Promover a modernização das micro e pequenas empresas do estado é o objetivo da parceria firmada, desde o segundo semestre de 2007, entre a Fecomercio RN, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Segundo dados da Junta Comercial do RN (Jucern), em 2006, mais da metade (48 mil), das 98 mil empresas instaladas no estado são micro e pequenas empresas. Nesse contexto, a Fecomercio RN assumiu o pioneirismo na implantação do projeto, e está entre os três estados que mais realizaram palestras e ministraram cursos dentro dos projetos de Automação Comercial e Conectar. De junho de 2007 a dezembro de 2008, mais de 400 comerciantes, de várias cidades do estado, participaram dos cursos, todos voltados à adoção e implantação de ferramentas tecnológicas por parte de empresas do comércio varejista.
O projeto é dividido em etapas. Inicialmente é ministrada uma palestra de sensibilização junto aos comerciantes para apresentar os objetivos do projeto. Passada essa fase, é hora de dar início ao curso de automação comercial, carro-chefe do projeto.
Durante uma semana, das 19h às 22h, o consultor Rodrigo Freitas repassa aos comerciantes as vantagens da implantação das ferramentas tecnológicas e a necessidade de aposentar as velhas cadernetas de anotações. “Com a automação comercial, que nada mais é do que o uso das ferramentas tecnológicas, como a internet, o comerciante poderá gerenciar com eficiência seu negócio, evitando falhas, como deixar de vender por falta de mercadoria”, explica Freitas.
A necessidade de conquistar e seduzir cada vez mais a clientela é outro ponto destacado pelo consultor, que no início de janeiro esteve em Nova York, participando da NRF, maior feira de varejo mundial. “A necessidade de aprimorar a relação com o cliente foi um dos assuntos destacados durante a Feira. O diferencial no atendimento é o grande salto para se conquistar e manter a clientela, garantindo espaço em um mercado cada vez mais competitivo”.
O consultor fez ainda um alerta aos comerciantes resistentes aos avanços tecnológicos. “A globalização possibilita novos contatos, hoje, por exemplo, eu posso comprar um produto de uma empresa chinesa através da internet. Então, quem não ficar atento às exigências do mercado estará fadado a fechar às portas”, enfatizou Rodrigo Freitas.
O alerta também é direcionado aos comerciantes que alegam a falta de capital como o grande entrave na automação das empresas. “O comerciante tem que entender que investimento em tecnologia não é desperdício. A quantia investida hoje será posteriormente revertida em lucro. Além do mais, o mercado oferece computadores a preços populares e com largos prazos de pagamento”.
Após o curso de automação, os comerciantes participam do conectar, que tem por objetivo contribuir para a adoção de soluções disponíveis no mercado. “Ficamos a disposição para dirimir possíveis dúvidas quanto à adoção dos sistemas disponibilizados no mercado, como o de compras. Para facilitar a escolha, intermediamos o contato dos comerciantes com as empresas de tecnologia”, pontua o consultor. Depois de concluído todas as etapas do projeto, o consultor acompanhará de perto, através de visitas técnicas, todo o processo de automação das empresas.
Para participar do projeto, que retomará suas atividades em março, os interessados devem entrar em contato com Cris Aragão no (84) 8701-1560 ou através do cris_fecomercio@hotmail.com. Em seguida, deverão efetuar o pagamento de uma taxa simbólica de R$ 40, já que os demais custos de operacionalização são subsidiados pela CNC.
FOTO DO CONSULTOR -Rodrigo Freitas