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Resorts Brasil apresenta nova logomarca , aposta nas mídias sociais e foca fortemente no mercado corporativo

Presidente da Associação Brasileira de Resorts , Luiz Daniel Guijarro
Presidente da Associação Brasileira de Resorts , Luiz Daniel Guijarro
A fan page da Associação Brasileira de Resorts  no facebook criada em cinco semanas tem 21 mil curtidas. É  um negócio muito forte e devemos chegar até o final do ano com 80 mil curtidas, avalia  Luiz Daniel Guijarro
Durante a 43ªABAV EXPO, realizada de 24 a 26 de setembro ,no parque Anhembi em São Paulo, esta jornalista e blogueira, Cristina Lira, bateu um papo exclusivo no stand  da Associação Brasileira de Resorts, com o seu presidente, Luiz Daniel Guijarro. Ele  falou sobre a história da entidade, das novidades,  como o lançamento da nova marca, com cores e estilos mais modernos, que pretende atualizar a imagem da entidade e ampliar a visibilidade dos resorts entre diferentes públicos. Outra novidade, foi o novo modelo de stand, mais sensorial para aproximar mais o agente de viagens com o cliente e a sede própria mostrando muito mais solidez da entidade que é forte no mercado .
Leia  a entrevista na íntegra:

Cristina Lira – A Associação existe há quanto tempo ?

Luiz Daniel Guijarro – A associação tem 15 anos de existência. Eu fui um dos fundadores naquela ocasião, que  eram 13 resorts e hoje são 50 empreendimentos que fazem parte da entidade. É uma entidade que cresceu muito nesses anos e ampliou muito em várias frentes. Quando  ela nasceu, tinha como principal preocupação  o que deu origem a entidade , ou seja o   sentimento que esses emprendimentos tinham  da necessidade de se caracterizar  em primeiro lugar, o que era resort. E então, nós precisamos tentar fazer o conceito do que era resort, conceituamos,  e desenvolvemos uma matriz de classificação para  poder admitir associados a esta entidade e também posicionar esta questão do que é resort conceitualmente  como produto junto ao  trade, ao mercado e principalmente  o agente de viagens  do segmento de lazer e esta foi a origem da resorts Brasil  há 15 anos atrás praticamente com 13 empreendimentos.
Cristina Lira: Quais as principais ações da ABR?
Luiz Daniel Guijarro – De lá para cá, somos 50 empreendimentos, acho que representamos a grande maioria dos resorts que  existem  no Brasil, mas  existem alguns  resorts que estão fora da Associação,   no entanto,  pretendemos trazer para dentro. Temos hoje outros eixos de atuação e não somente o mercado de agentes de viagens. Desenvolvemos programas muito fortes de capacitação, treinamentos, participamos das principais feiras , realizamos workshops de altissima qualidade e a gente passou a atuar mais forte  ,  não só continuamente  no lazer fortemente, mas atuamos no corporativo também focando no Mice, nos eventos, focando nas empresas , focando nos decisores de eventos porque dentro da sazonalidade que é a  ocupação de um resort,  tem os meses vocacionais e os meses corporativos .
Cristina Lira – E nas mídias sociais?
Luiz Daniel Guijarro –  iniciamos um processo forte de investir forte em midias sociais. Há cinco semanas iniciamos um projeto  dentro do facebook, em cinco semanas temos 21 mil curtidas, é um negócio muito forte e devemos chegar até o final do ano com 80 mil curtidas.Também trabalhamos o lado institucional da representatividade do segmento enquanto governo, temos muita relação com as entidades, com senadores,  o governo federal até para dar suporte técnico , para tentar mostrar o que é o segmento. Trabalhamos o lado da informação, com todas os dados  do que é o segmento.
Cristina Lira- Na 43ªABAV EXPO apresentou a nova logomarca e o novo stand?
Luiz Daniel Guijarro -Trouxemos a nova logomarca. A antiga era Resorts Brasil. A partir do momento que chegava nas midias sociais, nem todo mundo sabia o significado e agora o nome diz tudo ” Associação Brasileira de Resorts- ABR”. A idéia de ter um stand mais interativo, mais sensorial, foi para que o agente de viagens sentisse dentro do espaço o que ele vende para o cliente ,  mas diante  do tamanho do  espaço dificultou um pouco o lado sensorial . Também compramos uma sede própria  desde segunda feira, bem localizada no bairro do Itaim.Isso mostra a solidez da entidade, no que ela se transformou dos 13 empreendimentos iniciais.
