TAXISTAS TERÃO R$200 MILHÕES EM CRÉDITO PARA RENOVA FROTA

Motoristas de taxi terão direito a uma linha de crédito de R$ 200 milhões, aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) na última terça-feira (28). O benefício será direcionado à pessoa física, titular de concessão legal expedida pelos órgãos competentes que regulam a atividade de taxista. Este é o terceiro segmento no setor automobilístico a receber auxílio do FAT, depois que revendedores de carros seminovos receberam R$ 200 milhões para capital de giro e motofretistas, outros R$ 100 milhões. 

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o setor automobilístico perdeu até 40% da exportação por conta da crise internacional. “Como das outras vezes, esta é uma medida do governo federal em apoio à recuperação da indústria. O patrimônio do FAT é saudável, terminou o semestre com superávit de mais de R$ 1,7 bilhão e o fundo continuará crescendo para ajudar os trabalhadores brasileiros”, afirmou.

Carência – O prazo para financiamento é de até cinco anos, incluído a possibilidade da concessão de até três meses de carência. O projeto prevê financiamento de veículos de fabricação nacional, novos, de até 90% do bem financiável. O valor máximo do financiamento é de R$ 60 mil. A taxa efetiva de juros será de 0,82% ao mês (TJLP mais 4% ao ano).

Spread – O ministro anunciou ainda que os bancos públicos reduzirão o spread (custo bancário) para financiamentos com recursos do FAT. A taxa de administração dos bancos cairá de 0,15% para 0,10%. No início de julho, Lupi apresentou pedido de redução em até 30% no spread, com a eliminação de duas taxas cobradas pelos bancos. Com isso, os juros efetivos caíram de 0,98% a 0,73% ao mês, para entre 0,69% a 0,61% ao mês.

Defeso – Na reunião do Codefat, também foi aprovada a liberação, em caráter excepcional, de seguro desemprego na modalidade pescador artesanal, para trabalhadores do Rio Grande do Sul que atuam na bacia do Rio Uruguai. Segundo a resolução do conselho, os pescadores da região terão direito a duas parcelas do benefício no valor de R$ 465. A decisão leva em conta a proibição da pesca na região.