HOTELEIROS SÃO CONTRA A CLASSIFICAÇÃO DE HOTÉIS

Caros Amigos Presidentes Estaduais e meu Presidente Nacional Álvaro,

Mais uma vez o Rio Grande do Sul mostra que não será subjugado.

Sendo necessário sei que os pernambucanos ajudarão com prazer os gaúchos em amarrar seus cavalos em qualquer obelisco ou colona de ministério em Brasília.

Quando fomos presidente da Nacional nos encarregamos de junto com uma administração moderna – inclusive demos aos brasileiros da época a independência de ter um cartão de crédito internacional – de acabar com a deformidade que representava o ditatorial regime de classificação hoteleira no Brasil.

Não há necesidade de elencar aberrações (águas quentes em torneiras do Nordeste, especificações kafkianas, etc…).

Desde que recebemos a convocação para estes encontros absurdos propostos pelo MTur, observava ao largo os movimentos de ressucitação do “Fatasma Borestein”, tudo se usando a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 como desculpa para reimplantação da ditadura classificatória.

Temos que reagir como a Imprensa Nacional reagiu – e com sucesso – às tentativas dos arcáicos funcionários da república na sua sanha não só regulamentatória como também arrecadadora.

Vejam que não tiveram coragem de colocar qualquer dos encontros no território de Pernambuco.

Não vamos nos submeter e vamos enterrar – como os órgão de imprensa o fizeram – mais esta bobagem de quem não se acostuma com a livre iniciativa.

Essa é a posição de Pernambuco e contamos em cerrar fileiras com os demais companheiros das ABIH’S.

José Otávio de Meira Lins.
Presidente
ABIH-PE

Hoteleiros são contra a classificação de hoteis
25-02-2010

O Ministério do Turismo deu início nesta quarta feira, 24 de fevereiro, a discussão sobre o sistema de classificação de hoteis que o governo implantará. Em uma platéia de aproximadamente 100 pessoas, em sua maioria não-hoteleiros, formou-se uma mesa de autoridades composta por sete pessoas, que ladearam o Mtur na pessoa de Ricardo Moesh, o Secretário de turismo de Porto Alegre, o Deputado Federal Afonso Hamm, o presidente da Sociedade Brasileira de Metrologia, os Hoteleiros Daniel Antonioli, presidente do Sindicato de Hoteis de Porto Alegre e José Reinaldo Ritter, Presidente da seccional gaucha da Associação brasileira de Hoteis, Norton Luiz Lenhart, Presidente da Federação Nacional de Hoteis, Restaurantes, Bares e Similares e Guilherme Paulus, que foi identificado como Membro do Conselho Nacional de Turismo, sabidamente o maior empresário do turismo brasileiro que perpassa pela hotelaria (GJP Hoteis), transporte aéreo (WEBJET) e operação turística (CVC).

ABIH, FNHRBS e SHPOA se expressaram em uníssono, cada um colocando-se contrário a classificação de hoteis e desfiando suas razões. José Reinaldo Ritter deu um tom moderado porem firme ao fazer um breve histórico das mazelas que a classificação sofreu nos últimos 15 anos e colocou-se contrário e apreensivo com a forma como este assuntou voltou a incomodar os hoteleiros, mas, afirmou que, “se houver classificação, a ABIH quer estar participando das decisões e não apenas assistindo a esta ação”.

Norton Lenhart foi mais taxativo ao se posicionar contra a classificação, lembrou que o pais vive, pela força de sua constituição, em um regime de livre iniciativa, e taxou de controverso este ato e ainda colocou que, “se a não classificação criar impeditivos de acesso a mercados ou a credito”, sua entidade vai reagir “a esta interferência do estado na economia”.

Em seguida, Daniel Antonioli, formou coro com os lideres anteriores e provocou reações na platéia, ao afirmar que “o mercado enterrou a classificação a muito tempo, agora reavivada por este ato”, afirmando que esta classificação é no mínimo antiquada, pois o mercado já desenvolveu formas de qualificar os hoteis e “a internet se encarregou de colocar o cliente virtualmente dentro do hotel parq verificar sua qualidade e padrão”. A queima roupa, dirigiu-se ao Deputado Afonso Hamm e disparou: “o deputado apresentaria uma proposta que revogasse a lei da oferta e da procura?”. Concluiu com duas assertivas de chamou a atenção: “o INMETRO tem que aferir balanças e não querer nos enganar, dizendo que esta qualificação do governo vai melhorar nossa qualidade. O governo deverá ter mais o que fazer a favor de nossa qualidade e não deveria gastar dinheiro a toa, deveria cuidar das estradas e da banda larga”.

Poderíamos observar ao Sr. Daniel Antonioli, se ele sabe que aferir balanças pode ser um bom negócio, pois, segundo informação colhida, cada balança no comércio precisa ser aferida de seis em seis meses e o custo para o comerciante é de R$ 40,00 por unidade. Ou seja: num mercado como o gaúcho, estimado de 25 mil balanças, corre todos os anos pelas vias desta aferição, a bagatela de R$ 2.000.000,00.