Cristina Lira- Nos resorts sempre tem novidades ?
Luiz Daniel Guijarro – Quando falamos de produtos,  qual é o resort que não  faz investimento? . Há sempre uma novidade, como por exemplo, uma área ampliada, um restaurante novo, uma piscina nova, as novidades são fatores  constantes. Na ABAV EXPO, os resorts costumam divulgar a programação do verão, do Natal e reveillon .Sem dúvida resorts hoje como produto são uma alternativa ótima de qualidade para o público consumidor de turismo, aquele que gosta de viajar.
Cristina Lira – Com o impacto do dólar, houve mudança nos resorts?
Luiz Daniel Guijarro – Nos  periodos de baixa temporada de uma maneira geral, o nosso abril fica na trave,  maio e junho meses péssimos, julho bom, agosto mais ou menos, setembro meio ruim e detona a partir de  dezembro. Nesses meses quando não são vocacionais o mercado corporativo pode fazer a diferença, com os eventos  .  No segmento corporativo também notamos as mudanças. Hoje existe toda uma mudança no comportamento de compra, houve uma  mudança no comportamento do consumidor.Antes um orçamento era solicitado um ano antes. Hoje mesmo com o orçamento a empresa pensa se realmente valerá a pena promover.
Cristina Lira – E as perspectivas para a alta temporada principalmente para os resorts do  Nordeste?
Luiz Daniel Guijarro- Vai ser  uma excelente temporada, com um Natal e verão também ótimos . “Vamos ter festas  ótimas” . Vamos ter um janeiro bom e fevereiro bom. Mas se perguntasse sobre o cenário atual, Daniel preferia uma economia mais estável, que as pessoas conseguem mais se planejar . Houve muita  instabilidade em relação ao ano passado.No Nordeste consegue se trabalhar operacionalmente com ocupação de 90% com pacotes aéros  de sete noites . Ja no sudeste se trabalha na concentração de quinta a domingo. Mas se  trabalhar com 70% de ocupação já trabalha altissimo.
Cristina Lira – E quais os projetos para 2016 ?
Luiz Daniel Guijarro – Temos vários projetos. Estamos voltando para fazer ações no mercado internacional. Fizemos este ano alguns, no Uruguai, inclusive o mercado pediu para fazer lá e a Embratur foi grande parceira. Vamos participar em algumas feiras e outras não. Neste ano participamos da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Temos feito ações e temos planejamento para a área internacional para 2016, além de vários  pontos que estamos trabalhando e vamos trabalhar e dar mais autonomia para nossos diretores . Temos um Encontro de competividade, que  era um evento fechado só para os resorts, trazíamos pessoas muito boas, mas era resumida a trinta pessoas, já no próximo ano o evento passa por mudanças e será abertor para quem quiser participar. A data deverá ser divulgada posteriormente bem como o calendário de eventos para 2016 . Apesar  da crise, os resorts terão uma boa temporada. Nos meses de baixa preocupa muito. Muito se fala que resort é caro, precisamos demistificar que resort é um preço caro, temos  para todos os bolsos.

