Acordo de cooperação entre órgão e Ministério da Pesca permitirá definir roteiros de pesca esportiva a serem divulgados no exterior. Ação estimula geração de empregos e desenvolvimento econômico, afirma Dino
O presidente da Embratur, Flávio Dino, e o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, assinaram nesta terça-feira (22) um termo de cooperação entre as duas instituições vinculadas ao governo federal. O acordo permitirá o desenvolvimento de roteiros turísticos voltados ao turismo de pesca. Atualmente, o Brasil já é um dos principais destinos do mundo nesse segmento, possuindo recordes na pesca esportiva internacional: o maior tucunaré (12,5 kg) e o maior marlim-azul (636 kg) foram pescados em águas brasileiras.
O acordo visa fortalecer a imagem do turismo de pesca do Brasil no exterior, identificando e propondo estratégias para o desenvolvimento de destinos e roteiros turísticos relacionados ao turismo de pesca, bem como conhecer o perfil dos turistas nacionais e internacionais que visitam o País. “O Brasil possui uma das maiores redes hidrográficas do mundo e mais de 8 mil quilômetros de costa”, lembrou o ministro da Pesca. “Precisamos aproveitar essa potencialidade”.
Os principais destinos de turismo de pesca no Brasil, segundo o Plano Aquarela 2020, são: Barcelos – AM, Arraial do Cabo – RJ, Rio Araguaia: Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium – TO, Corumbá, Ladário e Porto Murtinho – MS, Angra dos Reis – RJ, Santarém e Altamira – PA, Florianópolis – SC, Vitória – ES, Natal – RN, Rio Paraná (Guaira)– PR, Aruanã e Luís Alves – GO, Baixo Rio Branco – RR, Canavieiras – BA. A região que recebe maior número de turistas de pesca é a Amazônia, que, ano passado, recebeu 3 mil estrangeiros interessados no tema.
O presidente da Embratur, Flávio Dino, destacou que o turismo emprega mais de 10 milhões de brasileiros, gerando renda e oportunidades de negócio em todas as regiões do país, sendo responsável por mais de 3% do PIB. “O turismo de pesca tem potencial de ampliar esses ganhos de renda em diversas regiões, especialmente a região Amazônica”, afirmou. “E, naturalmente, ao estabelecermos uma política pública para o setor teremos instrumentos para coibir mais facilmente a entrada de criminosos que não estão interessados na exploração do turismo de pesca, mas em promover atividade ilícitas associadas a esse tipo de turismo, como tristemente já tivemos registro”, afirmou, referindo-se a casos de exploração sexual desbaratados pela Polícia Federal. “O turismo de pesca não tem nada a ver com esse tipo de crime, pelo contrário é um turismo que cultiva valores elevados, como a preservação ambiental”, afirmou Dino.