Por Jeanine Pires, diretora da Pires & Associados, ex-presidente da Embratur.
Nesta semana a Embratur, Instituto Brasileiro de Turismo, completa 50 anos de existência. Serão realizados, durante esses dias, eventos em comemoração à data e às atividades lideradas pelo Instituto ao longo dos 50 anos.
Enquanto diretora e presidente da Instituição, entre 2003 a 2010, tive a oportunidade (e por que não chamar de privilégio) de colocar em prática ideias, fazer uso de ferramentas fundamentais e participar ativamente dodesenvolvimento do turismo no Brasil.
Ver o resultado de muito do que foi construído ainda no tempo em que estive à frente do instituto é um impulso para permanecer no empenho do desenvolvimento do setor. Em grandes marcos para o turismo brasileiro que posso citar: a criação da marca Brasil, o lançamento do Plano Aquarela 2020, e a mudança de percepção da imagem do Brasil no mercado internacional e a participação da captação da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos e diante dos seus resultados, seria um contrassenso não continuar pleiteando o fomento do turismo no País.
Enquanto estive na Embratur, o Instituto completou 40 anos. Nos últimos dez anos, muita coisa mudou no turismo do Brasil e do mundo, e mudou radicalmente. Com grandes transformações, principalmente tecnológicas, temos um setor que permite benefícios econômicos, ambientais, sociais e culturais; uma indústria que se destaca cada vez mais em colocar pessoas de diferentes lugares, ideologias e das mais variadas formas de viver umas mais perto das outras, trazendo um novo semblante àglobalização mundial.
Ser uma liderança no turismo nos dias de hoje é um grande desafio e uma grande responsabilidade, pois é preciso estar atento a mudanças, enxergar paisagens ainda turvas e tomar decisões que interferem em decisões coletivas. Aos que estão à frente e a todos os que depositam tempo e profissionalismo no setor, é necessária a permanência do empenho e compromisso para desenvolver a indústria e a habilidade e vontade de lutar pelo turismo no Brasil.
O turismo não é apenas uma atividade econômica que valoriza o meio ambiente e a cultura local como fontes de serviço e bens de consumo; o turismo é o respeito de diferenças, é aconvergência de culturas, é o encontro de identidades distintas. O turismo é a indústria da paz: ele aproxima, cria laços e proporciona experiências que nenhum outro segmento é capaz de promover.
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