Durante a  ABAV , a Associação divulgou a performance do segmento de resorts, de acordo com a pesquisa semestral do Senac São Paulo. Segue informações da pesquisa:

Em tempos de estagnação econômica, algumas ações podem ser implementadas de modo a gerar pequenas contenções de gastos que – em seu conjunto – podem ter alta significância para a superação desses períodos mais instáveis. Um dos processos que, conduzidos de forma precisa, podem resultar em economia significativa é o de gestão de facilities, também denominado de gestão de infraestrutura. Antes restrita à área de manutenção, a gestão da infraestrutura passou a ter crescente importância, acompanhando o próprio desenvolvimento tecnológico dos equipamentos e serviços hoteleiros. O desgaste físico ocorre em todos os materiais sólidos, mas a obsolescência ocorre não só no aspecto físico, como também, nos processos que envolvem relações mais dinâmicas, como nos recursos tecnológicos e virtuais. Tal fator se mostra um permanente desafio para a otimização do desempenho da organização em sua vida cotidiana. Basicamente, o aperfeiçoamento do monitoramento dos processos ligados à área possui quatro finalidades: a) diminuir os riscos gerados pelo uso e manipulação dos equipamentos; b) mitigar eventuais gastos extras gerados por manipulação incorreta no processo de uso; c) melhorar a qualidade do serviço oferecido ao cliente/hóspede, bem como ao cliente interno, o colaborador e; d) aumentar a vida útil e a produtividade dos equipamentos, dimensionando-os dentro dos parâmetros de necessidade de uso do empreendimento. A contemplação desse ciclo resultará em importante ganho para o fluxo de caixa do resort, no curto prazo. Atualmente, o processo de gestão de facilities se ampliou e adquiriu um grau de importância maior ao incorporar o controle de produtos/serviços entregues por empresas terceirizadas. No gerenciamento da infraestrutura de um hotel, um ponto que deve ser levado em consideração é que nem todos os processos são dominados e controlados amplamente pelo administrador. O serviço terceirizado que, por um lado, pode representar economia em valor monetário, pode ser um espaço onde o domínio e rastreamento completo do sistema esteja distante do administrador do resort. De forma resumida, essa área possui uma relação cada vez mais direta com os resultados dos empreendimentos hoteleiros e com o retorno do investimento aos seus acionistas. O investimento em gestão de infraestrutura deve ser tido como um gasto necessário ao prolongamento da vida útil da organização e tal ação é ainda mais importante e um meio complexo, que envolve uma gama de equipamentos/produtos/serviços extremamente diversificada, como é o caso de um resort
CENÁRIO
 O cenário macroeconômico atual exige cuidados. A tendência de o quadro macroeconômico global internacional convergir para a estabilização do crescimento em patamares mais moderados, aliado à desaceleração da economia brasileira, pode se refletir na contenção da demanda turística no curto/médio prazo. De forma resumida, o atual quadro não mostra sinais evidentes de alteração. Economias de significância, como a China, tendem a desacelerar seu processo de crescimento econômico, embora não se evidenciam sinais de rompimento abrupto e significativo desse ritmo. No que tange a economias maduras, segundo análise do Conselho de Política Monetária – Copom, em sua Ata de nº 192, de 29/07/15, o comportamento tende à acomodação. Questões problemáticas recentes, como desemprego e incertezas políticas, não mostraram sinais claros de viés positivo ou negativo. Na questão setorial dos resorts, todo esse movimento se reflete de diferentes maneiras nos diversos segmentos. O mercado de eventos corporativos tem se ressentido – em maior intensidade – dos problemas gerados pela desaceleração da economia. Isso se reflete na menor propensão dessa demanda específica em ocupar os meios de hospedagem do país, inclusos resorts. Em médio prazo, prevê-se retomada moderada desse segmento. Em longo prazo, os eventos corporativos devem retornar ao seu papel de um consumidor consolidado dos produtos hoteleiros. Por outro lado, a demanda de lazer mostra a tendência em se manter mais estável, na medida em que o aumento do dólar provocou – no viajante brasileiro – a imediata troca da destinação. Esse claramente optou por um destino doméstico no 1º semestre, fato desencadeado pela elevação significativa dos custos dos pacotes para o exterior. Um fator preocupante para toda a área de hospitalidade nacional é o comportamento do Índice de Confiança do Consumidor – ICC, que segue em processo de recuo, mostrando menor propensão da demanda nacional para o gasto. O Índice de Confiança do Comércio – ICOM também reflete o comportamento de outros índices correlatos e, ao final do semestre, recuou em 1,0%, sem nenhum viés para alta no médio prazo. No que tange aos insumos, atenção especial deve ser dada aos custos de aquisição de produtos do grupo de alimentos e bebidas, que mantém o comportamento de se elevar acima da inflação oficial. No 1º semestre de 2015, a inflação desse grupo foi de 9,60%. No entanto, o impacto maior, em termos de reflexos inflacionários na estrutura dos gastos financeiros dos resorts, foi causado pelo grupo de itens com preços administrados pela esfera pública. Houve a necessidade de reajuste expressivo nas contas públicas, resultando em um ajuste fiscal agressivo. Tal ação ser refletiu de forma imediata nos gastos fixos e mistos diretos dos resorts. Paralelamente, ressalte-se que o nível de atenção deve continuar a se manter em alta no que tange aos reajustes salariais previstos para o 2º semestre do ano. Pressões sobre esse item podem levar os empreendimentos a concederam reajustes incompatíveis com a previsão do  fluxo de caixa para o período.
