram que os turistas gastam, em média, US$ 80 por dia na cidade. “Já são mais de dez dias de paralização. A greve começa a afetar vários segmentos dentro da cadeia do Turismo, como as empresas de transportes, a hotelaria. Quem perde não é só o Complexo de Itaipu, mas o Turismo como um todo e o município”, alerta o presidente da ABAV-PR, Roberto Bacovis, manifestando muita preocupação com o caso.
Apesar da direção da Itaipu informar por meio de nota que está aberta ao diálogo e à negociação, as lideranças do Turismo na região não sentem que as negociações estão evoluindo. “Os agentes de viagens estão buscando alternativas para essa situação, como promover as visitas com entrada pelo lado paraguaio da Usina ou realizando reembolsos, mas precisamos que a situação seja resolvida com mais agilidade”, finaliza Gonzalez.