Presidente da Aviesp reitera benefícios da Copa do Mundo



Em nome do fortalecimento do setor e do país como destino turístico, Marcelo Matera ressalta a importância do momento para a indústria de viagens nacional
Pela segunda vez na história, o Brasil receberá a 20ª edição da Copa do Mundo, torneio que será realizado entre os meses de junho e julho de 2014. Com a expectativa de receber aproximadamente 500 mil visitantes durante este período, o equivalente a 10% do volume total de turistas que desembarcam por aqui todos os anos, o maior evento esportivo do planeta trará consigo infinitas possibilidades aos agentes de viagens, que terão nas mãos a chance de alavancar o turismo nacional.

Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA) foram as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos. Além de atenderem os pré-requisitos estabelecidos pela Fifa, as capitais selecionadas apresentam estádios e aeroportos bem estruturados, sistema de transporte urbano, grandes redes hoteleiras e inúmeras opções de lazer e entretenimento, transformando-se, por consequência, em importantes centros turísticos.

“Este é o momento que todo o setor estava aguardando. Não basta, agora, preparar pacotes constituídos apenas por passagens aéreas e ingressos para os jogos; os agentes de viagens devem mergulhar nas principais características destes destinos, principalmente, e garantir que nossos visitantes voltem para casa com a sensação de que conhecem o Brasil um pouco melhor”, afirma Marcelo Matera, presidente da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp). “Não se trata somente de vender certos tipos de produtos, mas, sim, de modificar a imagem que os estrangeiros fazem do nosso país e apresentá-los aos atrativos que só o Brasil dispõe”, complementa.

Na Alemanha, que recebeu a Copa do Mundo em 2006, por exemplo, foram criados os chamados Fans Gardens ou Fans Areas, espaços dotados por telas gigantes, que transmitiam gratuitamente as partidas a quem não poderia acompanhá-las dos estádios, e os quais eram constituídos por sanitários, postos de saúde e lanchonetes. Algumas cidades também investiram na realização de festas típicas e apresentações artísticas durante o torneio, iniciativas vistas com bons olhos pelos turistas: 88% das pessoas que visitaram o local no decorrer do evento afirmaram que o país figura como um bom destino para se passar as férias e 79% delas ficaram satisfeitas por estreitarem sua relação com a população alemã.

Apesar de os gastos serem altos, uma vez que a estimativa é de que o Mundial consuma US$ 5 bilhões dos cofres brasileiros, o líder da Aviesp se mostra otimista, sobretudo no que concerne à intensa criação de postos de trabalho, ainda que grande parte das vagas seja temporária, e ao impacto positivo que causará sobre o Produto Interno Bruto nacional – a expectativa é de que os turistas estrangeiros deixem no Brasil uma quantia de US$ 2,5 bilhões. “Os agentes devem investir em roteiros que contemplem tradições culturais e que visem à aproximação com o povo brasileiro, motivando a exploração de outros destinos, ainda que, diretamente, não estejam ligados à Copa”, declara Matera.