 DESEMPENHO GERAL Taxa de ocupação.
 As taxas de ocupação mensais do primeiro semestre do ano de 2015 oscilaram de forma menos vigorosa do que inicialmente se havia previsto. O resultado final foi uma pequena oscilação com uma baixa de – 0,6%, beirando, portanto, a estabilidade. Tal resultado pode ser tido como satisfatório tendo em vista o desaquecimento econômico observado na economia brasileira. O destaque positivo em termos de taxa de ocupação foi o mês de jun/15, com alta de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse caso específico, a base de comparação é a mesma do ano de 2014, portanto, o período em que foi realizada a fase inicial da Copa do Mundo de Futebol FIFA, quando os resorts foram ocupados por significativo contingente de turistas estrangeiros e delegações esportivas representantes dos países. Nesse sentido, mesmo que jun/14 já tenha apresentado excelente resultado, o ano de 2015 superou-o em termos de taxa de ocupação. Um fator de alavancagem foi a incidência de um feriado de longa duração – Corpus Christi – que permitiu a venda de pacotes que deram significativo retorno. A atividade de eventos corporativos – segmento que participa com significativa parcela do market mix dos resorts nacionais – refletiu os sinais do desaquecimento econômico. A grande oscilação do real perante o dólar acabou por elevar os custos das viagens para o exterior. Como consequência, a demanda doméstica mostrou recuo nas intenções da busca por destinos internacionais. Os empreendimentos hoteleiros nacionais se beneficiaram diretamente dessa tendência de consumo e, em especial, os resorts.
RECEITA MÉDIA
A receita média teve distintos comportamentos no decorrer do 1º semestre de 2015. Em termos de receita média nominal, o mês de jan/15 mostrou relativa estabilidade, com pequeno recuo. O mês de fev/15 gerou resultado acima das expectativas, sendo o destaque do semestre, com alta de 11,0%. A partir desse mês, os valores apresentados seguiram uma tendência de queda, culminando em jun/15, com queda de – 25,2%. O comportamento da receita média refletiu de forma mais impactante a estagnação econômica e a menor propensão da demanda doméstica em efetuar gastos que não os essenciais para a manutenção da estabilidade financeira pessoal. Ao mesmo tempo, o desempenho abaixo do ano anterior – registrado a partir de mar/15 – também reflete o desaquecimento do mercado corporativo que vinha apresentando aquecimento de atividades desde 2011. Assim, as quedas mensais nesse quesito se devem mais às questões macroestruturais do país do que a alguma política de vendas adotada, que poderia ser tida como equivocada por parte dos gestores do setor de resorts. Tanto assim que o mesmo movimento de queda de receitas se deu em outras áreas do trade turístico nacional, algumas de forma mais impactante do que o setor de resorts. Registre-se também o fato de que algumas subcategorias de resorts refletiram esse cenário macroeconômico de forma menos abrupta, como será descrito na análise dos resorts por tipo de pensão. O resultado final da receita média nominal do 1º semestre de 2015 aponta para uma queda de – 9,1%, em relação ao mesmo período de 2014. Aplicando-se o fator indexador, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna – IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas-FGV, a queda registrada foi de – 12,86% nesse item específico. Assim, a pressão inflacionária aponta para o arrefecimento, conforme previsto pelo Banco Central. O grupo alimentos e bebidas tende a apresentar crescimento menor nesse próximo período, bem como os preços administrados também tendem à estabilidade.  segundo o Boletim Focus, do Banco Central – é de o dólar se manter em patamares elevados até o final do ano e início de 2016.
