Edmar Bull projeta ações a frente da Abav Nacional
Em dezembro de 2015, tomou posse da Abav Nacional o executivo Edmar Bull. Em entrevista ao Jornal do FESTURIS, ele fala sobre as ações e o planejamento a frente da entidade para os próximos dois anos.
Como você enxerga o mercado de eventos em 2016?
De modo geral o setor de eventos sempre se configurou como um balão de oxigênio para o turismo porque é um dos que representa o menor índice de retração, mesmo diante de uma economia mais desfavorável. Na última medição da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), os eventos figuraram entre as cinco atividades que apresentaram percentuais de crescimento em 2015, com índice de 5,7% na comparação com o ano anterior. Somente na capital paulista foram sediados no ano passado 2.522 eventos, que atraíram para a cidade 33 milhões de visitantes.
Quais são as principais ações na ABAV no fomento ao turismo este ano?
Para o setor de agenciamento, que é onde atuamos diretamente, um desafio constante tem sido o de consolidarmos nossa atuação como fomentadores de demanda de mercado. Criatividade e inovação serão fundamentais a quem quiser buscar na especialização o seu diferencial. Estabelecemos 50 metas a serem trabalhadas ao longo de dois anos e um dos projetos com que esperamos poder contribuir muito para o setor prevê a criação do Big Data ABAV, como forma de suprir a carência por informações e números confiáveis sobre a nossa atividade.
Na sua opinião quais são as expectativas para o Turismo no Brasil em 2016?
Ainda será um ano difícil, com alguns entraves a serem vencidos, mas temos que buscar e identificar oportunidades. Este ano esperamos poder ver o turismo brasileiro reconhecido como o importante vetor de crescimento econômico que é.
A instabilidade política pode atrapalhar (ou já atrapalha) o crescimento do setor?
Esse é um fator que desestabiliza qualquer setor, mas o de serviços é certamente um dos mais suscetíveis. Enfrentamos crises cíclicas nas últimas décadas e as políticas, como a que domina nosso cenário neste momento, mostraram-se sempre mais desafiadoras do que as meramente ancoradas nas questões econômicas.
Na sua opinião as Olimpíadas podem ser um ponto de crescimento para o trade ou não terão um impacto muito forte no setor, internamente falando?
Assim como ocorreu com a Copa do Mundo, em 2014, estamos certos de que os Jogos Olímpicos, este ano, serão outro grande momento para que as agências de viagens possam potencializar seus ganhos.