Para Vinicius Lummertz, o Instituto precisa se preparar melhor para desafios de competitividade no mundo
“Brasil: potência do turismo mundial – é possível?” foi o tema do painel realizado na 45ª ABAV
A transformação da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) em serviço social autônomo foi destaque durante mesa redonda, promovida quarta-feira (27), na 45ª ABAV EXPO, em São Paulo (SP). O painel reuniu o presidente do Instituto, Vinicius Lummertz; o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH Nacional), Dilson Jatahy Fonseca; e o diretor da operadora Del Bianco, Claudio Del Bianco.
Para Vinicius Lummertz, o turismo brasileiro só terá condições de concorrer em âmbito internacional se houver mais recursos para investimentos. “Isso só será possível se a Embratur for uma agência, pois como autarquia está engessada, com orçamento contingenciado. No modelo atual, não podemos contratar pessoal no exterior, não podemos receber recursos de outras fontes”, explicou o presidente, durante o debate “Como transformar o Brasil numa potência turística mundial”, proposto pela organização da feira.
Ele também destacou a importância de se investir em ferramentas digitais no processo de promoção. “Identificar os hábitos de consumo dos nossos públicos-alvo e potencializar a promoção por meio do uso de plataformas de tecnologia digital são medidas necessárias para alcançarmos turistas de regiões distantes, como os chineses, por exemplo”, destacou Lummertz.
Para o presidente da Embratur, a saída é pelo turismo: “com menos empregos e os juros altos, a retomada na economia brasileira só acontecerá se conseguirmos avançar no incentivo ao setor. É ali que estarão os empregos que vão tirar o País da recessão”.
Dilson Jatahy, presidente da ABIH Nacional, lembrou que o turismo começa a ser visto com outros olhos no País, mas ainda está distante de ser uma potência. “Temos todas as condições para isso, mas é preciso adotar medidas, como a redução da carga tributária, criar mais facilidades para vinda do turista estrangeiro ao Brasil, abrir o capital estrangeiro para as aéreas”, afirmou.