O mês de destaque do 1º semestre de 2015 foi fev/15, com resultado final de crescimento de 10,7%, em valores nominais. A boa ocupação de jun/15 não foi suficiente para manter os valores próximos ao mesmo mês do ano anterior, resultando em queda final, em termos nominais, de – 19,8%. Considere-se que, nesse ponto específico, jun/14 foi um mês de exceção devido aos resultados financeiros significativos proporcionados pela Copa do Mundo FIFA. O mês com resultados menos auspiciosos foi mar/15, com queda forte da ordem de – 24,8% em valores nominais. No entanto, a mesma colocação da análise da receita média cabe no TrevPar. O fato se deve mais aos cenários macro e microeconômico do que às políticas adotadas pelos resorts que, como comentado anteriormente, mostrou-se a mais correta, assim como em anos anteriores.
Como a análise final do 1º semestre de 2015, alguns fatores devem ser destacados: a) O desempenho do 1º semestre de 2015 foi inferior ao ano de 2014. Esse fato deve-se mais à conjuntura econômica do país do que à adoção de políticas estratégicas não adequadas; b) O comportamento de queda do segmento lazer foi menos agressivo, tendo em vista que, devido ao encarecimento das viagens ao exterior, muitos viajantes que buscariam – primeiramente – uma destinação internacional, alteraram seus planos e se dirigiram aos destinos domésticos, com grande parcela desse segmento ocupando os resorts no país. Reflexo desse comportamento foram os meses de jan/15 e fev/15; c) O comportamento do segmento de eventos corporativos refletiu em maior monta o desaquecimento econômico, retraindo-se de forma mais acentuada do que o segmento de lazer. Tanto que os hotéis mais voltados ao lazer geraram resultados mais satisfatórios durante o período.
2º Semestre de 2015
 O fato que exige maior atenção para o 2º semestre de 2015 – e que já se refletiu no 1º semestre do ano – é que a margem de lucro dos empreendimentos tende a ser menor, devido ao encarecimento dos insumos e dos preços controlados. Assim, como não foi registrada elevação de igual monta nas receitas, a projeção de lucro aponta para esse caminho. Assim, de maneira mais fundamental que em quaisquer outros períodos, a administração dos custos toma o papel estratégico dentro dos resorts. Desde a priorização do uso dos insumos de época – pela área de alimentos e bebidas – ao estabelecimento de um processo de gestão de infraestrutura baseado em modernos modelos que envolvam processos tecnológicos de ponta, a busca pelo melhor custo/benefício deve ser uma meta constante. Como informação final, em épocas em que a busca de novos clientes se torna onerosa e difícil, a prioridade é o foco na melhora dos serviços prestados aos clientes já fidelizados.
Responsabilidade Social Empresarial : O  importante papel dos resorts nacionais.
A responsabilidade social empresarial representa o comprometimento das empresas para com os meios sociais e ambientais nos quais estão inseridas. Embora o termo tenha sido discutido e analisado desde o início do século XX, foi apenas no pós II Guerra Mundial que o tema foi objeto de maior atenção por parte das esferas de governo e apenas nos anos da década de 1970 as primeiras ações nesse sentido foram desencadeadas junto à iniciativa privada. Associações como a American Accounting Association passaram a estudar a temática com mais profundidade. No entanto, a partir do século XXI, a responsabilidade social empresarial veio à pauta principal das grandes organizações empresariais, no sentido de trazer alguma contribuição – que não tão somente a geração de empregos – às comunidades, de modo a ter significância no ambiente no qual estão inseridas tais empresas. O universo da hospitalidade, em especial, o trade envolvido com o turismo nacional e internacional – pelas suas próprias características de forte influência no meio onde tais atividades ocorrem – sempre mostrou especial interesse em aliar os preceitos da responsabilidade social empresarial a um conceito mais amplo, denominado de desenvolvimento sustentável. No caso dos resorts, normalmente, tais organizações se localizam em sítios de especial interesse, longe das grandes aglomerações urbanas, onde a beleza natural, o desenho da paisagem e a possibilidade de proporcionar ao ser humano um tempo de descanso em um lugar aprazível estão presentes. Nesse sentido, os resorts sempre possuíram uma vocação natural para a aplicação tanto dos conceitos da responsabilidade social empresarial, quanto do próprio princípio de desenvolvimento sustentável das comunidades objeto de