O presidente da ABAV Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, comandou na manhã de hoje a abertura do 37º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – ABAV 2009, que acontece até a próxima sexta-feira, dia 23, no Riocentro (RJ). Eleito Estado-patrono do evento este ano, coube a Minas Gerais abrir a cerimônia, que contou com a presença dos ministros do Turismo, Luiz Barretto, e da Casa Civil, Dilma Roussef, dos governadores Aécio Neves, de Minas Gerais, Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e do prefeito em exercício do Rio, cidade-anfitriã, Carlos Alberto Muniz, além dos representantes da Comissão de Turismo no Senado e na Câmara, o senador Neuto do Couto e o deputado Afonso Ham, respectivamente, e a presidente do Fornatur, Nilde Brum.

Em seu discurso de abertura, proferido logo após exibição de um vídeo institucional sobre Minas Gerais, apresentado pela secretária de Turismo, Erica Drumond, o presidente da ABAV Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, iniciou seu discurso destacando que “mais do que qualquer outro setor, o Turismo tem muito a comemorar”, referindo-se à recente conquista do Rio como sede dos Jogos Olímpicos, em 2016, adicionalmente à Copa de 2014. De acordo com Kaká, no entanto, ainda há muito a ser feito. “Podemos aproveitar essa grande oportunidade para dar uma guinada neste País e o turismo é a melhor ferramenta de transformação social de que o Brasil dispõe. É o nosso setor que deixará, talvez, o maior legado de todos esses eventos: empregos e divisas, proporcionados por um fluxo crescente de visitantes”, avaliou.

O dirigente ressaltou, entretanto, que apesar dessa reconhecida força, os agentes de viagens ainda não têm a sua atividade reconhecida e dirigindo-se, particularmente, aos líderes de governo presentes, reforçou o apelo. “Todos os milhares de agentes que aqui se fazem presentes aguardam, ansiosos, pela aprovação do nosso projeto de Lei 5.120 que regulamenta a atividade das agências de turismo”, afirmou, lembrando uma luta que se arrasta há oito anos. Ainda aproveitando a presença das lideranças, Kaká pediu mais engajamento com o turismo, aceleração na liberação dos investimentos em infraestrutura, e mais transparência e menos burocracia no desenvolvimento dos projetos de governo.

Após os pronunciamentos do ministro Barretto e dos governadores Aécio Neves e Sérgio Cabral, e falando em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, encerrou a solenidade, ressaltando o papel preponderante do turismo para o desenvolvimento da economia brasileira, como alavanca de emprego e renda, principalmente, e elo importante dentro das políticas de inclusão social. Dirigindo-se particularmente ao governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, a ministra também fez menção às recentes oportunidades abertas ao País, como sede dos dois maiores eventos esportivos do mundo, e atribuiu as conquistas à parceria dos Estados, especialmente o Rio de Janeiro, com o governo Lula. “Este é o momento e a hora do Brasil”, afirmou, antecipando que, assim como a Copa, os jogos Olímpicos também merecerão um PAC, e ambos terão o foco nas obras de infraestrutura e mobilidade urbana.

O 37º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – ABAV 2009, que acontece de 21 a 23 de outubro, deve reunir aproximadamente 27 mil profissionais. Pela área da Feira, que ocupa três pavilhões do Riocentro, estão distribuídos cerca de mil expositores, representando todos os segmentos da cadeia produtiva do turismo, além de destinos e representações de Turismo nacionais e internacionais.

Estado-patrono da ABAV 2009, Minas Gerais investe para impulsionar turismo

Durante a coletiva de imprensa realizada depois da abertura da Feira das Américas, a secretária de Estado de Turismo de Minas Gerais, Érica Drumond, reafirmou a importância dos agentes e operadores de viagens repensarem o turismo brasileiro. Para ela os atrativos dos pontos turísticos de Minas, estado patrono do evento desse ano, deve ser destino certo de pessoas que buscam as estâncias hidrominerais, o ecoturismo, e o turismo rural.

As serras e montanhas de Minas Gerais, como a Serra da Canastra, as cidades de Ouro Preto e Ouro Branco, os parques, as fazenda centenária, além dos 150 quilômetros de trilhas foram citados como modelos de viagens a serem trabalhados pelos profissionais.

A secretária se baseou em pesquisa feita em São Paulo, em 2008, pelo Instituto Marca Brasil, que aponta que “30% do público prefere destinos diferenciados, como lugares que envolvam cultura, história, roteiros religiosos e natureza”. De acordo com a secretária, esse é o mercado-alvo de Minas, pessoas que fogem do destino sol e mar”, completou.

Érica também lembrou das campanhas feitas até hoje para incentivar o turismo em Minas Gerais, como “Minas para os Mineiros”, quando até os taxistas foram treinados a receber bem os visitantes, que chegam à cidade por meio rodoviário, favorecido pelas belas paisagens montanhosas do Estado. O estado também foi citado como o maior centro religioso do país, sendo roteiro certo, principalmente pelas pessoas da melhor idade.