Presidente da Embratur fala de importância do megaevento de 2014 para turismo nordestino
“As bilhões de notícias sobre o Brasil que sairão no período da Copa do Mundo dão uma oportunidade histórica de exibição do país no mundo”, avalia o presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Flavio Dino. Para ele, isso gera uma oportunidade especial para cidades brasileiras que não são tão conhecidas do público estrangeiro, como as cidades-sede na região Nordeste.
“Durante a última Copa do Mundo, na África do Sul, fizemos uma pesquisa que indicou que apenas 2% dos turistas ali presentes já haviam ouvido falar de Fortaleza”, afirmou Dino, em evento na capital cearense, nesta quinta-feira (29). Pela manhã, Dino abriu o VIII Encontro de Secretários Municipais de Turismo do Estado do Ceará e, pela tarde, fez palestra no Fórum Nacional A Copa 2014 e os legados para a cidade.
A cobertura da imprensa mundial sobre as cidades-sede será uma oportunidade, segundo Dino, do mundo conhecer melhor destinos turísticos como Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. Todas as quatro capitais nordestinas que receberão jogos da Copa tiveram grau de conhecimento inferior a 10% na pesquisa realizada na última Copa.
Mercado latino-americano
Dino lembrou que a crise econômica européia afeta Itália, terceiro maior emissor para o Brasil, e Portugal, quinto emissor. “E sabemos a importância que esses emissores de turistas têm para o Nordeste”, afirmou o presidente da Embratur.
Em conversa com representantes do trade turístico e dirigentes municipais de turismo, Dino pediu atenção aos mercados emissivos latino-americanos. “O turismo latino-americano cresceu, este ano, três vezes mais que a média mundial. E Argentina, Uruguai e Chile são os mercados emissivos que mais crescem para o Brasil”, apontou. “Mesmo sabendo que, no Nordeste, temos um paradoxo, pois a Europa é mais próxima que a Argentina”.