localização dessas organizações complexas, como são esses meios de hospedagem. No caso do Brasil não é diferente. Os resorts brasileiros, de forma geral, são poderosos agentes que podem transformar as comunidades onde estão envolvidos e, normalmente, assim o buscam fazer. Várias são as ações desencadeadas pelos empreendimentos nacionais dessa natureza e que apontam para esse caminho de desenvolvimento, tais quais: a) Localização: em termos geográficos estão localizados, em sua grande maioria, em regiões distantes dos grandes centros econômicos e em comunidades – notadamente no Nordeste/Norte do pais – onde, por vezes, tais empreendimentos são os únicos empregadores que proporcionam um emprego devidamente registrado e uma função remunerada e legalizada; b) Empregabilidade: segundo o relatório Resorts No Brasil 2014, desenvolvido pela empresa de consultoria BSH – Brasil Holding Service, os resorts nacionais empregam –em média – 1,2 funcionário por UH (apartamentos) na baixa temporada e 1,32 funcionário por UH na alta temporada. Tais valores mostram que essa tipologia de meio de hospedagem é a que tem melhor desempenho perante todos os outros meios de hospedagem do país. Na média do Brasil, segundo o relatório Hotelaria em Números 2014, desenvolvida pela empresa de consultoria Jones Lang LaSalle, a média do Brasil é de 0,40 funcionário por UH, agregando todos os tipos de hotéis. Assim, os resorts empregam, no mínimo, três vezes mais pessoas por apartamento do que a média geral de todos os outros meios de hospedagem;
c) Qualificação: não raras vezes, não é apenas no aspecto quantitativo que os resorts se destacam dentro do trade turístico no que tange à responsabilidade social. Por muitas ocasiões, são os melhores empregadores de determinada área geográfica. Principalmente no que tange aos cargos e funções mais operacionais e por estarem distantes dos grandes centros, recorrem ao treinamento e preparação da mão de obra regional, tendo, assim, importante função no desenvolvimento local das comunidades. Os programas não incluem apenas preparação visando às técnicas produtivas de trabalho, mas são muitos os programas que envolvem questões como o uso correto da língua portuguesa e, em vários locais, proporcionam o conhecimento de outras línguas, como o inglês e o espanhol, que ocorrem de forma mais comum. Assim, prepara-se não apenas a mão de obra técnica, mas também o colaborador para cumprir os deveres e usufruir dos direitos que lhe cabem como cidadão brasileiro. Prepara-se para a vida e não tão somente para o mundo do trabalho. d) Patrocínio de ações de conservação/preservação de meio ambiente: vários dos resorts participam de forma ativa de ações e de programas que visam o desenvolvimento sustentável da comunidade, por meio do uso correto dos recursos ambientais e naturais do lugar. Também ações que visam a preservação de espécies em risco de extinção são comumente adotadas por tais estabelecimentos por todo o país. Acima, estão postas apenas algumas ações que mostram que os resorts são entidades que, além de comerciais, possuem um papel fundamental para o desenvolvimento econômico nacional, principalmente por atuar em locais e regiões onde a oportunidade do contato com o mundo do trabalho de qualidade é algo tão incomum. Os associados da Resorts Brasil – Associação Nacional de Resorts – entendem e estão alinhados no sentido de mostrar que, além de locais únicos para a dedicação ao descanso, também são agentes socialmente responsáveis e possuem papel fundamental na prática da Responsabilidade Social Empresarial e sabem que, nesse quesito, a sociedade pode contar com um grande aliado no setor do turismo nacional.
Cristina Lira - graduada em Comunicação Social-Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) é baiana e radicada em Natal (RN), com cidadania portuguesa. Trabalha há mais de 20 anos com o turismo e adora o que faz: escrever, viajar e prestar varios serviços no segmento. Em 2008, criou o blog www.turismocristinaliranatal.blogspot.com, um sucesso, que migrou para o site www.cristinalira.com (Turismo por Cristina Lira). "Desde 2011, organiza o Encontro dos Profissionais do turismo com Cristina Lira (RN), em Natal e que já aconteceu em 7 cidades do Brasil , em Portugal e na Itália. O evento reúne empresários, profissionais do turismo e jornalistas para um momento de aprendizado e network. O próximo pode ser em sua cidade!. Neste espaço divulga as news do turismo do Brasil e do mundo. Confira e mande sua sugestão!
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